SANTOS SILVA CONTESTADO

O presidente da Assembleia da República foi duramente contestado pela sua falta de independência na condução dos trabalhos parlamentares depois de permitir um atropelo ao regimento imposto pela maioria absoluta do PS. E ainda há quem tenha esquecido a marca de "trauliteiro".

AUSTERIDADE EM MARCHA

O Orçamento do Estado para 2022 não surpreendeu. A austeridade decretada, mas nunca assumida, não surpreende. O que realmente choca é a negação da evidência  e o escrutínio de subserviência. Habituem-se!

MACRON, LE PEN E O PREÇO

Assistir à possibilidade de um taco-a-taco entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen é algo inimaginável para quem conheceu a sociedade e a cultura francesas de perto. As eleições presidenciais francesas podem ser o choque que faltava para acordar todos aqueles que lá vão aceitando o mal menor, mantendo o establishment corrupto à boleia da globalização.

NOITE ELEITORAL PROMETE

Quatro projecções das televisões sobre a taxa da abstenção têm uma diferença de 14 pontos entre o intervalo inferior e o superior.

RIO DE GRAÇA

A passagem de Rui Rio pelo inefável humorista do regime (Herman, já era!) marca uma ruptura: é possível gozar à grande com as questões, em jeito de piadas que servem sempre o mesmo lado, que já estão gastas.

PRESIDENTE, POLVO E ROUBALHEIRA

As críticas a Marcelo Rebelo de Sousa estão a subir de tom e já são transversais ao espectro político e partidário. A mais recente declaração presidencial deu origem a mais uma opinião arrasadora «Marcelo Rebelo de Sousa pôs a melhor cara de orgulho e confiança que conseguiu para as televisões e disse que "não é um ou 10 casos" que abalam a reputação das Forças Armadas. Se não são 10, quantos são precisos? Porque antes da Operação Miríade já tivemos a palhaçada de Tancos – e já tínhamos tido um roubo de armas no quartel dos Comandos na Carregueira. E tivemos o "polvo" da corrupção sistémica nas messes da Força Aérea, onde o defeito da roubalheira há muito se tinha tornado feitio. E tivemos corrupção na compra de equipamentos – os submarinos, os Pandur, os helicópteros EH 101 ou os aviões C295 e P3 Orion, com honras de comissão de inquérito. Tivemos os escândalos de fraude nas famosas contrapartidas na compra de brinquedos para as Forças Armadas. Não é um caso nem 10. São a perder de vista».

JÁ CHEIRA A CAMPANHA ELEITORAL

Com o acentuar da crise, por causa da aprovação do Orçamento do Estado 2022, não tarda nada estala o verniz ao presidente, garantindo que fica mais barato ceder ao BE e ao PCP do que as eleições antecipadas. É o primado do custo/benefício, sempre o curto prazo do pântano.

ESTÁ ABERTO O BANQUETE ANUAL

Com o início das negociações para o OE 2022 começa o período de chantagem em nome da "estabilidade" que tem arruinado o país, eternizando a teia de interesses que se banqueteia anualmente à volta da mesa do Estado.

PCP EM FORMA DE MULETA VOLTA A PERDER

Os comunistas foram, mais uma vez, penalizados nas urnas. A estratégia de segurar António Costa a todo o custo continua a custar votos, rumo à irrelevância e ao descalabro.

AFEGANISTÃO: REPETIR "MOMENTO SAIGÃO"

Vinte anos depois, 174 mil mortos e muitos milhares de milhões de dólares e de euros depois, com muita corrupção à mistura para alimentar a indústria de armamento, os norte-americanos repetem o "momento Saigão", abandonando o Afeganistão à pressa e deixando-o à mercê dos talibãs.

FOMENTO DE CAUTELA

Com a primeira parcela da bazuca a chegar – e tendo em conta o historial passado da banca que nos tem custado os olhos da cara –, seria avisado exigir ao Banco Português do Fomento a publicação anual da lista de créditos aprovados.

MARCELO A EXPORTAR

Depois de Lula da Silva, aguarda-se o branqueamento de Marcelo Rebelo de Sousa com Michel Temer. Obviamente sempre na óptica do relacionamento com Portugal.

CUBA: EMBARGO VERSUS GLOBALIZAÇÃO

Em tempos de protestos dos cubanos contra o regime muitos continuam a questionar a desumanidade e a ineficácia de 63 anos de embargo dos EUA. São os mesmos que ignoram que a globalização favoreceu a sustentação de outras ditaduras, tão ou mais repressivas e sanguinárias, nos últimos 25 anos. No século XXI, a escolha entre a liberdade e a repressão continua a ser um debate mais actual.

SANTOS SILVA DE LA SEDA

A "fuga" de Augusto Santos Silva, em forma de anuncio de regresso às origens sem dar uma única gargalhada, gera mixed feelings: por um lado é uma boa notícia, porque foi mau ministro em vários governos; por outro, conhecendo o seu caciquismo e calculismo políticos, prepara o que está para vir.

MARCELO E O BRANQUEAMENTO FUNDAMENTALISTA

O branqueamento militante e fundamentalista do presidente é responsável pela insegurança e desconfiança. Os portugueses não esquecem 15 Estados de Emergência, decisões contraditórias, declarações intempestivas e comportamentos ao arrepio do que é imposto aos portugueses.

MARCELO E COSTA A PERDEREM O PÉ

O desnorte presidencial sobre a evolução da Covid está ao nível do tom justificativo das últimas intervenções de Costa sobre a economia e os fundos europeus. Será que vão visitar, à vez, o pequeno Noah?

É PENOSO

Ambiente pesado depois da derrota da selecção, do início da 4ª vaga, de indicadores que atestam a falência do país e do regime. Mas continuamos a assistir às justificações dos oportunistas de sempre para desculpar os erros que fazemos de conta não querer ver em tempo oportuno.

MARCELADA BAIXINHA

A demarcação presidencial de um novo Estado de Emergência, que António Costa (ainda) não colocou em cima da mesa, é apenas um truque preventivo, mais uma "marcelada". Mas não apaga da memória colectiva a responsabilidade pelos 15 anteriores períodos de regime de excepção e pelos desastres do Natal 2020 e da Champions 2021.

UMA SELFIE VALE MAIS DO QUE A PALAVRA PRESIDENCIAL

Do 8 ao 80, do branqueamento grotesco e impune à intromissão ainda mais descarada na esfera do governo. É o desespero presidencial para inverter aquilo que o próprio fomentou: os portugueses estão mais interessados numa selfie com Marcelo do que naquilo que o presidente diz.

BOLA (PRESIDENCIAL) A ROLAR

Em plena crise sanitária, económica, financeira e aparentemente institucional, o presidente interrompeu a diplomacia da bola para pedir aos portugueses para se focarem (no jogo) da selecção. Do branqueamento grotesco, pior é ainda possível...