SÓCRATES VAI A JULGAMENTO

«José Sócrates vai ser julgado por 22 crimes: três crimes de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal, foi esta quinta-feira revelado. A decisão histórica do Tribunal da Relação sobre a Operação Marquês, que recuperou quase na totalidade a acusação do Ministério Público, demorou a ser conhecida, devido a um erro técnico».

P. S. O MP viu o seu recurso validado, com a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa a ser cilindrada pelo Tribunal da Relação de Lisboa. E a justiça lenta, escandalosamente lenta, a que o(s) ex-primeiro(s)-ministro(s) e demais poderosos não podem escapar nem ter um tratamento de excepção em relação ao inferno vivido por qualquer outro cidadão.

NAÇÃO BENFIQUISTA

«É provavelmente má ideia ter advogados no ativo como membros dos conselhos que têm poderes de disciplina sobre procuradores e juízes. Não se trata de questionar a honorabilidade pessoal dos membros desses conselhos. Trata-se de desenhar a instituição para minorar os riscos de conflitos de interesses. É útil que haja gente externa às magistraturas nestes órgãos de governo. Têm é de ser verdadeiramente independentes, e isso é complicado quando são advogados que lidam profissionalmente com as pessoas que estão a avaliar. Precisamos de frieza para fazer essas reformas. Caso contrário, continuaremos amarrados aos vícios dos conflitos de interesses, da promiscuidade e da hipocrisia. Já basta o que basta».

ROSA (QUASE) A DESFAZER-SE

«Procurador Rosário Teixeira acusa Ivo Rosa de "desajeitada" alteração de detalhes e argumenta que houve "uma alteração substancial dos factos". Se Ivo Rosa recusar, MP pode recorrer para a Relação».

DO MONTE BRANCO AO ALVO JOSÉ SÓCRATES

«A mudança na hierarquia da justiça coincidiu com o início formal do processo que visou Sócrates. Mas a investigação já estava há muito lançada».

OPERAÇÃO MARQUÊS: TRUQUE À VISTA?

A campanha que promoveu Lula a "herói", após decisão judicial que não o absolveu, pode acontecer em Portugal? Poder, pode, mas não é a mesma coisa: Ivo Rosa não pode ignorar as decisões dos tribunais superiores; a sua decisão é recorrível; e Rosário Teixeira não é Sérgio Moro.

MADEIRA DO CRIME

«Procurador Rosário Teixeira elenca aspetos facilitadores de corrupção na Zona Franca da Madeira».

OPERAÇÃO MARQUÊS: PASSO A PASSO ATÉ...

«Os procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Rosário Teixeira e Vítor Pinto, acusam o juiz Ivo Rosa do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de, no âmbito do debate instrutório do Processo Marquês, em que o principal arguido é o antigo primeiro-ministro José Sócrates, “relegar a subida dos recursos [do MP] para o que se interpuser da decisão final, acabando por violar objectivamente a lei, e deixar o processo seguir para o julgamento completamente “minado!”».

Operação Marquês e... 90 dias

Câmara! Som! Acção: Começou o "Show Coitadinho" e o período para pedir a abertura da instrução.

Fizz de alcunhas

Qualquer investigação policial tem sempre o seu quê de misterioso. E uma das partes mais complexas é identificar alguns nomes, alguns deles estranhos mas que dizem muito. No caso do julgamento que resultou da Operação Fizz, recheado de ilustres, com alguns de fora, para já, o enigma foi desvendado em audiência: «Ricky Martin, a Loira e o Meia Branca».

Sócrates com todas as garantias

«Relação rejeita colocar Carlos Alexandre como testemunha».

Advogados de Sócrates reagem

Depois dos ataques descabelados contra o juiz Carlos Alexandre e o Ministério Público, os advogados de Defesa de José Sócrates reagem, com o mesmo tipo de insinuações, aos últimos desenvolvimentos da Operação Marquês: «Há muito que se percebeu a táctica do Ministério Público - novas suspeitas para justificarem novos adiamentos».

Costa à beira do inferno

Quando Sócrates sair do estabelecimento de Évora, com ou sem pulseira electrónica, António Costa vai começar a viver uma nova realidade: fartos de revelações, mentiras, golpes e golpadas que têm marcado o processo judicial do ex-primeiro-ministro, os portugueses vão ser obrigados a recordar, diariamente, os casos da governação socialista de 2005 a 2011.

Sócrates diz não

Declaração na íntegra.