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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sexta-feira, julho 09, 2010

António Mendonça: O ministro deslizante

O ministro ministro das Obras Públicas entende que «mais valia dar um carro a cada passageiro, do que manter o modelo em que estava a funcionar a Linha do Tua». Porventura, e de acordo com o mesmo raciocínio deslizante, também ficaria mais barato dar um carro a cada passageiro, do que construir o TGV.

Constituição: passar da farsa à realidade

Não basta dizer que os portugueses têm direito à Saúde porque está consagrado na Constituição. A verdade é que os portugueses morrem em listas de espera ou sofrem por causa de todo o tipo de ineficências e erros grosseiros.
Muitos outros exemplos poderiam ser apontados, comprovando a letra morta em que o poder político transformou a Constituição da República. É necessário dar credibilidade ao regime e ao texto fundamental. O resto é paleio, paleio barato de candidato ou de político habituado à impunidade de décadas de promessas políticas.

quarta-feira, julho 07, 2010

Desaparecido também é VIP?

Não tarda nada, vai começar o desfile acéfalo dos inquéritos sobre as férias dos VIP's. Será que este ano Dias Loureiro vai escapar a tão tremenda provação?

Malsã Marsans - assobiamos para o ar?

MP em alta velocidade

Tradicionalmente, a Justiça não mete pé em ramo verde quando está em causa o poder Executivo ou a Segurança Interna. Basta ver o histórico das últimas décadas. E observar a última extraordinária proeza da acusação ao motorista do carro do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, envolvido num acidente em Novembro de 2009 no centro de Lisboa. É caso para dizer: «A viatura circulava em grande excesso de velocidade porque era o comitente, isto é, o juiz conselheiro Mário Mendes, e não o motorista, que necessitava de estar na tomada de posse dos governadores civis», como muito bem sublinhou Manuel João Ramos, presidente da Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), assistente no processo.

Execução orçamental: Novo mistério

As actas da DGCI estão em suporte CD ou DVD?

Artistas e pândegos

Neste período, o debate político está cada vez mais divertido e fresco. A declaração de Daniel Proença de Carvalho, à Rádio Renascença, merece uma citação por estar ao nível da criatividade dos artistas e pândegos do regime. Aparentemente, os (novos) estadistas são os políticos que correm riscos, nomeadamente em período eleitoral. Eis um notável contributo para explicar o estado a que chegou o Estado de José Sócrates.

Só falta o conflito com Bruxelas

De invenção em invenção, e agora a propósito da PT, o governo deita mão de um conflito artificial com a União Europeia para desviar novamente as atenções. E o Tratado de Lisboa, senhores? O que é feito do Tratado de Lisboa?
P.S. Com a apresentação da demissão (forçada?) do BCP, Armando Vara ainda arrisca distinguir-se da tropa fandanga.

Sporting 0 - Costinha 2

O (ainda) director-desportivo do Sporting está ao nível do (ainda) presidente do clube, Em poucos meses, conseguiram dar cabo de dois dos melhores jogadores do Sporting: Ismailov e João Moutinho.

terça-feira, julho 06, 2010

OPA salva Verão?

A possibilidade de OPA da Telefónica sobre a PT está em cima da mesa. Com jeitinho, alguns ainda vão poder trocar as férias do Algarve pelas Maldivas.

Cristiano Ronaldo: o pai

A novela sobre a paternidade de CR7 tem um efeito de uma lufada de ar fresco sobre o ambiente de crise. Por momentos, os portugueses sorriem quando ouvem falar de futuro, sem receio de estarem a ser enganados.

Arte de representar

Os artistas protestaram pelos cortes nos subsídios. Não foi necessário recorrer à arte dramática para manifestar supresa e indignação pelo dito por não dito de José Sócrates antes das eleições, obviamente, que prometeu mais investimento na cultura.

segunda-feira, julho 05, 2010

Baralhar e dar de novo

No 31 da Armada, no Aventar, no Albergue Espanhol, etc.

Os campeões da conversa fiada

O início das jornadas parlamentares do Partido Socialista confirmaram a habitual conversa fiada sobre a defesa do Estado Social e a falta de transparência do funcionamento do partido. É fácil de perceber por que razão o PS bateu com a porta à revisão constitucional, ainda antes de ser conhecida a proposta do PSD. E também é fácil de perceber por que razão a comunicação social não pode estar presente no momento do debate entre os deputados. Em ambos os casos, seria difícil que a propaganda e o 31 de boca desta espécie de PS resistissem ao escrutínio.

domingo, julho 04, 2010

Marinho Pinto: uma excepção

O Bastonário da Ordem dos Advogados deu uma entrevista ao Rádio Clube Português, mantendo o mesmo discurso assertivo. Cercado internamente, o discurso do recandidato continua a ser de ruptura. É caso para dizer que o poder não mudou as suas convicções.

sábado, julho 03, 2010

Olho Vivo

Vai ser interessante assistir, a partir de agora, ao comportamento daqueles que inventaram, investiram e sustentaram José Sócrates na última década. O veto governamental à venda da posição da PT na Vivo aos espanhóis da Telefónica não agradou a muitos accionistas da empresa de telecomunicações. Há milhares e milhares de verdadeiros accionistas que tencionavam poder salvar as suas finanças e empresas com as mais valias realizadas depois da concretização do negócio.

sexta-feira, julho 02, 2010

Os campeões do Estado Social

Esta espécie de esquerda no poder não deixa de surpreender, depois de assumir o estatuto da defesa do Estado Social, antes das eleições de Setembro de 2009. Agora, e com as eleições no papo, desata a cortar nos subsídios de desemprego e permite o aumento dos preços dos medicamentos. De facto, com esta espécie de esquerda quem precisa da direita neoliberal?

quarta-feira, junho 30, 2010

Cristiano Ronaldo: pés de barro

Carlos Queiroz falou. E falou bem, colocando Cristiano Ronaldo no patamar dos jogadores que precisam de ser educados. De facto, o treinador da selecção fala melhor do que treina. Por isso, compreende-se que tenha puxado da sua autoridade natural para corrigir, publicamente, o comportamento do rapazola genial. Todavia, ninguém pode esquecer de quem foi a decisão de colocar a braçadeira no braço do número 7 da equipa de Portugal, alavancando a popularidade da opção e contentando os patrocinadores que mandam mais do que alguns podem imaginar. Todos os casos têm uma origem...
P.S. Ainda não consegui ver as imagens do capitão Ronaldo a cuspir em direcção a uma câmara de televisão.

Só por escrito e...

Pedro Passos Coelho está a revelar mais maturidade política. E está a agir de forma a não ter que herdar as trapalhadas das SCUT's. Beneficiando de uma actuação experiente de Miguel Macedo, o PSD colocou nove condições - e por escrito - para chegar a acordo sobre as portagens nas SCUT's. O governo vai ter de governar até ao fim.

Carpideiras e Vivo

A derrota da selecção já começou a dar origem aos acertos de contas entre protagonistas dentro e fora do jogo. Graças a Deus temos a Vivo, cujo resultado da proposta da Sonae, perdão, da Telefónica, é bem mais importante para o futuro da PT e do país.
P.S. Vamos ter que viver o dia-a-dia com a nossa crise. Acabaram as distracções até 9 de Setembro.

terça-feira, junho 29, 2010

Começou a silly season

Chama-se Paul. Nasceu em Inglaterra e vive na Alemanha. É um polvo famoso. E passou a estrela mediática por conseguir, aparentemente, prognosticar os resultados no Mundial de futebol. Será que alguém também lhe pode perguntar se a trapalhada das Scut's vai acabar em eleições antecipadas antes de 9 de Setembro?

segunda-feira, junho 28, 2010

Imprensa: O primeiro grande a fechar

O 24 Horas e o gratuito Global Notícias vão encerrar. Nem um dos grandes grupos, como a Lusomundo de Joaquim Oliveira, consegue escapar à crise. Maus ventos sopram sobre a comunicação social e a liberdade de imprensa.

Festival de Bicos

António Ribeiro Ferreira, in Correio da Manhã

Venham eles

As sucessivas sondagens favoráveis ao PSD estão a incomodar tanto que já começou a circular um novo papão: – Não gostam do Sócrates, então esperem para ver quem vem a seguir. Foi sempre assim com os anteriores candidatos a primeiro-ministro. É bom recordar que, em democracia, o escrutínio do poder é exercido de foma a permitir a opção pela alternância. Assim, o exercício do poder de Pedro Passos Coelho, ou de qualquer outro futuro líder, também será julgado a seu tempo.

domingo, junho 27, 2010

Mário Soares merece

Não é possível falar de democracia sem falar de Mário Soares. A homenagem que lhe foi justamente prestada, em vida, revela que existe atenção e respeito por uma memória que não está à mercê do jogo partidário.

sábado, junho 26, 2010

Há MP em Vila Nova de Famalicão?

Fiquei a saber, via o blog Revolta, que o «Estado meteu dois milhões na Cheyenne e 15 dias depois a fábrica desligou a luz». Porventura, isto, sim, é puxar pela energia do país.
P.S. Continua por fazer uma investigação sobre o capital de risco à custa do erário público.

Paulo Campos: estrela em ascensão

O secretário de Estado das Obras Públicas está em todas, sempre com o mesmo brilho. Desde a Fundação do Magalhães até aos chip's para o pagamento de portagens nas SCUT's. Obviamente, uma parte dos louros deve-se a Pedro Bento, um ex-asessor.

Quem é o responsável?

Quem mente, engana e atira os portugueses para o abismo ou quem diz a verdade aos portugueses e tenta evitar novas aventuras?

sexta-feira, junho 25, 2010

Cavaco Silva cumpre

«Situação insustentável e previsível». As palavras certeiras do presidente da República, repetidas ontem, devem servir de pano de fundo para o debate na Assembleia da República. Nunca é tarde para cumprir as funções presidenciais. Dizer a verdade é uma delas, nem que seja para demonstrar como o governo tem enganado os portugueses com políticas eleitoralistas e aventureiras.

quinta-feira, junho 24, 2010

Só vendo

Aparentemente, Pedro Passos Coelho aprendeu a lição e colocou um ponto final da novela das SCUT's e do Chip's. Será que o governo vai ter mesmo de governar?

E voa, voa, voa

A armadilha dos chip's

Mais uma vez, e agora a propósito das SCUT's, a política errática do governo, com soluções desastradas, quiçá com desígnios políticos insondáveis, arrasta o PSD para uma polémica em que sabemos como começa, mas ninguém sabe como acaba. Aliás, a introdução dos chip's não deixa dúvidas. É apenas mais um exemplo como José Sócrates tem conseguido arrastar Pedro Passos Coelho para a confusão total.
P.S. Não está escrito em lado algum que a introdução dos chip's permite monitorizar os cidadãos. Como não há provas, podemos estar tranquilos.

Ironia da história

Depois de tudo que foi publicado sobre as casinhas, a Cova da Beira, a licenciatura "Independente", o Freeport, a vigilância sobre Belém, o processo "Face Oculta" e o assalto à TVI, espanta a repentina disponibilidade de José Sócrates para dar esclarecimentos à Justiça. Será que também está à espera que os magistrados lhe peçam desculpa?

quarta-feira, junho 23, 2010

Ignorância

SCUT's vs portagens

A polémica sobre a implementação de portagens nas SCUT's do Norte revela o estado de desnorte do governo. E revela mais: a falta de credibilidade do Estado. De recordar que o projecto de João Cravinho permitiu a concretização de opções, de empresas e cidadãos, no pressuposto de não pagamento das portagens naquelas autoestradas.

terça-feira, junho 22, 2010

Mistério matinal

PT, EDP Renováveis e GALP Energia deram um tombo ao fim da manhã. O que terá acontecido para justificar a queda e a subida num tão curto espaço de tempo?

Conservadores 40 anos depois

David Cameron surpreendeu. A surpresa advém de ter sido preciso a eleição de um conservador para conhecer as conclusões sobre o massacre de Londonderry (Saville Report).

segunda-feira, junho 21, 2010

Um momento de euforia

A vitória de Portugal já está na rua. Até os mais distraídos são obrigados a dar conta da goleada, anunciada pela força das vuvuzelas, com toque português. Não vem mal ao mundo participar. Não custa nada. O resto, o resto fica para as carpideiras continuarem a carpir.

Os campeões das escutas

Um simples googlar ou googar, para quem já perdeu a memória, entre outros atributos, permite constatar que os mais acérrimos críticos da utilização das escutas na comissão parlamentar de inquérito ao negócio da TVI são precisamente os que mais clamam pela possibilidade dos serviços de informações passarem a poder fazer escutas...legais.

sexta-feira, junho 18, 2010

Não há crimes políticos perfeitos

Passou a valer tudo

"Sim, houve participação governamental (em particular com origem no primeiro-ministro e executada por quadros do PS colocados em posições cimeiras em empresas em que o Estado tem qualquer forma de participação directa ou indirecta) numa tentativa de, em ano eleitoral, controlar vários órgãos de comunicação social, nomeadamente a TVI";

"Sim, o primeiro-ministro sabia, foi informado pessoalmente do que se passava e, por via indirecta, conhecemos indicações suas sobre o modo como os executantes deviam proceder. E, por isso, mentiu ao Parlamento. Ele não queria ter a fama (de controlar a comunicação social), sem ter o proveito (de a controlar de facto) e procedeu e permitiu que procedessem em consequência, conforme as suas intenções publicamente anunciadas no congresso do PS."
As resposta de Pacheco Pereira
in Sol

Um autor de excepção

José Saramago deixou uma obra ímpar. Porventura, "A Jangada de Pedra" é um dos livros mais actuais no contexto de crise europeia.

I've got a feeling

Nova Versão Out of Africa.

Simplesmente Mário Gomes Dias

O vice-procurador-geral da República está a exercer funções de forma ilegal. Vale a pena reflectir sobre este caso, não pelo magistrado em causa, mas pela situação vivida na própria procuradoria-geral da República.

quinta-feira, junho 17, 2010

Finalmente, estamos a salvo

A União Europeia passou a ter legitimidade para travar todo o tipo de desvarios eleitoralistas, tendo sido consagrado o princípio de análise dos orçamentos antes da aprovação parlamentar. De facto, é uma perda de soberania, mas a vantagem é de monta: a partir de agora, a governação de Sócrates será impossível de repetir.

Colocar o disparate no sítio certo

A proposta de eliminação de alguns feriados, que teve como porta-voz o deputado que ainda continua a fazer declarações aos jornalistas, teve a resposta merecida da parte de Vasco Lourenço: «A naturalidade com que se encara a comemoração do 25 de Abril noutro dia, vindo de quem vem, dá para rir porque, depois do que aconteceu, não é recomendável que se pronuncie sobre este assunto». De facto, falar da celebração do 25 de Abril ou da Justiça exige outro tipo de interlocutor.

Rui Teixeira: carrasco ou vítima?

O processo da Casa Pia não cessa de surpreender. Agora, foi a vez da Relação contrariar o veredicto da 1ª instância quanto à tão propalada ilegalidade da prisão preventiva de Paulo Pedroso. O juiz Rui Teixeira deve ter respirado de alívio, princípio do juiz natural à parte.

Read my lips

Retroactividade é diferente de retrospectividade.

União Europeia nas mãos dos especuladores

A cimeira entre os líderes da União Europeia, hoje, realiza-se a toque dos rumores do mercado. Os desvarios dos bancos, o eleitoralismo dos governos e a fraca liderança política de Durão Barroso estão a minar os fundamentos do projecto europeu.

quarta-feira, junho 16, 2010

Portagens nas SCUT's

A contestação sobe de tom no Norte, mas o país não dá conta. Por que será?

Problema ou fatalidade para Portugal?

Fui parar a um texto de Eugénio Rosa, no Cinco Dias (via Cortex Frontal), que analisa o súbito corte que o IEFP fez no número de desempregados. O autor do texto faz referência à credibilidade, ou falta dela, destes números por causa do instituto ser tutelado pelo governo.
A desconfiança está a aumentar nos últimos anos. Entre tantos outros exemplos, de sublinhar o recente relatório «Audit Medel Portugal 2010», do Movimento Europeu de Magistrados para Democracia e a Liberdade (MEDEL) que também alerta para o facto dos meios colocados à disposição de magistrados e investigadores dependerem do Ministério da Justiça.

terça-feira, junho 15, 2010

Nem a selecção escapa

Portugal alcançou um empate com a Costa do Marfim. A decepção generalizada só pode ter justificação pelo aumento artificial das expectativas levado a cabo nas últimas semanas. Curiosamente, é uma situação que faz lembrar o estilo de governação socialista que propala aos sete ventos o crescimento económico e ignora os resultados miseráveis do desemprego.

Portugal em festa: Força Ronaldo

Quem considera que os portugueses não comemoram os seus símbolos, por atavismo, ignorância ou falta de respeito pela história, tem uma oportunidade, hoje, para começar a fazer o mea culpa. A adesão do povo à selecção nacional de futebol é um exemplo gritante da capacidade de mobilização dos sentimentos nacionais. É a bola! Pois é. Porventura, o Estado, o regime e os políticos ajudaram a matar uma parte do orgulho nacional no passado.

Força vuvuzela

A forma dos adeptos sul-africanos expressarem apoio no Mundial de 2010 está a incomodar as almas sensíveis portuguesas. Porventura, preferem o espectáculo (audível em qualquer transmissão televisiva) dos adeptos a gritarem insultos e ameaças ao árbitro. Certamente, é uma questão de cultura...

segunda-feira, junho 14, 2010

Sócrates pediu compra da TVI

É o título do Correio da Manhã. Será que o pedido foi formal ou informal? E será que é suficiente para o incriminar politicamente (?) como referiu Pedro passos Coelho?

domingo, junho 13, 2010

Do disparate ao marketing no mundial

A selecção de futebol ainda não começou a jogar e já está entranhada a sensação de algo que não está a correr bem para os lados da equipa liderada por de Carlos Queiroz. Começou com o treino e a linguagem militares, depois foi a singela comparação dos jogadores com os navegadores quinhentistas e culminou com um discurso tão disparatado a propósito da lesão de Nani que todos desconfiaram da versão oficial. Como se não fosse suficiente, Cristiano Ronaldo fez uma declaração fantástica: «Os golos são como o ketchup». Qual ketchup? Heinz?

sábado, junho 12, 2010

Onde estão as provas?

É um dos mais cristalinos exemplos desta espécie de democracia formal. Vão ser precisas décadas para restaurar a credibilidade dos governantes, deputados e políticos, após o relatório da comissão parlamentar de inquérito relativo ao assalto governamental à estação de televisão TVI:
1. José Sócrates mentiu;
2. O relatório da comissão evitou formalmente a afirmação que o primeiro-ministro de Portugal mentiu à Assembleia da República;
3. As provas da mentira não fazem parte do relatório porque o presidente da comissão, Mota Amaral, o impediu no último minuto;
4. A divulgação dos despachos dos magistrados de Aveiro, autorizados à última da hora, comprovam que as provas que a comissão não quis utilizar são constituídas por escutas legais, que respeitam a vida privada dos visados, essenciais para descoberta da verdade;
Em síntese:
1. A manhosice do regime permite a José Sócrates continuar a governar;
2. O líder do maior partido da oposição parlamentar, Pedro Passos Coelho, aplaude e deixar cair a promesa de apresentação de uma moção de censura pela simples razão que o relatório da comissão não afirma expressamente que o primeiro-ministro de Portugal mentiu à Assembleia da República;
3. Aníbal Cavaco Silva, aterrado com a possibilidade de uma crise política, assume uma atitude de faz-de-conta e continua a marcha triunfal para a reeleição em 2011.
P.S. E as provas, senhores, onde estão as provas do estado a que isto chegou?

Um país encalhado

«O que temos é uma crise política em cima de uma crise económica. O que temos é uma crise política que resulta de um impasse político. O que temos é umas eleições presidenciais que condicionam a actuação de todos os partidos, sobretudo os da oposição. O que temos é um Presidente da República que não quer aborrecimentos até ser reeleito (se for, claro). Isto é o que vamos ter durante um ano. Alguns chamam-lhe estabilidade».
Luís Marques, in Expresso

sexta-feira, junho 11, 2010

Comissão PT/TVI: Não passa nada

Quando Sócrates é apanhado, há sempre um bode expiatório ou um expediente para desviar as atenções. Como em anteriores casos, o assalto à PT/TVI, que culminou com o saneamento de Manuela Moura Guedes, não escapou a esta espécie de fatalidade. Pacheco Pereira passou a ser o alvo da corte do costume, numa versão ampliada de coligação negativa, por não desistir – pasme-se! – de usar as escutas que a própria comissão solicitou e que o magistrado do Ministério Público enviou e considerou essencial para o esclarecimento do caso. Há provas, mas não querem usá-las. Não passa nada. Não tarda, alguém da corte do costume vai dizer, em surdina, que não é possível divulgar a verdade porque estamos mergulhados numa crise muito grave. E a malta acredita. Afinal, o Mundial de futebol de 2010 começa logo ao princípio da tarde.

quinta-feira, junho 10, 2010

É verdade: Insustentável

No 10 de Junho, o presidente da República fez o discurso habitual. Em síntese, Aníbal Cavaco Silva tentou, tal como Manuel Alegre uns dias antes, alijar responsabilidades na actual situação. Honra lhe seja feita por ter tido a coragem de a classificar como insustentável. Nem que seja para perceber que José Sócrates continua em estado de negação política.

Dia de Portugal no imenso lodaçal

quarta-feira, junho 09, 2010

A realidade em Riachos

No país em que o governo quer um TGV, continuam a morrer portugueses por não existirem passagem aéreas, como aconteceu na estação da CP de Riachos, Golegã.

terça-feira, junho 08, 2010

A condecoração de Saldanha Sanches

A notícia da condecoração de José Luís Saldanha Sanches provoca um sentimento contraditório: por um lado, a distinção da República é inteiramente justa; por outro, o gesto de Aníbal Cavaco Silva é tardio e até passível de ser mal interpretado. Aliás, ninguém ficaria surpreendido se o presidente da República acompanhasse o silêncio do primeiro-ministro, José Sócrates, sobre a dimensão do percurso de José Luís Saldanha Sanches .

Proposta de líder da oposição

Pedro Passos Coelho assumiu, finalmente, uma atitude de líder ao apresentar uma proposta de regulação do regabofe da acumulação de reformas. Curiosamente, teve de ser um social-democrata a avançar com uma medida que nem a esquerda conseguiu liderar e levar a sério. Eis uma medida que pode fazer a diferença nas próximas legislativas.
P.S. A corte do costume, que tem acumulado reformas milionárias – excepção feita a Ramalho Eanes, digna do maior elogio – não vai perdoar a ousadia de Passos Coelho

segunda-feira, junho 07, 2010

Fernando Nobre: Um candidato para vencer

As entrevistas de Fernando Nobre, no último fim-de-semana, constituiram um passo em frente na candidatura às presidenciais de 2011. No Rádio Clube Português e na TSF, o candidato da cidadania apresentou os seus argumentos.

sexta-feira, junho 04, 2010

É de ficar Vara(do)

A machete do semanário Sol não deixa dúvidas: «Novas escutas provam que Armando Vara sabia de tudo». Vale a pena ler, com toda a atenção, e perguntar: Que país é este? Que primeiro-ministro é este?

Israel: ataque em águas internacionais

Os desenvolvimentos do bárbaro ataque contra a "Frota da Liberdade", no passado dia 31 de Maio, não surpreenderam. A generalidade da comunidade internacional foi unânime na condenação. O que surpreendeu foi a justificação israelita. Assim, fica a recomendação: se estiver em alto mar e for atacado por desconhecidos encapuçados, então não reaja. Pode ser o exército israelita.

quinta-feira, junho 03, 2010

Ética da responsabilidade by germany

Manuel Alegre: entrevista fatal

Foi confrangedor assistir à transformação de Manuel Alegre, líder de um movimento cívico que fez sonhar, num aparatchic envergonhado, uma espécie de último seguro de vida de José Sócrates até 2013. Nem uma palavra sobre a arrogância, a opacidade e o abuso de poder. Nem uma palavra sobre a corrupção. Nem uma palavra para responsabilizar aqueles que potenciaram a crise por razões eleitoralistas. Apenas o pobre discurso instrumental. E o desnorte provocado pela decisão de Cavaco Silva promulgar o casamento gay.
P.S. Felizmente, na entrevista à RTP, abandonou o tom tonitruante.

quarta-feira, junho 02, 2010

Computador Magalhães: um exemplo da (des)governação

A conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito é taxativa: «O Governo fugiu à obrigação de promover um concurso público para a distribuição dos computadores Magalhães, criou uma fundação que não se justificava e que controlava directamente, e acabou por gerar um monopólio para a JP Sá Couto». Por muito menos, já cairam vários governos, obviamente noutros países europeus. Por cá, como a situação é de extrema crise, José Sócrates continua em funções, abatendo mais uma vida política, como se a governação fosse um jogo de computador... do Magalhães. Por cá, é assim, com o maior desplante e impunidade, beneficiando da passividade da opinião pública.

O ausente persistente

Quando a crise aperta, e os principais indicadores são desfavoráveis, eis que o primeiro-ministro parte rumo ao estrangeiro. O tempo é de últimos negócios. Faltam nove dias para José Sócrates aterrar na realidade portuguesa, mesmo a tempo de começar o mundial de futebol. Nunca o futuro de um chefe de governo esteve tão dependente dos resultados da selecção de futebol.

terça-feira, junho 01, 2010

E a (in)justiça continua

Ao fim de mais de cinco anos, era difícil fazer pior. Aqui fica o oportuno alerta em jeito de balanço.

Adeus Vítor Constâncio

O ex-governado do Banco de Portugal partiu para o exílio dourado. É menos um problema para Portugal.

Fernando Nobre sem empreiteiros

O candidato presidencial, que assume ser a voz da cidadania, começa a receber apoios simbólicos, mas muito significativos, como é o caso de Luís Filipe Coimbra.

segunda-feira, maio 31, 2010

Israel: o erro dos 'falcões'

O ataque contra a "Frota da Liberdade" é um erro clamoroso das tropas israelitas. É um passo, mais um, na escalada da guerra, quando o mundo revela estar farto dos assassinos de um lado e do outro da guerra do Médio Oriente.

domingo, maio 30, 2010

POR QUE NÃO VOTO MANUEL ALEGRE

Há palavras que nos marcam. É o caso da da última crónica de José Luís Saldanha Sanches, publicada em vida no semanário Expresso.P. S. E há palavras que conseguem captar a essência.

Mais um café, mais um contrato?

Chico Buarque e José Sócrates encontraram-se, no Brasil, para tomar um café. Pouco importa se foi o Chico ou o José (ou um qualquer criado de serviço) que tomaram a iniciativa de promover o encontro. Apenas importa garantir que daqui a um dia, um mês ou um ano não venha a público a assinatura de mais um contrato ou de qualquer coisa semelhante à custa do dinheiro dos contribuintes. Obviamente, sem o conhecimento formal (sem provas) de José Sócrates.

A percepção da corrupção

Quem passou pela manifestação, ficou a perceber que o prazo de validade de José Sócrates acabou. E que a luta contra a corrupção é uma farsa. Bem pode Fernando Pinto Monteiro, de tempos a tempos, vir a terreiro dizer o contrário. A conclusão é simples: já ninguém acredita neste procurador-geral da República.

300 mil chegam?

A manifestação de protesto convocada pela CGTP, cujo sucesso evidente colou a UGT aos socialistas, foi muito mais do que um sinal de fim de ciclo. Foi uma demonstração alegre, pacífica e determinada, comprovando que que José Sócrates não conseguiu anestesiar e intimidar os portugueses. E que já deixou de os conseguir iludir. 300 mil chegam?

sábado, maio 29, 2010

Manifestação - Eu vou

Hoje, é dia de concentração de todos os protestos contra a irresponsável política governamental. Não sou militante do PCP ou do Bloco de Esquerda, nem tão pouco afecto à CGTP ou à UGT. Pela primeira vez, vou participar numa manifestação de contestação ao governo.

sexta-feira, maio 28, 2010

SMS, voos e gargalhadas

As respostas do primeiro-ministro, à Comissão de Inquérito Parlamentar ao negócio PT/TVI, que pretendem atestar que o próprio não mentiu ao parlamento, aparentemente encerram outra mentira, como revelou o semanário "Sol". (Gargalhada)
Então não é que, a propósito do momento em que soube do saneamento de Manuela Moura Guedes, José Sócrates afirmou que só soube da notícia pela comunicação social – presume-se, informalmente –, omitindo que recebeu antes da divulgação pública da notícia uma mensagem do diligente amigo Vara com tão inesperada novel? (Mais gargalhadas)
Aparentemente, a razão para tal desfazamento deveu-se ao facto de Sócrates estar a voar no momento em que recebeu o SMS. (Mais gargalhadas).
Entre um voo e outro, a SIC já pediu ao Ministério da Defesa para confirmar tão ilustre state flight (Mais gargalhadas).
Querem ver que vai começar o calvário aéreo: da Defesa para o INAC, do INAC para a NAV, da NAV para o Ministério dos Transportes, do Ministério dos Transportes para o Eurocontrol e do Eurontrol para o esquecimento. (Ainda mais gargalhadas).
Este rosário faz-me lembrar rotas passadas. E o rídiculo continua a cobrir o primeiro-ministro de Portugal...

Opacidade e bizarria ganham terreno

Num país em que um pedido de esclarecimento assume contornos de desafio, em que as medidas governamentais são decididas à socapa e em que o pragmatismo é invocado pelo ministro das Finanças para contornar a lei, não é de estranhar a patética declaração de Francisco Assis para adiar o debate sobre a redução do número de deputados. Aparentemente, quando toca a cortar no desperdício público, evidente aos olhos dos portugueses, a estratégia é agarrar o tacho e acusar de demagogia quem pretende promover o debate. Até apetece citar Belmiro de Azevedo, que acusa o governo de falta de transparência.

O lado mais forte de Durão Barroso

O presidente da comissão europeia fez duras críticas a Merkel. Como sempre, falou tarde, muito tarde, com a União Europeia em chamas. Falta de coragem? Não! Esperou o tempo suficiente para colocar-se ao lado dos mais fortes. Aparentemente, para Durão Barroso, a Alemanha passou a estar isolada.

Não digas nada

«A Manela não apresenta mais o jornal. Mas não digas nada».
Os diligentes amigos são tantos. As atenções são tantas. Os favores são tantos. Mas ele nunca sabe de nada, nem se recorda do que quer que seja.
P.S. Seria interessante saber o que pensam os ex-jornalistas/assessores sobre o governo para que (ainda) continuam a trabalhar. Porventura, também não sabem de nada, nem dizem nada a ninguém.

Banal, mas impressionante

O slogan que se ouviu na manifestação dos polícias, ontem, na Avenida da Liberdade, não surpreende, mas continua a impressionar: «Sócrates, aldrabão! Os polícias têm razão!»

quinta-feira, maio 27, 2010

Despedimentos nos Media?

Nos últimos dois dias, JN e Jornal de Negócios, duas referência da imprensa escrita, foram oferecidos aos leitores. A grande questão é saber como vão reagir os principais títulos da comunicação social com a crise a ganhar cada vez mais terreno. Será que vamos assistir a mais e melhores notícias, mais marketing ou a uma vaga de despedimentos?

Uma questão de direito

A condenação do semanário Sol e dos jornalistas que assinaram os artigos com as escutas do processo "Face Oculta" envergonham a justiça portuguesa. Com sucessivas condenações no tribunal europeu dos Direitos do Homem, em diversos processos, o poder judicial reforça a posição de violação dos direitos de informação. Não é com a perseguição aos jornalistas que a justiça conseguirá sair do actual estado de descredibilização, aliás, bem patente após a conclusão da investigação do Ministério Público do processo aberto em Aveiro..

quarta-feira, maio 26, 2010

Evitar o debate inquinado

A comissão de inquérito parlamentar ao negócio PT/TVI encerrou as audições. E não pretende colocar mais perguntas ao primeiro-ministro. Esperemos que as conclusões finais não sejam um grande flic-flac à rectaguarda, com Pacheco Pereira com as barbas de molho. A acontecer, a opacidade de hoje, porventura pelas estafadas "razões de Estado", apenas implicaria, a breve prazo, que o debate voltaria a ficar inquinado pelas revelações agora não divulgadas. Tipo DVD, com a chancela de Charles Smith, lembram-se?

Salvar a pele

Pedro Passos Coelho está a tentar corrigir o discurso a toda a velocidade. Aparentemente, já percebeu que correram mal, muito mal, aquelas coisas coisas do apoio-mas-não-apoio e do pedido de desculpa – esperemos que tenha aprendido que Sócrates é inimitável e que apenas tenha sido influência de um adjunto pouco inspirado.
Hoje, no American Club, o líder do maior partido de oposição corrigiu o discurso: «A responsabilidade é do Governo e cabe-lhes mostrar que estão à altura. O PSD já deu o seu contributo».
Assim, sim. O governo a governar e a oposição a escrutinar.

Bem-vindos ao grupo dos 'inimigos'

Basta abrir um jornal, ouvir um pouco de rádio ou ver o mínimo de televisão para perceber que o clima político mudou. José Sócrates caiu mesmo em desgraça. Surpreendentemente, alguns dos mais recentes críticos do chefe do governo são os mesmos que passaram os últimos anos a tentar justificar a desgovernação e a apontar o dedo aos que nunca se coibiram de opinar, livremente, sobre a actuação do PM, desde a maioria absoluta. Mas só os burros é que não mudam, não é? Oportunistas ou não, sejam bem-vindos ao grupo dos 'inimigos' do PM, ou seja ao grupo dos livre-pensadores.
P.S. Críticas muito assertivas e frequentes ainda podem ser classificadas por um qualquer tonto como atitudes persecutórias ou motivadas pelo ódio.

terça-feira, maio 25, 2010

O povo não se resigna

segunda-feira, maio 24, 2010

A contestação vem aí

O próximo dia 29 é um dia especial. É um dia de manifestação contra a irresponsabilidade governamental. É um dia para recordar aos governantes que não podem continuar a desgovernação. É um dia para os alertar que não podem continuar a mentir, nem continuar comparar o crescimento, o endividamento e o desemprego portugueses com os registados noutras economias com mais músculo económico e financeiro. É um dia para demonstrar que não nos resignamos. Nem os de esquerda, nem os de direita. Tal como em 2 de Março de 2007. É o dia de participar. Afinal, há sempre uma primeira vez.

Marcelo regressa ao velho estilo

Incisivo, pedagógico e, sobretudo, mais descontraído. É o regresso ao estilo que consagrou Marcelo Rebelo de Sousa como o principal comentador político. Afinal, é o regresso a casa. Como se os cinco anos de passagem pela estação pública tivessem sido um pesadelo forçado. Agora, ninguém o tira de lá nos próximos anos.
P.S. Júlio Magalhães conseguiu.

Futebol arranca com Sócrates no pé

Os resultados da selecção nacional vão determinar o tempo de permanência que ainda resta a José Sócrates na liderança do governo. É triste, mas é assim. Para o bem e para o mal. Esperemos que Portugal, no jogo contra Cabo Verde, comece a vencer.

domingo, maio 23, 2010

Labirinto de José Sócrates

«Sócrates não antecipa os problemas, reage aos problemas. Não vê as evidências, nega-as. Não comanda, vai a reboque.(...) O problema é que o labirinto de José Sócrates é o nosso. Estamos prisioneiros da ilusão. A realidade está lá fora e é assustadora.»

Luís Marques,in Expresso (via A Roda)

"O mundo mudou" assim tanto em mês e meio?

«Certamente Freud saberá explicar esta tendência para o nosso PM explicar que o que de bom ( ou menos mau ....) acontece se deve à sua bravura, ao seu estoicismo, o seu exemplo, que guia Portugal para rios de leite e mel ( que hão-de chegar...). E que o de mau acontece se deve a um ambiente adverso, à conjuntura internacional, aos especuladores, aos mercados, aos sindicatos, ao PR, às agências de rating, ao senhor Zé da Tasca, ao carteiro que se enganou na morada ... a todos eles que como diz a canção, se uniram (ingratos...) para tramar Sócrates, o Grande Timoneiro».
João Melo, in O Andarilho

Novo recorde de Sócrates

Portugal à beira dos 600 mil desempregados.

sábado, maio 22, 2010

Por outras palavras

«Pode-se encolher os ombros e dizer, como se fosse a coisa mais natural do mundo, "toda a gente sabe que ele mentiu", e depois? Não mentem todos? Pode-se dizer que foi uma tentativa que não passou de uma tentativa que acabou por não se concretizar (não é bem verdade...)? Pode-se dizer que isso são águas passadas e que hoje temos tantas coisa importantes para tratar, que isso é uma distração ou uma vendetta? Pode-se de facto dizer muitas coisas destas, mas esta enorme indiferença de jornalistas e, mais do que de jornalistas, de muita da nossa elite, é o terreno privilegiado da acédia, que depois se transmite como uma doença para todo o lado. É como a corrupção, um mal cuja aceitação social tem mecanismos muito semelhantes».
Vasco Pulido Valente via Portugal dos Pequeninos