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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

terça-feira, março 08, 2011

Orgulhosamente sem o FMI

O discurso do secretário-geral do PS, que (ainda) é primeiro-ministro, no momento de apresentação da moção ao XVII congresso do PS, em Viseu, é um retrato fiel do desnorte dos actuais governantes. Então recorrer ao FMI significa uma «perda de dignidade»? De quem? Dos portugueses? Indignidade, para não lhe chamar atitude desesperada para manter o tacho, é adiar até ao limite o recurso ao FMI nem que isso signifique afundar ainda mais o país.

Geração à Rasca: quem se mete com o PS...

Representantes do "Movimento Geração à Rasca" foram corridos a empurrões e pontapés depois de interromperem o discurso de José Sócrates em Viseu.
P.S. No próximo dia 12, este movimento vai promover uma manifestação, convocada a partir do Facebook. Será que vão ser corridos à bastonada?

segunda-feira, março 07, 2011

Líbia: problema sem fim à vista

Se não fosse trágico, os discursos de Muammar Kadhafi a culpar a Al Qaeda pela revolta na Líbia estariam ao nível das melhores comédias. Mas em tudo o que é risível também há algo que nos faz pensar: será que o ditador aprendeu a lidar com o problema interno com o mesmo cinismo com que as democracias ocidentais lidam com os problemas externos?

Angola: com petróleo e sem liberdade

A estratégia de antecipação (manifestação organizada pelo MPLA) desmobilizou o movimento espontâneo de contestação ao regime de José Eduardo dos Santos. Ainda assim, o arbítrio tão caro à ditadura angolana precisava de um toque final: a prisão de jornalistas.
Em tempos de mudança, que varrem os regimes sanguinários e criminosos, de ocidente a oriente, eis mais um sinal para os portugueses terem de engolir. Afinal, quem se verga em relação a ditadores tem de fazer de conta que não percebe que a arrogância do petróleo e dos diamantes não tem limites.

sexta-feira, março 04, 2011

Alternância: os barões incomodados

Rui Rio e Jorge Sampaio vieram a público fazer o que Pacheco Pereira já tinha feito com muito mais mestria: lançar um aviso para dentro do PSD, alertando para o facto de Pedro Passos Coelho estar cada vez mais perto de chegar ao poder.
O presidente da Câmara do Porto, eterno candidato à liderança do PSD (que vai liquidando politicamente aqueles que não tiveram medo de avançar), engoliu as críticas ao governo para alertar que a resolução da crise não passa pela alternância; o ex-presidente da República (o único que conseguiu demitir um governo sustentado por uma maioria parlamentar) defendeu a estabilidade de mais um qualquer pacto de regime, quiçá a formação de mais uma versão do Bloco Central.
Se é surpreendente o incómodo que a possível alternância política está a provocar, ainda mais surpreendente é a concepção política destes barões do regime que, agora, tentam descredibilizar e lançar o medo sobre as eleições democráticas.

Uma Anschluss à moda portuguesa

quinta-feira, março 03, 2011

Mais austeridade a caminho

O sinal está dado pelo mercado: a taxa de juros do dinheiro que o país tem de pedir emprestado baixou ligeiramente.
A questão que agora se tem de colocar é a seguinte: quais foram as novas medidas de austeridade que o primeiro-ministro prometeu a Angela Merkel?
Como o povo nunca sufragou estas medidas, a legitimidade política do governo para as levar por diante é mais do que questionável. Fazer de conta que a questão não se coloca, mais não é do que agravar o actual estado de pântano..

quarta-feira, março 02, 2011

E depois de Berlim: a subserviência

O encontro entre a chanceler alemã e o primeiro-ministro português ficou pelas meras palavras de circunstância. Certamente, nos próximos dias, e através da evolução das taxas de juro do dinheiro que Portugal pede emprestado, ficaremos a saber se houve alguma mudança. Para já, o essencial do encontro ficou reduzido à pergunta de Luís Ferreira Lopes, editor de Economia da SIC: a deslocação a Berlim não é um gesto de subserviência em relação á Alemanha? Sócrates respondeu: Não. E lá continuou com os estafados oito séculos de história.

Matar a regionalização

Lá vai ele, a caminho de Berlim

O primeiro-ministro já deve estar a coligir as últimas continhas do país para mostrar à chanceler alemã, Angela Merkel. Ninguém sabe se a apresentação vai ser com teleponto ou Moleskine, com os números muito alinhadinhos. A única certeza, e bem triste, é a sensação de que o diktat alemão está sobre as nossas cabeças, por culpa da (des)governação, como sintetiza Rodrigo Moita de Deus.
P.S. Vai valer a pena assistir à performamnce à saída do gabinete de Merkel.

terça-feira, março 01, 2011

Pacheco Pereira: a declaração que faltava a Passos Coelho

O governo deve estar por um fio, a atender à entrevista de Pacheco Pereira: «As democracias têm procedimentos e não devemos interromper, traumaticamente, esses procedimentos».
O alerta está dado para dentro do PSD: Pedro Passos Coelho deve estar mais próximo do que muitos julgam de chegar ao poder.

Merkel versus Sócrates: à beira do pesadelo

O encontro entre a chanceler alemã e o primeiro-ministro português tem algo de dramático. Só falta que, à entrada ou à saída do encontro, que se realiza quarta-feira, em Berlim, às 16horas, José Sócrates se lembre de declarar aos jornalistas: sair do governo... porquê? O povo ama-me.

Desemprego: novo recorde

11,2 por cento entre Setembro e Janeiro. Não é propaganda. É obra, é obra de José Sócrates, do governo e da maioria socialista.

Rui Pedro: um caso para reflectir

13 anos para proferir uma acusação, é muito tempo. Não há propaganda que valha. A Justiça tem de merecer maior atenção da parte do governo e do legislador. E tem de haver vontade política para encontrar soluções, em sintonia com magistrados e polícias.

Khadaffy ri-se e continua a massacrar