CATARINA MARTINS: UM CASO SÉRIO

Seriedade e firmeza só podem dar bons resultados. A denúncia de menos médicos no SNS, apesar de toda a propaganda de António Costa engolida pela generalidade da imprensa, é a prova que quem trabalha com afinco na oposição ganha crédito e respeito. A líder do Bloco de Esquerda mais parece a líder da oposição.

NO PAPEL ESTÁ MUITO BEM

«O plano de ataque definido pelo Governo está, em traços gerais, bem desenhado. Destaco a importância do reforço da testagem para os profissionais de saúde, uma exigência antiga da Ordem dos Enfermeiros. A grande dúvida é se teremos, ou não, a capacidade para colocá-lo no terreno».

COSTA COMPARADO A SÓCRATES

«Faz-me lembrar quando o governo de José Sócrates aumentou os salários sem ter condições para o fazer».

A MAIOR CRISE DE SEMPRE NA JUSTIÇA

«Todos os acusados têm direito à sua defesa e beneficiam da presunção de inocência. No entanto, tudo o que tem vindo a público sobre o funcionamento durante vários anos de um dos mais importantes tribunais superiores do nosso país é motivo de grande preocupação».

CHEQUE EM BRANCO? NÃO, OBRIGADO

«60% dos portugueses acha que os fundos europeus vão ser mal geridos».

RUI RIO: UM BAILE RARO DE VER

O líder do PSD a comportar-se como um líder do maior partido da oposição a propósito da saga António Costa/Luís Filipe Vieira.

GOVERNO PS NÃO RESISTE À TENTAÇÃO DO DINHEIRO FÁCIL

«O que mais temia com o destino que o pacote de ajuda europeia iria receber em Portugal, parece confirmar-se: o Governo vai usar grande parte da verba que era destinada à recuperação económica para financiar despesa que competia ao Orçamento de Estado, e que ficou 5 anos na gaveta por executar apesar da recuperação económica iniciada em 2014, para despesa da administração pública e para tapar o desinvestimento das autarquias de Lisboa e arredores em matéria de habitação social. A fatia que cabe ao relançamento da economia, que devia ser o foco deste programa, é na verdade o seu parente mais pobre e isso é preocupante».

ANDAMOS A CONTAR CONSTIPAÇÕES (OU NEM ISSO)!

«Já vamos em cerca de seis mil mortos a mais nos últimos 6 meses, dos quais só cerca de 1900 são com Covid-19 e nem assim emendam a mão. Quantos mais serão precisos para concluírem que já chega?»

O APAGÃO NÃO ENGANA

«Qual é o critério para, nos Panama Papers, divulgar de pronto os nomes dos alegados políticos envolvidos e, mais de quatro anos depois, continuar a não se saber os nomes dos jornalistas avençados pelo saco azul do GES/BES?»

POPULISMO DE ESTADO E O MEDO

«A Covid trouxe atrelada a grande "novidade": o populismo de Estado, travestido de grande salvador e sustentado pelo discurso do medo».

GRANDES BANCOS FACILITAM BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS

«Os lucros das guerras mortíferas da droga, as fortunas desviadas de países em desenvolvimento e as economias duramente ganhas e roubadas através do esquema de pirâmide Ponzi têm sido capazes de entrar e sair das instituições financeiras, apesar dos avisos dos próprios funcionários dos bancos».

SOB SUSPEITA

«Está em causa a saúde moral da Justiça e a própria qualidade desta democracia. Não há, pois, lugar para "contradições íntimas" ou estados de alma, senhora ministra da Justiça. O país chega ao Outono doente e o regime sob suspeita. Mal apetrechado de instituições, de elites e de servidores públicos capazes, realistas e austeros, Portugal não se encontra num caminho sequer razoável para dominar as dificuldades em curso, quanto mais as que aí vêm. Como dizia o outro, a gente puxa mas isto não dá mais».

A ARROGÂNCIA MERITOCRÁTICA

«As elites meritocráticas são pouco humildes. Muitos nunca se interrogaram sobre os privilégios. Desafiar essa naturalização é importante, propondo o fomentar de espaços comuns de cidadania, onde pessoas de condições e estilos de vida diversos se encontrem, renovando a sociedade civil, furando bolhas, criando experiências partilhadas. Talvez tenha razão. Mas não sou tão optimista. Os comportamentos só se transformarão com políticas. E este devia ser o momento para as implementar, repensando o valor social da contribuição de quem faz trabalhos que não gozam de prestígio ou mal remunerados. Se existiu altura em que os mais privilegiados tiveram oportunidade de constatar o quão dependemos uns dos outros foi este, através da actividade essencial de muitos daqueles que assumiram riscos enquanto outros estavam protegidos. Se não existir um pingo de humildade agora, será quando?».

TIQUES E TIQUES

Antigamente, quem não defendia o regime de Salazar/Caetano era um perigoso comunista. Agora, quem se atreve a cumprimentar os críticos do regime é um perigoso fascista. Deve ser da higienização em curso...

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Não te poderás considerar um verdadeiro intelectual 

se não puseres a tua vida ao serviço da justiça; 

e sobretudo se te não guardares cuidadosamente 

do erro em que se cai no vulgo: 

o de a confundir com a vingança. 

Agostinho Silva

MUITO MEDO E POUCA VERGONHA

«O pudor do Parlamento na publicação da auditoria ao Novo Banco contrasta com a falta dele na lei que tentou limpar minimamente a regulação».

CONTAR OS MORTOS

«Dos cuidados de saúde primários às cirurgias e consultas hospitalares, não faltam indicadores que mostram a evidente degradação dos serviços».

BENFIQUISTAS NA HORA DA ESCOLHA

Os sócios do Sport Lisboa e Benfica não vão só escolher o próximo presidente. Também vão decidir se querem ou não querem na liderança do clube um benfiquista fortemente indiciado pelo Ministério Público .

O ESTRANHO ESQUECIMENTO DO PLANO DE ANTÓNIO COSTA E SILVA

«O problema do plano de Costa Silva é que não se aplica a uma empresa, mas a todo um país. Neste contexto, existe uma omissão: a necessidade de um plano estratégico de combate à corrupção em Portugal».

CHEGA DE FACCIOSISMO

A manifestação do Chega em Évora foi mais uma oportunidade perdida. Os simpatizantes rejubilaram com a concentração e a atenção mediática; os adversários continuam a vociferar novos e velhos insultos em vez de abrir os olhos para a necessidade de mudança do regime; e os assim-assim atacam pela via da higienização, pois não devem ter consciência política. Resultado: facciosismo a mais e para todos os gostos em Democracia.