HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA: O RESTO À VENDA

É a primeira venda da Santa Casa digna de monta, depois dos gestores do PS terem conduzido à sua compra desastrosa. Vai ser interessante conhecer – será possível? – as due diligences em curso.

SANTA CASA VENDE

O buraco está confirmado, os responsáveis continuam impunes: «O plano de reestruturação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) prevê a alienação de património, a racionalização de recursos, o controlo nas nomeações e a aposta em novos jogos sociais».

P. S. Pedro Nuno Santos continua em silêncio, porventura também está a observar, como que a fazer de conta que não é nada com o PS.

BLOCO CENTRAL: A HORA DO ALGODÃO

Depois da Iniciativa Liberal, André Ventura, em nome do Chega, também anunciou uma proposta de constituição de uma CPI à Santa Casa. 

P. S. Vamos ver se Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro têm o topete, perdão, a desfaçatez política para chumbar ambas as iniciativas.

PARLAMENTO INVESTIGA SANTA CASA

Mariana Leitão, líder da bancada parlamentar da Iniciativa liberal, propôs a constituição de um inquérito parlamentar à ruinosa gestão da Santa Casa.

P. S. Mais uma vez, o partido liderado por Rui Rocha a quebrar o ciclo de decisão do Bloco Central.

SANTA CASA: ULTRAJE E CASO DE POLÍCIA

«A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá acumulado, no ano passado, um buraco de quase 100 milhões de euros».

P. S. A realidade dantesca que existe numa instituição destinada a apoiar os mais pobres tem o selo de António Costa, de Ana Mendes Godinho e demais gestores nomeados. É este o PS que quase ganhou as últimas legislativas e ainda aspira a ganhar as próximas europeias.

SANTA CASA: O FOLCLORE HABITUAL SERVE A QUEM?

Em vez de escrutinar o rombo nos cofres da Santa Casa, Alexandra Leitão, líder parlamentar do Partido Socialista, continua concentrada em questões laterais e assessórias. O folclore continua a servir para tentar desviar as atenções do essencial: como foi possível, durante a governação de António Costa, permitir a aventura da internacionalização que colocou em risco o apoio social aos mais pobres?

P. S. Entre o final de 2021 e o início do ano passado, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa emitiu três cartas de conforto num valor total de 14,1 milhões de euros para a Santa Casa Global.

ASSALTO AO DINHEIRO PARA ACUDIR AOS POBRES

Os salários pagos na Santa Casa levam quase dois terços (66,7%) das receitas da Santa Casa. É uma proeza digna de escândalo, mas ainda assim inferior ao peso das despesas com pessoal no orçamento da Presidência da República, que ultrapassam os 67,4%, um verdadeiro maná que certamente pesa na hora do escrutínio.

P. S. E para 2024 ainda há mais. 

SANTA CASA: MONTENEGRO PASSA À ACÇÃO

O afastamento da equipa que liderava a Santa Casa, nomeada pelo governo de António Costa e Ana Mendes Godinho, só peca por tardia, ainda que nem tenha passado um mês da tomada de posse do XXIV governo. Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, começa bem. E a Iniciativa Liberal quer mais.

P. S. Mais uma vez, Marcelo Rebelo de Sousa está na berlinda por causa dos negócios de Estado que envolvem a sua família. Curiosamente, ninguém tem reclamado por aparentemente ainda não terem sido ouvidos pelo Ministério Público.

SANTA CASA PASSA NO VERMELHO

O balanco da governação do PS não deve tardar: o exemplo da Santa Casa, que passa de lucros a prejuízos em 2022, pode ser o ponto de partida para começar a identificar a incompetência, o desleixo e a voragem de António Costa e Ana Mendes Godinho.

FAMÍLIA DO PRESIDENTE EM DEMASIADOS NEGÓCIOS

Nuno Rebelo de Sousa está em todas, desde o negócio com as gémeas luso-brasileiras no SNS a um outro negócio do jogo entre a Santa Casa da Misericórdia e o Banco de Brasília, a que não escapou Ana Mendes Godinho, a ainda ministra da Segurança Social.

P. S. A parada já tinha o antecedente do jogada franca de Pedro Rebelo de Sousa. Dúvidas sobre os tempos da cooperação institucional entre São Bento e Belém?

SANTA CASA: GOVERNO SABIA DOS "NEGÓCIOS CONFUSOS"

A ministra Ana Mendes Godinho já habituou o país a um série de petas escandalosas e impunes. Agora, mais uma: Edmundo Martinho, ex-provedor da Santa Casa, garante que as verbas para os "negócios confusos", denunciados por Ana Jorge, constavam nos planos de orçamento que a tutela aprovou. Nem o dinheiro dos pobres escapa, é a santa trovoada em curso, com sotaque brasileiro.

P. S. Ana Catarina Mendes, Fernando Medina e Pedro Nuno Santos que se cuidem.

TAMBÉM SOMOS RASPADINHAS. E POBRES

«Também somos raspadinhas, mesmo que não fique bem na fotografia. (...) É um retrato de um país pobre e desesperado. Adornado com migalhas para adiar o pagamento da casa, como as que o Governo atirou ontem aos portugueses que têm crédito à habitação. Portugal é um país de trabalhadores. É o sexto na Europa onde a semana de trabalho é mais longa. E de sonhos eternos, nem que seja a raspar».

O ESTADO, OS CORTES DA SANTA CASA E OS FEITOS DESPORTIVOS EXCECIONAIS

«A degradação da saúde financeira da Santa Casa aconteceu porque a instituição sempre foi vista como uma espécie de prateleira dourada de protagonismos, com uma ampla margem de arbitrariedade na gestão, recursos infindáveis e diminuto escrutínio público e político das tutelas. (...) Também é de questionar se, perante a desresponsabilização social e desportiva, se devem manter os privilégios da Santa Casa nas concessões públicas de jogos de sorte e azar».

PAPA NA SERAFINA

Hoje, o Papa Francisco tem um encontro com a juventude que mais importa, aquela que está perdida no mundo da droga e da ultrajante miséria no Bairro da Serafina.

P. S. Ver a obra do Padre Crespo, que faz recordar ainda mais o distanciamento da hierarquia da Igreja portuguesa dos mais pobres, é mais uma oportunidade, por exemplo, para também sublinhar a ultrajante falta de apoios do Estado, em relação às instituições de saúde geridas pelas Misericórdias, tantas e tantas vezes silenciado por meras cumplicidades políticas.

"SANTA" TROVOADA À VISTA

O Chega vai propor comissão de inquérito à tutela da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Vale a pena recordar:

SANTANA LOPES COMEÇA MAL (2014)

SANTANA LOPES E OUTRAS CHINESICES (2015)

PJ FAZ BUSCAS NA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA (2016)

NOVO 'HOMEM DOENTE' (2017)

MEGA PÉ-DE-MEIA (2017)

NEM O DINHEIRO DOS POBRES ESCAPA (2023)

NEM O DINHEIRO DOS POBRES ESCAPA

A ministra da Agricultura está instalada numa casa da Misericórdia, beneficiando de uma renda mais acessível, contribuindo para o abandalhamento institucional em curso, cujas consequências ainda são imprevisíveis.

P. S.  João Gomes Cravinho é novamente e ainda notícia pelas piores razões, não tendo declarado os lucros obtido numa empresa do sector imobiliário.

OS 'DOENTES' DA RASPADINHA

«O dinheiro da raspadinha serve causas sociais e engorda os cofres públicos, mas a pegada sombria que tem deixado na vida de tantos portugueses não deve ser encarada como um mero dano colateral».

RASPADINHA DA PROIBIÇÃO

«Não são precisos muitos estudos ou investigações para percebermos que as raspadinhas estão a tornar-se um vício preocupante em Portugal».

MONTEPIO, OU COMO OS POBRES PODEM SALVAR OS POBRES DOS ERROS DOS RICOS

«A entrada da Santa Casa da Misericórdia no capital da Caixa Económica Montepio Geral não é, só por si, irracional. Mas é irracional a Santa Casa valorizar a Caixa Económica por dois mil milhões de euros – valor implícito nos 200 milhões de euros anunciados por uma participação de 10%. Não vale esse valor, ou o BPI está muito desvalorizado. Assim como é irracional e perigoso que a Santa Casa entre na Caixa Económica sem exigir mudanças na forma como ela e o seu accionista são geridos».

MEGA PÉ-DE-MEIA

«Nem o Montepio é a Santa Casa nem a Santa Casa é um "capitalista" qualquer. No jogo da sorte e do azar que é a Banca, temo bem que os custos futuros desta raspadinha mega pé-de-meia possam superar o valor do prémio inicial. Uma certeza podemos ter: se correr mal, a solidariedade futura do Estado não estará indexada às taxas de juro».