Sou um leitor atento do cronista e do percurso do político e independente do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu. A decisão de abandonar o grupo parlamentar em que estava inserido, com o argumento de uma perda de confiança em Francisco Louçã, é uma desagradável surpresa, típica dos "falsos" independentes. Ou seja, e em síntese, Rui Tavares está na corrida pela liderança do Bloco de Esquerda. Não é condenável, mas a forma escolhida para lá chegar é uma enorme desilusão. Enfim, mais do mesmo.
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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher
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quarta-feira, junho 22, 2011
terça-feira, maio 10, 2011
Um argumento para debater na campanha
Antes das eleições de 5 de Junho, a última palavra caberá ao presidente da República, na comunicação que fará ao país no dia anterior. É preciso que os eleitores saibam o que fará Cavaco Silva no caso de o PS ganhar as eleições com maioria simples. Se todos os líderes já recusaram um entendimento com José Sócrates, com vai ser constituído o governo do PS? Sem Sócrates? O presidente dará posse a um governo minoritário? Eis três questões essenciais que têm de ser clarificadas, de forma a permitir o juízo dos eleitores.
domingo, maio 08, 2011
Convenção BE: a garantia do Estado Social
Francisco Louçã está em forma. E o Bloco de Esquerda mais vivo do que nunca. Além daqueles que se calaram, em nome da unidade (mais parecem comunistas, socialistas ou social-democratas da velha guarda), o partido mais esquerda com deputados na Assembleia da República continua ser igual a si próprio, tentando lançar as pontes para uma alteranativa de esquerda. O BE continua a ser a garantia que esta espécie de PS de Sócrates não seja ainda mais neoliberal do que a própria direita.
terça-feira, maio 03, 2011
Até tu, Joana Amaral Dias?
Uma das principais mensagens que estão a passar diz muito da propaganda governamental que, pasme-se, até consegue colher junto de quem tem mantido uma intervenção pública credível, como Joana Amaral Dias. A tese é simples (e falsa): seja qual for a escolha do eleitorado para governar Portugal nos próximos quatro anos, a política já está decidida pelo FMI. Ou seja, de uma forma subliminar, tenta-se assim diminuir o valor da alternância, a capacidade de mudança e a possibilidade de corrigir os erros dos últimos seis anos. Só falta mesmo dizer que não vale a pena votar, nem no seu próprio partido (Bloco de Esquerda). Afinal, já está tudo decidido, não é?
quarta-feira, abril 13, 2011
Governo e oposição reunidos
Está criada a ideia, por mais paradoxal que possa parecer, que a governação minoritária depende mais da oposição do que de próprio governo. Talvez por isso, a reunião entre o governo e os partidos da oposição, hoje, em São Bento, tenha uma importância tão dramática.
É preciso menos emoção e mais razão. E que o governo tenha a capacidade de conseguir chegar a um acordo que permita salvar o país de mais e mais sacrifícios.
terça-feira, abril 05, 2011
terça-feira, fevereiro 15, 2011
Francsico Louça: jogada de mestre
O líder do Bloco de Esquerda recuperou de uma só penada da derrota nas presidenciais. Ao apresentar a moção de censura, prestou um serviço ao país, clarificando a situação politicamente panatanosa que estava a asfixiar o debate público. E mais: encostou o PCP às cordas e conseguiu meter no mesmo saco o primeiro-ministro (Governo), Pedro Passos Coelho (PSD) e Paulo Portas (CDS/PP).
Agora, não há dúvidas relativamente a quem está a suportar a insuportável (des)governação socialista. E, a partir de agora, a oposição à direita do PS tem de comer e calar. Resta saber por quanto tempo.
P.S. O líder do maior partido da oposição tem de tirar consequências do tacitismo que está a liquidar a normal alternância democrática. Ao não liderar a oposição, como lhe compete, Pedro Passos Coelho foi obrigado a andar a reboque e a engolir (novamente) quem tanto tem criticado.
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sábado, fevereiro 12, 2011
Quem tem medo do voto?
Uma estranha aliança surgiu: os fiéis de Sócrates, os inimigos de Pedro Passos Coelho e a corte do costume. Esta santa aliança, que no passado apenas tinham outras moscas com outros nomes, desataram a vociferar contra a moção de censura apresentada pelo Bloco de Esquerda, esquecendo que o país não aguenta mais esta governação de ilusões e mais negociatas de Estado.
Uns não querem perder o poder e as benesses; outros têm medo que o poder caia nas mãos de quem já os conhece de ginjeira; por último, os parasitas do costume querem evitar quaisquer mudanças que os coloquem em risco.
Por tudo isto, a opção política de Francisco Louçã teve três vantagens: não agradou a esta espécie de PS; incomodou o tacitismo da nova liderança do PSD; e agitou o chiqueiro em que a estabilidade está transformada.
terça-feira, novembro 30, 2010
Tuvalu Telecom e Sonae Maldivas
Francisco Louçã está em grande. A propósito da crise e da justiça fiscal, em Portugal, o líder do Bloco de Esquerda recordou os grandes Estados de Tuvalu e das Maldivas. Tudo a propósito da "Tuvalu Telecom", perdão, a Portugal Telecom, e da "Sonae Maldivas", perdão, o grupo Sonae Maia. Enfim, detalhes de milhões e milhões de euros que certamente não envergonham a dupla Granadeiro/Bava ou até Belmiro de Azevedo. É a vida!
P.S. Eu ouvi a declaração de Francisco Louçã na TSF. Fiquei com uma súbita curiosidade de saber mais sobre Tuvalu, pois já estive nas Maldivas há muitos anos. Infelizmente já não consegui recuperar o som na íntegra no webSite da TSF, nem tão pouco encontrar um relato fiel daquela declaração nos mais diferentes órfãos de comunicação social. E até tentei, sem sucesso, o portal do Bloco de Esquerda.... mas vou continuar a tentar. É uma peça hilariante mas fundamental para perceber a situação actual.
segunda-feira, agosto 30, 2010
O regresso de Louçã
O líder do Bloco de Esquerda regressou em forma. No discurso de Braga, ficou claro que o Serviço Nacional de Saúde nas mãos de José Sócrates é mais negócios do que cuidados de saúde com qualidade para todos.
domingo, agosto 29, 2010
E o sapo monumental vai...
A avaliar pela discurso de Paulo Portas, em Aveiro, e de Francisco Louçã, em Braga, as negociações de bastidores para a viabilização do Orçamento de Estado para 2011 estão a correr melhor à direita. Todavia, há sempre surpresas de última hora. Seja como for, agora é possível entender melhor o discurso de Aníbal Cavaco Silva que assumiu, com descaramento institucional e político, a liderança do Bloco Central.
quinta-feira, agosto 19, 2010
Educação ou afrontamento?
O progressivo regresso de governantes e responsáveis partidários à actividade política está a ser marcado pelo ressurgimento da polémica decisão de encerramento de 701 escolas. A notícia já é tão passada que apenas conseguiu, momentaneamente, desviar as atenções em relação a outros assuntos muito mais prementes: os incêndios, a estagnação económica, a crise na Justiça (com o PGR e respectivo vice agarrados às respectivas cadeiras com todas as forças), o descontrolo na despesa pública, designadamente na Saúde, a negociação de bastidores para a aprovação do orçamento de Estado para 2011, etc.
Apesar do período a banhos, que todos esperavam ter sido suficientemente inspirador, o sinal está dado para comprovar que tudo indica que vamos continuar a ter uma governação marcada pela política de afrontamento.
Se já é unanimemente reconhecido que as eleições antecipadas são inevitáveis, só falta assumir que chega de perder tempo com quem insiste em governar sem qualquer sentido de responsabilidade. Aparentemente, o PSD já o percebeu. Resta saber se os outros partidos da oposição também já o compreenderam.
O presidente da República passou a ter motivos para olhar para a dissolução do Parlamento, cuja janela de oportunidade mais próxima encerra a 9 de Setembro, com outros olhos.
segunda-feira, agosto 16, 2010
Sapo monumental à vista
O efeito de uma oposição responsável, leal e frontal, consubstanciada por Pedro Passos Coelho no discurso do Pontal, ainda está a surtir ondas de choque. Ao mesmo tempo que o choradinho faz o caminho da calçada, os socialistas já devem ter retomado, em ritmo acelerado, as negociações à direita e à esquerda para garantir a viabilização do orçamento para 2011. Quem será que vai engolir o sapo monumental, obviamente em nome do interesse nacional?
segunda-feira, agosto 02, 2010
Time out no escrutínio
A proposta de um debate de urgência com o ministro das Finanças, proposto por Pedro Passos Coelho na sequência dos números da última execução orçamental, esbarrou nos restantes partidos da oposição. A surpresa não veio de Paulo Portas, que continua convencido que o jogo da cenoura e do cacete é uma forma credível de fazer oposição. Extraordinário foi o chumbo do Bloco de Esquerda e do PCP. Afinal, o escrutínio das contas públicas tem dias. Curiosamente, já assistimos ao CDS/PP e ao PSD a darem a mão ao governo. E ninguém ficará espantado quando chegar a vez de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã barrarem o regresso da direita ao poder. Enfim, águas em que José Sócrates está em porto seguro.
segunda-feira, março 08, 2010
Afinal, quem odeia a classe média?
Lembram-se do debate entre José Sócrates e Francisco Louçã, na última campanha eleitoral? E da corte do costume a clamar contra a proposta de corte nos benefícios fiscais por ser um ataque à classe média?
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Face Oculta: o descalabro (3)
No âmbito dos trabalhos da comissão de Ética, o Bloco de Esquerda está muito cioso da investigação sobre o episódio das escutas a Belém. Tanto que chamou Fernando Lima. Resta perguntar: E as agências de comunicação? Não há ninguém que represente as agências de comunicação quando está em causa a liberdade de imprensa? É preciso falar mais claro ou é também preciso um e-Mail??
sexta-feira, setembro 11, 2009
Francisco Louçã vs Paulo Portas: voto útil é passado
A bipolarização é uma guerra perdida ao fim de duas maiorias absolutas, uma do PSD, outra do PS. Francisco Louçã e Paulo Portas demonstraram argumentos e vigor suficientes para valer uma votação pelas próprias propostas.
P.S. Paulo Portas sabe fazer melhor e mais limpo. Uma repetição do número do gráfico do desemprego pode ser fatal. Quanto ao papelinho sobre as pensões propostas pelo Bloco, bom nem vale a pena falar. É preciso ser temerário para tentar apanhar Francisco Louçã numa matéria em que é uma autoridade.
P.S. Paulo Portas sabe fazer melhor e mais limpo. Uma repetição do número do gráfico do desemprego pode ser fatal. Quanto ao papelinho sobre as pensões propostas pelo Bloco, bom nem vale a pena falar. É preciso ser temerário para tentar apanhar Francisco Louçã numa matéria em que é uma autoridade.
quinta-feira, setembro 10, 2009
Pela Madeira dentro
As críticas a Manuela Ferreira Leite a propósito da Madeira continuam a avivar os elogios de Jaime Gama a Alberto João Jardim, bem como o day after de 27 de Setembro de 2009. CDS/PP, Bloco e PCP agradecem.
terça-feira, setembro 08, 2009
Louçã vs Sócrates: quem tem medo...
A corrupção foi a grande ausente do debate entre Francisco Louçã e José Sócrates. Uma estranha (e oportuna?) omissão da RTP e da parte dos dois intervenientes. Em relação a José Sócrates até se entende. Mas da parte de Francisco Louçã não se compreende, sobretudo depois de tudo o que disse e fez no Parlamento em prol do combate contra a corrupção. Terá sido medo de pronunciar a palavra Freeport? Ora, quem tem medo não ganha. Pode ser suficiente para o líder do Bloco retirar a vitória a José Sócrates, mas esperava-se mais.
P.S. Judite de Sousa esteve mal, sem qualquer timing na condução do frente-a-frente.
domingo, setembro 06, 2009
Manuela Ferreira Leite surpreende Francisco Louçã
Foi o melhor debate. Uma enorme surpresa, que mereceu toda a atenção. A diferença entre duas forças políticas, entre duas personalidades, ficou esbatida pela concordância de Manuela Ferreira Leite em muitas questões civilizacionais. Francisco Louçã foi apanhado de surpresa. Ainda mais interessante foi a comprovação que caminhos antagónicos, duas alternativas, podem ter o mesmo objectivo.
PS. Constança Cunha e Sá fechou o debate como devia: com o escândalo da TVI.
PS. Constança Cunha e Sá fechou o debate como devia: com o escândalo da TVI.
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