A concertação política entre o governo e os patrões é factualmente evidente. Por um lado, a Antram quer parar a greve, dobrar os trabalhadores e assim adiar uma reivindicação justa, forçando o fim do protesto e esperando que o falhanço das negociações levem o sindicato a remarcar uma greve ainda antes das eleições de 6 de Outubro; por outro lado, António Costa continua a dar todo o apoio político aos patrões, apoiando implicitamente a estratégia da Antram porque (ainda) está convencido que pode fazer tudo (e pode, até agora, sem qualquer controlo independente), pode satisfazer os amigos socialistas da Antram e pode ter ganhos do ponto de vista eleitoral.
P. S.: Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa vai avaliando a temperatura da água do mar no Algarve.