A ILUSÃO DO REGRESSO DO ESTADO

«A razão principal é a tentativa de acabar com capitalismo e impor uma nova visão, baseada na burocracia e no Estado. Não é a visão chinesa em que o grande líder comanda a vida, é a visão europeia em que os burocratas comandam o nosso destino. Por isso as sociedades europeias estão a caminhar para a irrelevância, misturando a tentativa de imposição de um modelo centralizado com a sua crescente estagnação. Se só há uma resposta para qualquer crise ou catástrofe, e essa resposta é obrigatoriamente mais Estado, então o seu “regresso” significa a sua imposição à sociedade e apenas pode colocar em perigo a liberdade. Compete-nos evitar que isso aconteça».

O COMBATE ADIADO

«Aquilo que tem sido mostrado pelos sucessivos casos judiciais, com políticos, banqueiros e capatazes vários, seria o suficiente para, noutros pontos do mundo, provocar sobressaltos, até sociais. Em Portugal nem por isso. As palavras, as intenções, são imediatamente uma moratória à ação. E é aí que está estacionado o combate à corrupção: agendas gerais, avanços tímidos, concessões mínimas, o suficiente para que tudo continue mais ou menos na mesma».

E DIZEM QUE É UM GOVERNO DE ESQUERDA

Enquanto centenas de milhares de pequenos e médios empresários lutam pela sobrevivência das empresas, o governo de António Costa continua a enterrar dinheiro na TAP, dinheiro esse que sempre falta em apoios e créditos para as PME's.

PROMESSA DE NOVOS APOIOS

O Governo lança de novos apoios à economia, para acompanhar o desconfinamento do país. Resta saber se são mesmo para aplicar em tempo útil.

A VITÓRIA DO "SOCIALISMO CIENTÍFICO"

«O governo, finalmente, parece ter aprendido que uma pandemia não se combate nem com "fezadas", nem com "milagres". A ciência ocupou, finalmente, o seu lugar».

O PORTUGAL ESQUECIDO PELA "BAZUCA"

«Uma enorme fatia dos fundos destina-se à transição digital, outra grande fatia à descarbonização da economia. São milhares de milhões. Mas quem vai beneficiar? Provavelmente os mesmos de sempre, os peritos nas siglas e na captura de fundos, que se movimentam como peixe na água nos meandros da burocracia europeia».

PRESIDENTE A PASSEAR

Numa altura crítica da pandemia, o presidente desloca-se ao Vaticano e a Espanha numa viagem que certamente poderia ser substituída por uma videoconferência.

COSTA SEGUE PASSOS

As medidas apresentadas por António Costa são claras, conservadoras, dinâmicas e fundamentadas, permitindo a gestão atempada de expectativas e reduzindo os níveis de incerteza e até ansiedade.

P. S. A intrigalhada com cheirinho a Belém não passou.

O QUE NÃO PODEMOS ESQUECER

«Nos lares morreu-se solitariamente e ante a indiferença geral. Aos que morreram, não lhes valeu nem a esquerda nem a direita, nem o público, nem o privado. A mobilização de meios chegou demasiado tarde, deixando progredir a voracidade do vírus e matando 3.750 residentes em lares até ao início deste ano. Em fevereiro, as mortes naquilo a que o Estado chama eufemisticamente Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), uma linguagem convenientemente assética e burocrática que mascara a ilegalidade, a negligência e a conivência pública e privada com elas, representavam cerca de 30% da taxa global de mortalidade por Covid-19».

DIGESTÃO DO JANTAR EM BELÉM

O governo e o presidente ignoraram os alertas dos especialistas, por causa da variante britânica, para evitar a abertura do Natal de 2020. Hoje, no segundo mandato, o presidente tentou alegadamente travar o desconfinamento sem se perceber qual a razão para o justificar. Está encontrada a primeira grande encenação entre o primeiro e o segundo mandato presidencial.

PLANO DE DESCONFINAMENTO

Os avanços e recuos são de tal monta que o plano de desconfinamento, que o governo deve anunciar, hoje, está à partida condenado a muitos equívocos e críticas.

P. S. Os jantares em Belém entre o presidente, presidente da AR e PM são mais uma pérola do regime. Mais dramático ainda é o anúncio, um ano depois, da constituição de uma task force de especialistas.

ALY SILVA: O SILÊNCIO DE MARCELO E COSTA

«Ameaçado, raptado, espancado e roubado, um dos mais conhecidos jornalistas guineenses aponta o dedo ao poder atual firmado no Presidente Sissoco Embaló e diz que o momento é de terror na Guiné-Bissau».

ERC QUER ANULAR COMPRA DA TVI

«A posição do conselho regulador aponta para a nulidade do negócio em que o empresário adquiriu 30% da dona da TVI ao grupo espanhol, em maio do ano passado, e a aplicação de coimas de valor elevado».

DIA NEGRO PARA GOVERNO DE COSTA

O sector privado do ensino passou de excluído a integrado nos planos de testagem, Pedro Nuno Santos apanhado em conversa alegadamente gravada ilegalmente e António Costa arrasado por João Costa Pinto no caso Novo Banco.

P. S. Solidários até ao fim: dia negro com presidente à mistura.

RELATÓRIO SOBRE LAR DE REGUENGOS ESCONDIDO

«Bastonário pede com urgência relatório da Inspeção-Geral das Atividade em Saúde (IGAS)».

MARCELO POR MUITO MAIS

Em pleno período de confinamento cruel para os portugueses, o presidente entendeu fazer uma incursão pelo Bairro do Cerco no Porto. Será que teremos os resultados epidemiológicos daqui a 15 dias ou será mais um segredo para ser tratado discretamente entre os órgãos de soberania?

A DEMOCRACIA VOADORA DO SENHOR ARNAUT

«Na saga do novo aeroporto de Lisboa, tanto a direita do Estado mínimo como a esquerda do Estado máximo andam às ordens da Vinci».

MEDINA E O ESTILO DE COSTA

«Fernando Medina disse ontem que a Câmara já não tem de pagar nada à Bragaparques por decisão judicial irrecorrível. Mas não é assim».

A ASSISTÊNCIA JURÍDICA NOS AEROPORTOS

«As escalas estão desde ontem em funcionamento, numa altura que está a fazer um ano sobre a morte de Ihor Homenyuk, que devemos recordar para que não se volte a repetir em Portugal situação semelhante».

MARCELO E OS NOVOS GUIONISTAS

O presidente reeleito, por menos de um quarto dos portugueses, realizou um discurso de lugares-comuns, em que a poesia foi mais uma vez vilipendiada. Mas todo o destaque vai para as reacções em estilo político-seboso de António Costa que redescobriu o «presidente eleito por todos os portugueses» e de André Silva que mais prosaicamente saudou o «presidente eleito por um número significativo de portugueses».