DESCENTRALIZAÇÃO, UMA REFORMA PERDIDA

«A regionalização fica pois adiada para a próxima legislatura. Logo se verá. A Constituição impõe um referendo, o que os seus defensores receiam. O Presidente Marcelo era, em seu tempo, contra. Rui Rio já foi contra e depois a favor. Os pequenos partidos da esquerda são a favor, o Bloco mais ou menos, o PCP muito. O PS já foi contra e defensor, agora é moderadamente a favor. No seu programa eleitoral, os socialistas querem descentralizar, mas evitam o termo regionalizar. Na verdade, querem exibir uma virtude, mas não pagar o preço».

IPSE DIXIT. E BOA SEMANA

Eu estou entre dois mundos que não se compreendem

 e nem sequer são capazes de se ouvir um ao outro. 

Criar pontes entre estes dois mundos é uma tarefa de Sísifo

Amin Maalouf

ANA GOMES. WHAT ELSE?

«A ex-eurodeputada e ativista Ana Gomes divulgou um relatório da Comissão Europeia sobre os riscos de branqueamento de capitais no futebol. A socialista remeteu a mensagem ao presidente do PS e a "todos os que fecham os olhos"».

PROTESTERS CONVERGE ON MOB ATTACK TOWN IN HONG KONG

Enquanto por cá os noticiários abrem com as maiores banalidades, em Hong Kong faz-se história contra a ameaça da ditadura chinesa. Vai mais um visto gold?

A MAÇADORIA

«Maçados. Estamos todos maçados de justificações e desculpas como as do incêndio de Mação. A verdade é que os fogos voltaram a fustigar Portugal. De novo. Nos mesmos moldes, nos mesmos locais».

A ESQUERDA PODE BOICOTAR GREVES, A DIREITA SERIA FASCISTA

«Alguém consegue imaginar um partido de direita a decretar serviços mínimos de 40%?».

(DE) GOLA COM FOXTROT

Há "luxos" quase criminosos: é a última das últimas deste PS que não aprendeu nada com o passado.

SINDICÂNCIA DE COSTA LARGA

«A Ordem dos Enfermeiros não está para a IGAS, mas está para o Ministério Público e para os jornalistas para mostrar os documentos todos (...) vai continuar a apoiar as greves que os sindicatos decretarem desde que sejam para defender a dignidade da profissão de enfermeiro».

CONSELHOS PARA O PODER

Irra! Tantos e tantos conselhos para o poder... Por causa dos incêndios, da greve dos camionistas, de Tancos, da luta dos médicos e dos enfermeiros, do futebol, da maioria absoluta, etc...  E o escrutínio, sim, o escrutínio do poder?

O PRÉ-AVISO DA CORRIDA AOS COMBUSTÍVEIS

«O debate sobre a necessidade de uma requisição civil preventiva é, por isso, mais do que justificado. Neste e noutros casos. Caso contrário, também nos podem vir a aconselhar evitar adoecer, trabalhar ou ir de férias».

COSTA E O PEQUENO ALMOÇO

Se à beira das próximas eleições assistir a António Costa a tomar o pequeno almoço com Luís Filipe Viera não é caso para ficar surpreendido. O PS sempre foi assim... E, porventura, continua a ser assim, pois já é muito tarde para conseguir mudar.

P. S.: Resta a dúvida se também existirá um contrato publicitário...

«TEMO É UMA MEXICANIZAÇÃO DO REGIME»

«O país necessita de duas alternativas políticas. O que mais temo é uma mexicanização do nosso regime, ou seja, que o PS se transforme numa espécie de pivot permanente, que está sempre no poder, alternando a forma como exerce esse poder com partidos na esquerda ou na direita. Assim, não há verdadeira alternância».

PRIVACIDADE EUROPEIA

«Embora muitas vezes o TEDH tenha decidido no sentido da prevalência da liberdade de expressão em relação ao direito à privacidade, nomeadamente valorizando a notoriedade da pessoa, a actualidade e interesse público da notícia e das fotografias, certo é que, contrariamente ao que por vezes se pensa no nosso país, o TEDH também opta, muitas vezes, por dar prevalência ao respeito pela privacidade».

SANTANA: O PASSADO E O SEU PESO

Correndo o risco de passar definitivamente à irrelevância política, Santana Lopes voltou ao ataque para apelar à (re) união entre PSD e CDS/PP. Mais uma manobra de quem dividiu e agora quer aparecer como o conciliador? Ou será que é apenas mais um lance para deixar ainda mais cristalino que há portas e rios de ódios políticos antigos inultrapassáveis?

A LUTA CONTINUA

«Chegou a hora de nos unirmos outra vez, renovarmos a política nacional e votar em alternativas partidárias porque, no fim, quem sofre com a incompetência política somos nós. A luta não acabou em 1974».

SACUDIR O FOGO DO CAPOTE

«São declarações lamentáveis - mas também elucidativas - porque trazem a marca de quem se preocupa sobretudo com os efeitos na perceção pública da responsabilização política pelos incêndios, em vez de com a preparação da prevenção e do combate aos incêndios. Uma marca indelével e característica, que nem toda a habilidade política, tática e mediática consegue disfarçar e que os cidadãos (autarcas e munícipes) também percebem bem».

DIANA KRALL. WHAT ELSE?

BORIS NÃO QUER SABER DO BREXIT, MAS DA SUA PELE

«Boris seguirá em cada momento o que lhe for mais útil para se manter no poder. Se for preciso mais tempo – vai uma aposta? – o Reino Unido não sai da União Europeia a 31 de Outubro. Ele arranjará maneira de se justificar depois».

SANTANA NOS MÍNIMOS

Pedro Santana Lopes escreveu a Marcelo Rebelo de Sousa. O assunto é a cobertura mediática dos pequeninos partidos políticos sem assento parlamentar. Se a moda pega nos outros sectores de actividade económica, cultural, etc...

ROSAS EM REGAÇOS ALHEIOS

«Uma vez mais, a falência do Estado em áreas de soberania é patente. Um exemplo a somar a outros».

EM DEFESA DE UM BOICOTE ÀS VIAGENS NA AUTOESTRADA

«É pena que a sociedade civil tenha tão pouca força que a impeça de fazer um verdadeiro boicote a esta caça à multa. Se durante um dia as autoestradas ficassem sem um único carro queria ver o que diriam as gasolineiras e as concessionárias das estradas. E, já agora, o Governo, este ou qualquer outro».

INCÊNDIOS: VER O FILME DE TERROR OUTRA VEZ

Após o primeiro grande incêndio de 2019, com as mesmas vítimas e o mesmo abandono, é inevitável ficar com a sensação que já vimos este filme de... Terror.

FRANCISCO DUARTE À RÁDIO OBSERVADOR

«O Direito não está preparado para empresas como o Facebook».

OS DEPLORÁVEIS

«Hoje serão mais aqueles que olham para o bobo que Boris não tem problemas em ser, do que para o que significa um homem com as suas ideias e características chegar ao comando de um país como a Grã-Bretanha».

BORIS JOHNSON CHEGOU

Do político pouco ou nada existe para acrescentar, tal é a desonestidade intelectual que o caracteriza. E mais importante do que avaliar como chegou a PM do Reino Unido é começar a perceber que só por milagre será possível evitar uma enorme crise na União Europeia.

A DELOITTE E A PIRÂMIDE DO IRS

«A lei tributária deve ser mais blindada mas, sobretudo, é preciso que a Autoridade Tributária esteja focada no combate à grande evasão fiscal».

NÃO É COM MULTAS QUE SE ACABAM COM OS FOGOS

«Enquanto o ordenamento do território estiver ao deus-dará, enquanto os recursos florestais não começarem a ser explorados com um mínimo de eficiência e racionalidade, vamos seguramente continuar em guerra contra os fogos verão após verão. É certo que pôr ordem no país, de norte a sul, constitui uma empresa gigantesca. Mas se fizermos as contas aos recursos que são consumidos nesta guerra chegaremos à conclusão de que o esforço vale a pena. É incompreensível que os governantes não tenham ainda dado o primeiro passo».

O MEDO É LIVRE

«A Ordem fez o que lhe cabia, apoiou os enfermeiros e denunciou, quando teve de denunciar, situações que põem em risco a segurança e qualidade dos cuidados de saúde. Assobiar para o lado não é solução».

ROSA COM ESPINHOS

«Como os dados do Ministério das Finanças mostram, Centeno conseguiu obter um saldo orçamental consolidado das Administrações Públicas positivo de de 318,1 milhões de euros à custa do aumento da divida destas ao setor privado em 356,5 milhões euros. Só a nível do Serviço Nacional, a dívida do SNS aos privados aumentou, entre dezembro de 2018 e maio de 2019, de 503,5 milhões euros para 658,7 milhões de euros, ou seja, mais 30,8% em cinco meses. Por isso, não é de estranhar nem as dificuldades crescentes do SNS para responder às necessidades de saúde da população, nem os protestos dos profissionais de saúde».

INCÊNDIOS: O REGRESSO AO PASSADO

Vale sempre a pena elogiar uma pessoa de palavra ou apanhar um mentiroso rasca. E é oportuno recordar, enquanto o país continua a arder, a afirmação de Marcelo Rebelo de Sousa há pouco mais de um ano: «Voltasse a correr mal o que correu mal no ano passado, nos anos que vão até ao fim do meu mandato, isso seria, só por si, impeditivo de uma recandidatura».

P. S. Entretanto, em Mação arde o que ficou por arder em 2017. E aumentam as críticas.