Alô? Há alguém com os pés assentes na terra?

«Todas bem juntinhas, as asneiras que Pedro Passos Coelho já acumulou ao longo de ano e meio de governação dariam para uma terceira ponte sobre o Tejo».

O crime de Coimbra

«Hoje assumo-me como quadro da PJ. A instituição vive um momento difícil devido ao crime que se suspeita ter sido cometido por uma sua inspectora».

A boleia grega

«É por ser tão crucial esta articulação entre o caso da Grécia e o caso português que importa não criar agora mistificações salvíficas sobre o novo pacote adotado para Atenas».

O país do conselho leonino

É triste ver uma pessoa de respeito a hipotecar o respeito de todos. Será que alguém acha, nesta fase, que os sportinguistas são cegos ou parvos? E que basta uma declaração tipo "sportinguista" para os continuar a enganar, como se alguém acreditasse que quem manda no Sporting está em Alvalade? 

O ministro da Economia e as contrapartidas dos submarinos

Durante meses a fio, Álvaro Santos Pereira foi o bombo da festa na comunicação social. De um momento para outro, quiçá depois de aceitar uma extraordinária e indecente renegociação das contrapartidas que a Ferrostal, vendedor alemão dos submarinos a Portugal, nunca cumpriu integralmente, o ministro da Economia passou a ser elogiado. Eis uma transformação que deve ser obra e graça do Espírito Santo. 

Há petardos e petardos

Enquanto os estivadores rebentam petardos em frente da Assembleia da República, que se ouvem em todo o país, há outros petardos que, felizmente, ficam pelo país mediático e afins.

Pensar o crescimento

«O País precisa de mudar de onda e de eixos. Precisa sobretudo de uma estratégia nacional que, para lá do sofisma austeridade versus crescimento, consiga combinar criatividade com eficácia, e rigor com desenvolvimento, fazendo da exigência de justiça social o grande polo agregador da motivação dos cidadãos».

O Estado da crise

«Um Estado que vive na penúria é um Estado sedento de dinheiro».

A Justiça que treme

«A Justiça está longe de ganhar a guerra contra a corrupção. Faltam leis claras e adaptadas aos tempos em que vivemos. Mas, ainda que o País estivesse servido por uma eficaz artilharia legal, faltaria a coragem para a apontar ao coração do alvo».

Vítor Gaspar e Passos Coelho varrem principais fantasmas

Numa semana difícil para o governo, por causa da apresentação de o orçamento que vai exigir sacrifícios brutais aos portugueses em 2013, bastou um discurso do ministro das Finanças no parlamento e uma entrevista do primeiro-ministro à TVI para fazerem emergir duas conclusões: a fita de Paulo Portas não valeu a pena; a  estratégia de António José Seguro pode colocar os socialistas muitos e muitos anos na oposição.

O coro dos desalinhados

«As notícias dos últimos tempos têm sido eloquentes na explicação dos males que a corrupção pode produzir. Na China, o sistema pode implodir por causa da corrupção».

Apocalipse fiscal

«O fim de ciclo está à vista com o deleite com o ópio de Santos Pereira e a abjuração da salvação pelo martírio pregada pelo profeta Vítor».

Desemprego

«Desperdiçar este activo, que poderia gerar riqueza e reestabilizar os fundos de Segurança Social, é criminoso».

Segredo de Justiça

«Em muitos casos que se apontam publicamente não houve violação, mas antes legítima investigação jornalística sobre o facto objecto da investigação criminal».

A grande fraude

«E se boa parte das nossas certezas acerca da história mundial fosse realmente falsa?».

À boleia das palavras

«Ainda não fui ao fundo do mar, nem ao centro da Terra, mas, se me convidarem, recuso. Permanecerei fiel a Júlio Verne, o melhor guia, o melhor companheiro de viagem».

RTP: atentado ao jornalismo

«Ninguém pode estar admirado com a atitude desta gente que entre uns almoços, umas festas e umas galas lá vai saltitando entre a informação, o entretenimento e os cargos administrativos, como se tudo fosse uma e a mesma coisa».

Acordar do pesadelo

«Apetece gritar: tirem- -nos daqui!!!».

Não chamem a polícia

«Se um mal incomoda muita gente, dois incomodam muito mais».

Brutas ou editadas?

«A RTP, provavelmente o verdadeiro alvo da investida, tergiversou na sua linha hierárquica, e revelou-se frágil nas garantias de cidadania, pondo em risco inclusive a segurança das suas equipas em futuras situações similares».

Altos voos no Governo

«As privatizações da TAP e da ANA já começam a dar que falar». 

Publicidade, sim! Obrigado

«Pode uma actividade refém da palavra “consumo” passar a estar ligada à ideia de “cidadania”? Pode a publicidade ser convocada para a mudança social? Ou irá ficar rotulada para sempre, pousada na mesma prateleira do nosso pensamento?»

É para isto que pagamos a RTP?

Quanto mais se sabe sobre o vergonhoso episódio da entrega de imagens da manifestação do passado dia 14  à PSP mais fácil é aceitar a redução da RTP ao mínimo indispensável para assegurar o serviço público. Esta evidência é tão gritante que as estações concorrentes, que os contribuintes não pagam, souberam estar à altura das suas responsabilidades.

Alguém cure a amnésia de Seguro, se faz favor

«O PS, que esteve no Governo durante mais de uma década, não só destruiu o país como não se recorda de o ter feito».

Sistemas de segurança

«Não deixa de ser significativo que os países – cujos sistemas alguns teóricos querem copiar para Portugal – aparecem muito atrás de nós».

Gaza ou a revisão da História

«Este ataque contra Gaza não foi senão o último antes do próximo. Porque, haja acalmia ou não, atacar Gaza dá votos e legitima o imobilismo político de Telavive. E sobretudo desvia a atenção da História real para uma História conveniente».

Brasil ataca corrupção

O mensalão continua a meter na cadeia notáveis brasileiros.

A barbárie

«Hamas lincha palestinianos que acusa de colaboração com Israel».

Os fundos da Europa

«Passos Coelho e Seguro envolveram-se numa querela em torno dos fundos comunitários, como se o PS fosse mais responsável do que o PSD e vice-versa na má utilização do dinheiro».

Fim de ciclo

«O que caracteriza um fim de ciclo é sempre a indecisão, com os seus múltiplos e imprevisíveis efeitos, que bloqueiam tudo o mais. E é nisto que estamos, por todo o lado - daí, o grande impasse, bem como o dominó de pequenos impasses, em que vivemos».

O fascínio da finança

«A Direcção Nacional da PJ, naturalmente, recusou ser cúmplice desta teia de equívocos».

Xi Jinping na encruzilhada

«A “quinta geração”, que agora ascende ao poder, é menos dogmática e mais realista do que as anteriores e por isso não pode ignorar que a China está de novo na encruzilhada. Terá sido o sinal que Xi quis enviar no seu discurso».

RTP: descalabro ou reinício?

A suspeita que jornalistas podem ter colocado imagens de manifestações, em bruto, nas mãos da polícia é de tal forma chocante que até custa a acreditar. Se é verdade, então o descalabro é tão evidente que o afastamento de Nuno Santos só pode ser considerado uma espécie de reinício da estação pública.

Viver entroikado, resistir ou embrulhar

«Já tinha decidido que, este ano, o Gaspar ficava de fora do meu presépio. Agora, em protesto, sai a troika toda».

Novo site do Público

Mais opções de leitura e um detalhe excelente: os leitores têm à sua disposição uma ferramenta para qualquer eventual correcção aos artigos http://www.publico.clix.pt

A perigosa banalidade

A manifestação dos investigadores criminais, em frente à Assembleia da República, é mais um sinal inquietante do estado em que está o Estado. E o mais grave é que parece ter sido encarada apenas como mais uma manifestação.

Declaração de Cavaco Silva: a piada do dia

Devemos sempre interrogar-nos se algumas declarações públicas são para levar a sério. Entre muitas que poderia citar destaco a última do presidente da República: «É necessário olhar para o que esquecemos nas últimas décadas e ultrapassar os estigmas que nos afastaram do mar, da agricultura e até da indústria».

O Acordo, outra vez

«As questões de fundo relativas à aplicação do Acordo Ortográfico continuam por resolver. Não entrou em vigor, mas há sectores, tanto oficiais como privados, em que vigora sem rodeios especiais o princípio do faz-de-conta».

A Autoavaliação

«A grande questão é se o caminho é de suave decadência, de explosão descontrolada ou de construção de uma alternativa que pare o mergulho nos abismos e volte a dar espaço à autoestima e à inovação competitiva».

Gaspar vai à capital

«O ajustamento permite reequilibrar as contas externas, porque quem não tem dinheiro não tem vícios. Mas há a outra face da moeda. A recessão portuguesa é má para Berlim».

Crime sem castigo

«O Banco Português de Negócios constitui a maior fraude da história deste regime. O desfalque, que custou aos contribuintes cerca de cinco mil milhões de euros, está bem documentado. Estando o produto dos roubos ao acesso do Estado português, o Governo tem obrigação de tentar recuperar uma parte significativa do prejuízo».

O mago das Finanças

«Resta saber se a magia de Gaspar chega à vida das famílias. Se chega a uma economia moribunda. Se sai daquele paleio de relatório macroeconómico e não morre no primeiro embate com a realidade, lá para Março».

QUEM SÃO OS DONOS DA IMPRENSA?

É sempre divertido acompanhar a polémica sobre a propriedade dos órgãos de comunicação social, sobretudo quando ela ocorre a reboque de negócios milionários. A questão não é se os capitais são angolanos ou não, mas qual é a origem do dinheiro. E já agora: a nacionalidade do pilim nunca garantiu a liberdade de imprensa.

As armas continuam a mandar

Enquanto Barack Obama abraça Aung San Suu Kyi, Nobel da Paz e líder da oposição birmanesa,continuam a chover bombas em Israel e Gaza. Quanto tempo vai durar o próximo cessar-fogo?

Justiça: e a brincadeira continua

O julgamento dos caso dos submarinos foi adiado porque os arguidos alemães exigiram, obviamente, tradução simultânea durante o julgamento. E porque o contrato ainda não chegou ao tribunal. Será que ninguém tem vergonha de colocar a justiça nesta lama! Será mais um sinal que nada mudou na justiça? E não venha a ministra da justiça prometer que acabou o tempo das impunidades...

Dura lex

«A existência de um inquérito a altos dirigentes de um Estado estrangeiro chocou vários opinadores, sendo alguns deles os habituais profissionais da ignorância, com assento garantido em diversos órgãos da comunicação social, que só não vêem porque não querem ver».

Sabotagem

«Durante anos ministros forneciam benesses que diziam ser grátis. Agora chegou a conta».

O risco da violência contra os cidadãos

«Quando o poder exibe a força dos cassetetes e atropela a legalidade, quando se fecha nos gabinetes sem dar explicações ao país, quando toma decisões opacas para não ter que assumir a verdade, então estamos perante um problema maior protagonizado por um governo estafado, desacreditado e sem soluções».

Porque sim

«A polícia "mostrou o seu profissionalismo" ao fim de uma hora de apedrejamentos por "meia dúzia de profissionais da provocação", disse o Ministro da Administração Interna».

Caminhos da senhora

«A vinda de Merkel a Lisboa esteve longe de ser uma visita histórica».

O "número" do FMI

«Há coisas que toda a gente deve saber e uma delas é esta: quem manda no FMI é o Tesouro americano e quem manda no Tesouro americano é Wall Street».

Isaltino

«Foi condenado nos tribunais, em todas as instâncias, mas o Estado português não tem meios para o mandar prender».

De greve em greve até à derrota final

«Na quarta-feira eu fui a lojas, fui a bancos, fui a restaurantes – simplesmente, não fui de transportes públicos».

Derrota amarga

«O Juiz Desembargador[Rui Rangel], pode candidatar-se a presidente e os Inspectores da PJ, sócios como ele, que pagam quotas como ele, não podem apoiar uma das candidaturas?».

O (in)Seguro truque

Carlos Zorrinho veio a público defender a criação de uma taxa de solidariedade às parcerias público-privadas (PPP's), que consiste na taxação a 100 por cento de todos os rendimentos das PPP acima do valor contratualizado. Apesar de nunca terem admitido os erros do passado, a nova liderança PS quer agora   institucionalizar habilidosamente os negócios ruinosos? Há limites para a desfaçatez política.

A eurogreve e a outra Europa

«Em 1938, Roosevelt disse aos americanos: "Não esqueçamos nunca que o governo somos nós e não um poder estranho sobre nós. Os sujeitos da nossa democracia não são o Presidente, os senadores e os membros do Congresso, mas sim os eleitores deste país».

O Estado a que chegámos

«Não tenho vontade nenhuma de discutir as pedras. E não tenho vontade nenhuma de discutir as pedras porque não posso tolerar que sirvam de argumento para o que se passou ontem em S. Bento, nas ruas adjacentes, no Cais do Sodré. Discutamos as pedras mais tarde – e discutamos também a quantidade (e a visibilidade) de polícias à paisana, o mistério que pode explicar a incapacidade de a polícia resolver um distúrbio localizado (como já fez noutras manifestações, recentes, sem espancar a eito tudo o que mexia)».

Manifestam-se em São Bento mas o alvo está no Rato

«A manifestação de ontem e os crescentes episódios de violência confirmam a estratégia greco-syriza do PCP e de parte do BE: esfanicar o PS».

Em breve

Quatro mil milhões

«O Governo tem de cortar quatro mil milhões de euros à despesa do Estado. Um valor cada vez mais convergente com a factura que temos vindo a pagar pelo buraco do BPN».

Escadas do Parlamento

«A Europa do Sul exige dos seus responsáveis políticos uma solução para a saída da crise económica. Para isso protesta. Fecha escolas e encerra aeroportos, pára comboios e tranca hospitais».

Amarrados à ilusão

«O euro trouxe divergência, estagnação, défice e dívida».

Miguel Macedo: o erro que o vai levar à demissão

O ministro da Administração Interna voltou a fazer uma declaração em que manifesta a incapacidade de distinguir entre firmeza e a brutalidade policial, aliás, persistindo num erro que já tinha cometido quando comentou as cargas policias nas manifestações de 24 de Novembro de 2011 e do passado dia  22 de Março. Numa reacção a quente, mal preparada e infeliz, Miguel Macedo saudou a firmeza da polícia por causa de meia dúzia de arruaceiros, mas as imagens mostram uma carga policial indiscriminada sobre os manifestantes.

Finalmente porrada

As declarações irónicas do presidente da República e do primeiro-ministro num dia de greve geral, no actual contexto de crise excepcional, deram o resultado esperado: manifestações mais inflamadas e conflitos com a polícia. E o dia ainda não acabou.

Troika nein

«É indispensável construir um largo consenso político e social entre a agonia do Governo e a pressão apaixonada da rua em crescente desespero».

A comitiva

«Para que Portugal não fique num beco sem saída, a luta política não pode transferir-se para o plano do palavreado em que a mínima expressão usada pelo adversário seja rebatida como se configurasse uma ofensa de lesa-pátria, sem que mais nada aconteça».

Bode expiatório

«Não foi Angela Merkel a responsável pelo estado a que chegámos, pela crise em que nos mergulharam, pelo enorme endividamento das famílias ou pelos esquemas de corrupção que exauriram as contas públicas».

Acontecimentos pífios

A passagem da chancelerina por Lisboa quase que passava despercebida. Não fora umas centenas de manifestantes, o péssimo filme promovido por Marcelo Rebelo de Sousa e a obsessão de uma certa imprensa, a passagem de Angel Merkel por Portugal teria sido mais uma simples visita de um líder europeu. É o que dá aumentar as expectativas sem nada na manga. E levar a sério os elogios de circunstância.

Os donos da caridade

«A democracia é uma grande criação humana precisamente para que a dignidade de todas as pessoas seja respeitada».

Ruído nas escutas

«A maior ou menor amplitude legal de utilização das escutas não é matéria de interesse particular do MP e das polícias».

A resposta do próximo

«Esta crise inverteu o efeito relativo dos mecanismos comunitários. Portugal mudou e é daí que sairá a resposta aos nossos males, apesar de não darmos por isso».

Portugal é assim: o país palavroso

«Portugal não tem de ser sempre o que a nossa História comprova e o nosso presente confirma. Mas isso depende, em primeiro lugar, de cada um de nós, e não dos outros».

Spinning fiscal

«Mais carga!, repetia o monitor, implacável. O peso da máquina escondida tornava-se insuportável. O spinning fiscal era uma brincadeira totalitária e predadora. Não sentíamos as pernas, havia uma poça de suor debaixo de cada bicicleta. Ninguém podia sair»

Um método perigoso

«Falemos da transparência. Este executivo é tão translúcido quanto uma porta blindada. Desde a explosão fiscal aos cortes nos subsídios, o PM prometeu o oposto».

Discurso de vitória

«O melhor está para vir, disse Obama depois de ganhar o segundo mandato como presidente dos EUA».

Novo Obama

«Os EUA recuperaram respeito internacional, o direito à saúde chegou a todos e gerou-se uma nova aliança de jovens, mulheres, trabalhadores urbanos, hispânicos e negros que suplantaram os preconceitos do mainstream branco, protestante e individualista».

O dever de alternativa

«O debate político funciona hoje num circuito fechado em que o poder emite, os media transmitem e os comentadores cacarejam».

Discurso perigoso

«Só empobrecendo é que saímos da crise».

A refundação vista do meu bairro

«Os mais assanhados, indignam-se com os alemães e os seus acólitos. Os mais optimistas, aguentam, aguentam. Os mais vivaços, aproveitam que nem cucos a nesga de oportunidade que a desgraça alheia lhes vai proporcionando».

Fale, sr. dr. juiz!

«Mouraz Lopes, fez depender do salário a independência da judicatura. Ainda não retirou o que disse – nem que fosse para desfazer qualquer equívoco».

Os portugueses não podem ser enganados

«Veremos o que dentro de pouco tempo vai suceder aos gregos e aprendamos com eles pelo menos isto: não devemos deixar chegar o país ao estado em que a Grécia se encontra».

Nuno Ferreira versus Miguel Relvas

Depois de uma vergonhosa versão do dono, chegou o contraditório sobre mais este caso que envolveu Miguel Relvas, o cadáver político ambulante do governo. Mas lá que a história dá que pensar, lá isso dá. Pobre governo... Pobre jornalismo...

Cartas de surdos

«As cartas são como arma política quase tão ridículas como as cartas de amor».

O Homem do Leme

«O ministro das Finanças comparou ontem o País a um "barco no meio duma tempestade" – e acrescentou que "é crucial manter o rumo».

Obama versus Romney: entre a desilusão e o terror

A campanha para a eleição do próximo presidente dos EUA  tem revelado o pior da sociedade norte-americana. E mostrou, mais uma vez, como a escolha é entre o mau e o péssimo. Entre o candidato que prometeu a mudança e desiludiu e o outro candidato que promete a mudança que é um terror, já estou como o outro: que se lixem ambos.

Juras e Juros

«Os políticos fizeram juras de amor aos bancos, mas os juros pagamo-los nós bem caro, pela via dum orçamento de estado que está, primordialmente, ao serviço dos verdadeiros senhores feudais da actualidade, os banqueiros».

O novo Bloco Central

«O guião que se desenha não é complicado. Rui Rio todos os dias dá sinais de querer tomar o lugar de Passos Coelho».

Governo não tem legitimidade para alterar as funções do Estado

«A legitimidade em democracia representativa tem limites, apesar da natureza do mandato».

Soares por quem o conhece

«O dr. Mário Soares não era tão mãos largas como agora parece (...) Foi pena que, com o seu silêncio, Mário Soares permitisse que o País chegasse à falência».

Quando cairá este Governo?

«No atual cenário, uma remodelação governamental poderá aliviar um pouco a pressão, mas dificilmente representará mais do que um pequeno balão de oxigénio».

Estão a ver o problema do país?

«Alguém, desde António José Seguro ao CES, falou em cortar despesa?»

"Ai aguenta, aguenta!"

«A poucos dias da sua visita-relâmpago a Portugal, a chanceler alemã, Angela Merkel, certamente a pensar, como é habitual, nos seus eleitores, defendeu a necessidade de mais cinco anos de austeridade para que a crise na Europa seja ultrapassada».

Responder à letra

«Se não queremos ser competitivos à custa da mão de obra barata, temos de responder com uma estratégia fiscal».

Tapar o sol com a peneira

«Eu sei que as arbitragens, sobretudo em certos negócios público-privados, só funcionam bem em segredo ou mesmo na clandestinidade. Mas não contem com o silêncio da Ordem dos Advogados».

A busca da chave

«Ouvindo as opiniões comuns acerca da péssima qualidade das políticas e ministros, a única conclusão razoável é que Portugal está tão mal quanto o Zaire. Como constatamos que, mesmo com crise, somos mais ricos que a Coreia do Sul, alguma coisa falta na análise».

Falsos profetas e vendilhões do templo

«Nesta roda-viva de falsidades e fatuidades, que alimentam o tráfico de influências, a corrupção institucionalizada e o descaramento de quem conta com a ignorância do povo para melhor o continuar a enganar, ainda há quem acredite que está a ser travada uma guerra sem quartel entre os que querem liquidar o Estado Social e os que o querem defender».

Uma guerra sem sentido

«Sem renegociação da dívida soberana, sem fortes incentivos ao crescimento, sem confiança no Governo, o País há-de encontrar-se exangue no final de Março. E com a Democracia em perigo».

Refundar o quê?

«Passos Coelho tomou a iniciativa política, algo que não acontecia há muito tempo. Mas, ao recorrer a um enigma, o primeiro-ministro enveredou pelo caminho da obscuridade de propósitos».

Estado porteiro

«Foram os trabalhadores e as suas contribuições que pagaram o Estado Social».

Montesquieu em Torres Vedras

«Para já, ficamos pelo Carnaval de Torres Vedras, embora certa promiscuidade entre os poderes possa vir a ter laivos de carnaval brasileiro».

Ai aguenta, aguenta!

«O programa desta segunda fase do ajustamento estrutural é, pois, o de uma refundação não do memorando mas do regime político em Portugal».

Depois da magia

«A ocasião, rara e preciosa, passou - e Obama ficou mais refém do sistema que ajudou a salvar».