OS CARNICEIROS IMPUNES

O Tribunal Penal Internacional, a 3 de Março de 2021, anunciou uma investigação de crimes em territórios palestinianos, ocorridos em 2014. Passadas tantos anos, the show must go on, os carniceiros continuam impunes, tanto do Hamas como do Estado pária de Israel, por força da monumental cumplicidade e hipocrisia das democracias ocidentais.

P. S. Quantas mortes vão ser necessárias para o Tribunal Penal Internacional emitir mandados de prisão para os criminosos de guerra do conflito do Médio Oriente, a exemplo do que fez para Vladimir Putin?

UNICÓRNIOS E FASCISTAS DA TRETA

«Resta saber quanto custa a verdade».

A LINGUAGEM DO TERROR

 «Apagados!».

«Vamos dar-lhes uma lição!». 

É assim que Gilad Erdan, representante de Israel nas Nações Unidas, Eli Cohen, ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, e Yoav Gallant, ministro da Defesa israelita, replicam as palavras de Benjamin Netanyahu com ainda mais achas para a fogueira. É a linguagem do terror do Hamas, entre outros, que fazem lembrar as ameaças de Dmitri Medvedev e Vladimir Putin na hora de também esmagar o povo ucraniano.

CRIANÇAS PALESTINIANAS ASSASSINADAS

Imaginávamos que o grau zero das democracias ocidentais havia ocorrido com a invasão do Iraque, com a tortura (waterboarding) legalizada e demais monstruosidades em Abu Ghraib. O tempo veio provar o erro, desde o ataque terrorista do Hamas às represálias terroristas de Israel, com a UNICEF a revelar que já morreram, pelo menos, 724 crianças palestinianas e 2.450 ficaram feridas, até 17 de Outubro passado.

O EXEMPLO DE GUTERRES

«Em tempos de guerras, importa não cair nos erros do passado, em que as roncas do establishment condenaram milhões e milhões de cidadãos em troca de interesses geoestratégicos e negócios chorudos. Segundo a ONU, de 2008 até 19 de Setembro de 2023, em confrontos entre Israel e a Palestina, morreram 20 vezes mais palestinianos do que israelitas».

ABUZNAID VERSUS SHAPIRA: A PARCIALIDADE DA IMPRENSA

A parcialidade da comunicação social portuguesa em relação ao conflito do Médio Oriente, designadamente na SIC, está bem patente no tempo de antena dado ao embaixador de Israel, Dor Shapira, em contraponto com o espaço dado a Nabil Abuznaid, chefe da Missão Diplomática da Palestina em Lisboa.

P. S. É particularmente interessante comparar a mensagem racional de Abuznaid, na entrevista que concedeu à RTP, ao discurso belicista de Shapira, uma espécie de Netanyahu dos pequeninos, em importância já que as palavras de vingança são semelhantes. 

AS TRIBOS

«A propósito da barbárie terrorista (aplica-se igualmente aos bombardeamentos), quem usa argumentos próximos do “olho por olho, dente por dente”, quem se posiciona como membro indefetível de uma das tribos (no conforto do sofá ou das nossas ruas), cheio de certezas, desumanizando o outro, só pode ser descrito de três formas: ou é um bárbaro, ou é um fanático, ou é um ignorante (há quem acumule).

RTP NA LIDERANÇA DO MÉDIO ORIENTE

Apesar da cautela (cinismo?) de Joe Biden, na conferência de imprensa ao lado de Benjamin Netanyahu, quase não dá para acreditar na criatividade da RTP e da RTP Notícias que decidiram olimpicamente adulterar grosseiramente as palavras do presidente dos Estados Unidos da América. Em vez do taxativo "parece que", a sabujice já vai em "diz que" o hospital em Gaza foi destruído por terroristas. Quais? O Hamas? Israel? A Jihad Islâmica? 

P. S. A resposta que se impõe depende de algum mercenário, de algum gabinete oficial de comunicação/propaganda ou do mais elementar rigor editorial?

JOE BIDEN: TUDO PELAS ELEIÇÕES DE 2024

Ainda antes de ser confirmada a autoria do brutal atentado contra o hospital Al-Ahli Arabi, no centro de Gaza, Joe Biden aterra em Tel Aviv. A preocupação do presidente norte-americano não está nos palestinianos, nem nos israelitas, mas sim nas próximas eleições de 5 de Novembro de 2024.

P. S. À excepção de uma curta declaração no passado dia 9 de Outubro, o silêncio de Donald Trump sobre a nova guerra no Médio Oriente é significativa: nem precisa de falar para condicionar a política externa norte-americana.

A GUERRA E OS EPISÓDIOS

«Também por cá, a impunidade, a desfaçatez e o ridículo políticos continuam a dominar o rumo dos acontecimentos».

ESCALADA EM MARCHA

A fanfarronice israelita está a esbarrar na complexidade da prometida invasão a Gaza. Os riscos de falhanço, de grandes perdas e da escalada do conflito, primeiro regional e depois mundial, também estão a retardar o assalto final. Entretanto, o genocídio do povo palestiniano continua em marcha lenta.

P. S. Volodymyr Zelensky deverá estar a recordar todas as promessas de apoio e solidariedade feitas pelos mesmos que também as fizeram ao povo palestiniano, para depois o abandonar à sua sorte.

A INVASÃO DE GAZA E OS ÁRABES

A expectativa em relação ao início da eventual "grande" ofensiva de Israel em Gaza, seja lá isso o que vier a ser, tem levado ao rubro os meios de comunicação social. Curiosamente, não há qualquer informação sobre uma eventual "grande" recepção do Hamas à anunciada invasão israelita. A pressão da informação mainstream é grande, mais ainda temos cabeça para pensar.

DA UCRÂNIA A ISRAEL: EMPREGADOS DE LUXO EM ACÇÃO

Com o eclodir de mais uma guerra sangrenta no Médio Oriente, as lideranças ocidentais ficaram ainda mais expostas: para a Ucrânia, invadida e brutalmente agredida às ordens do terrorista Vladimir Putin, todas as hesitações em fornecer armas que possam atingir solo russo; para Israel, também atacado pelos terroristas do Hamas, todas as armas possíveis à disposição para o corrupto Benjamin Netanyahu aprofundar o genocídio do povo palestino.

P. S. O seguidismo de Marcelo Rebelo de Sousa, perfeitamente alinhado com António Costa – o escrutínio é assim! –, é mais uma vergonha para a diplomacia de cócoras do governo da maioria absoluta do PS.

MENSAGEM PARA PUTIN

O regresso ao conflito no Médio-Oriente, mais uma vez pontuado por um ataque terrorista do Hamas e pela matança de civis. Nenhuma das partes aprendeu com o passado, apesar de condenadas na ONU. Eis uma mensagem que deve regozijar Vladimir Putin, certo da sua impunidade futura após as chacinas na Ucrânia.

BALAS MÁS, BALAS BOAS

«Convém, por isso, diversificar o alcance das objetivas. Até porque, ficámos a saber ontem, apesar de Israel admitir que a bala pode ter sido disparada por um dos seus soldados, o inquérito preliminar à morte de uma jornalista na Cisjordânia aponta para a inexistência de indícios de crime».

PAZ (TEMPORÁRIA) NO MÉDIO ORIENTE

Israel anuncia cessar-fogo unilateral. Até à próxima guerra?

MÉDIO ORIENTE (CONTINUA) A ARDER

«Com Portugal a presidir ao Conselho da União Europeia, a 27, e António Guterres a liderar a ONU, aparentemente nada mudou em relação ao Médio Oriente que continua a arder. É preciso fazer a diferença e lutar com imaginação para abrir os canais da civilização».

QUANDO A GUERRA SE PERDE NA IMPRENSA

«As forças armadas de Israel destruíram neste sábado um edifício que sediava os escritórios da agência de notícias Associated Press e outras organizações jornalísticas na faixa de Gaza. O ataque aconteceu uma hora depois de os militares terem avisado o proprietário que iam atacar o edifício, ordenando a sua evacuação».

POSSÍVEL ATAQUE IMINENTE

As companhias que mais utilizam o espaço aéreo do Irão anunciaram evitar espaço aéreo no Médio Oriente.

O dia da festa em Jerusalém afinal foi o dia dos mortos em Gaza

«Militares israelitas mataram pelo menos 55 palestinianos que se manifestavam junto à barreira que separa a Faixa do território israelita. Foi o dia mais mortífero do conflito desde 2014, desviando as atenções da inauguração da embaixada dos EUA».