A VACINAÇÃO E O PRÓXIMO SURTO

«O que irão as autoridades portuguesas fazer quando, estando cumpridos os nossos objectivos de vacinação, voltarmos a ter um novo surto, como no Chile ou em Israel?».

ESCUDOS HUMANOS

«Não sabemos se a “vida normal” de crianças e jovens vai regressar no próximo ano lectivo. A 10 de Agosto, Graça Freitas anunciou que as regras de isolamento para as escolas seriam revistas perto do início das aulas, acrescentando ainda que, se houvesse informação científica que apontasse no sentido de se poder “com segurança” abrandar as medidas, “será isso que será feito”. Ora, se a DGS seguir a ciência (como afirma ter feito na recomendação da vacinação acima dos 12 anos), os novos dados sobre a carga viral da variante delta indicam que não há qualquer garantia de um ano lectivo sem interrupções, sem turmas a serem mandadas para casa, sem escolas a fechar, sem aulas à distância, sem colocar em risco a normalidade de crianças e jovens».

COVID: PROPAGANDA EM PASSO DE MARCHA

Todos os canais de notícias transmitiram, em directo, a visita presidencial ao centro de vacinação de Alcabideche. Em clima de euforia (do próprio, e a lembrar o apoio popular noutras ditaduras), as mensagens não deixam dúvidas: depois dos elogios do vice-almirante, os elogios ao vice-almirante; a vacinação não será obrigatória desde que a maioria escolha a vacina; e depois do que aconteceu na Madeira (vacinação dos 12/15) e agora nos Açores (3ª dose), a autonomia regional tem de ser respeitada. Mas o ponto alto foi, inequivocamente, os elogios desbragados do "especialista" de Belém a Graça Freitas. Sem se rir, nem pedir desculpa pelas pressões descabeladas e públicas sobre a DGS.

À ESPERA DO BUSTO E DO "ESPECIALISTA"

Enquanto alguns aguardam o busto do PM, como ironizou Miguel Szymanski, as notícias sobre o horror no Afeganistão sucedem-se ao ritmo da gloriosa fé na vacinação de tudo e todos, 3ª dose incluída, sendo de admitir que os animais de estimação já estejam na mira do "especialista" de Belém. 

ARTIGO DE OPINIÃO CENSURADO PELO PÚBLICO

«A posição do Presidente da República nessa matéria é absolutamente escandalosa, parecendo baseada em conhecimentos débeis do assunto, em hipóteses duvidosas, em desvario emocional, ou em possíveis interesses. É pena constatar que ele não é actualmente o defensor dos portugueses, tendo-se progressivamente transformado num risco para os portugueses. E a posição de António Costa, congratulando-se com uma decisão final que ele próprio e as autoridades que ele tutela manobraram de forma palaciana, seria lamentável se não fosse apenas o seu registo habitual, cínico e falso».

COVID: É SÓ BATER A PALA

Depois da "ciência" de todos os atropelos à liberdade para chegar à imunidade de grupo, hoje está cientificamente comprovado que as vacinas Covid não evitam o contágio nem a transmissão. O truque dos "especialistas" passou agora a tentar confundir quem pede mais conhecimento, logo mais prudência na vacinação, com o negacionismo. É só bater a pala. Com mais obscurantismo. E as farmacêuticas agradecem.

AFEGANISTÃO E COVID: ACAUTELAR O FUTURO

«O fundamentalismo, seja das armas, do risco/benefício ou do negacionismo, resulta sempre em mortes tão desnecessárias quanto nalguns casos criminosas».

DÉPAYSÉ

«Abri, excepcionalmente, os jornais e assisto a um grande debate nacional, porque um grupo de manifestantes insulta de “assassino” (não fazem a coisa por menos) o responsável militar da coordenação logística de vacinação e este, Almirante (portanto, do qual em teoria se esperaria outro nível, já que representa o Estado), responde com o insulto de “negacionista” e é citado como uma grande resposta – toma lá, Bem feito, quem diz é quem é! Uma nau à deriva completa o meu querido país».

POVO E CAMUFLADO

De palpite em palpite, que não lhe cabe, o vice-almirante teceu considerações sobre as férias de quem ainda não foi vacinado. Certamente, Gouveia e Melo sabe que vacinar veraneantes fora da área de residência, num país do tamanho de uma noz, não é assim tão complexo. Então qual é o objectivo das palavras do responsável da task force? Impor a disciplina da caserna, indiferente à qualidade e conforto que devem prevalecer no serviço a prestar ao cidadão.

P. S: A falta que o vice-almirante fez antes, durante e depois de Tancos.

MARCELO NO AMBIENTE NATURAL

A confusão está instalada nas vacinas. Para aumentar ainda mais a desconfiança nada pior do que acrescentar mais ruído ao ruído existente. 

P. S. Marcelo está no seu ambiente natural. Ao jeito dos velhos tiques, só falta vir explicar como, onde, quando e em que sítio estão arquivados os novos dados.

A POLÍTICA E AS VACINAS

«Contradições e pressões têm, pelo contrário, um efeito perverso: lançar dúvidas entre os pais e fazer diminuir a confiança na vacina. A ciência tem um tempo próprio, que não é compatível com a nossa urgência em conter o vírus. E será a ciência, como sempre, a mostrar o caminho mais acertado, corrigindo e selecionando as melhores vacinas, intervalos e estratégias. É preciso dar-lhe tempo para fazer esse caminho, sem pressas nem intromissões políticas onde a política não pode estar».

DE OXFORD PARA O "ESPECIALISTA" PORTUGUÊS

Andrew Pollard, diretor do centro de vacinas da universidade de Oxford: «Estamos numa situação, com esta variante [Delta], em que a imunidade coletiva não é uma possibilidade, porque ainda infeta indivíduos vacinados. (...) E a próxima variante poderá ser ainda mais transmissível, mesmo entre a população vacinada, o que representa uma razão ainda maior para não se fazer um programa de vacinação em torno da imunidade de grupo».

MARCELO COM AS ORELHAS A ARDER

A DGS e a Comissão Técnica de Vacinação fizeram questão de reafirmar, durante a conferência de imprensa, a prudência de só agora ter sido tomada a decisão de vacinação universal dos jovens dos 12 aos 15 anos. As palavras medidas  de Graça Freitas e Luís Graça têm uma leitura objectiva e simples: as descabeladas pressões presidenciais foram imprudentes e aventureiras.

P. S. Ficou por saber se os pais têm de assinar um termo de responsabilidade antes da vacinação dos seus filhos menores.

GRAÇA FREITAS CONTINUA

 DGS anuncia que os jovens dos 12 aos 15 anos podem começar a ser vacinados.

INDEPENDÊNCIA AMEAÇADA

Com Graça Freitas na mira de Marcelo, hoje vale a pena recordar: Joana Marques Vidal não cedeu no caso de Tancos (2018); e Vítor Caldeira criticou as novas regras da contratação pública (2020). O resultado é conhecido: PGR e Tribunal de Contas mudaram de liderança.

COVID: E À TERCEIRA...

Presidente anuncia que está ao lado do governo em relação à necessidade da terceira dose. É a pressão total sobre a DGS (autoridade de Saúde). Anormal? Não, Marcelo julga que pode tudo.

JÁ NEM A LUSA

A birra presidencial sobre a vacinação dos mais jovens já nem é notícia na Lusa, sempre atenta e dedicada a qualquer declaração institucional. Pode ser que a pedido...

SURTOS EM LARES, OUTRA VEZ

«É nos nossos mais velhos, como sempre, que a covid mostra o seu lado mais destrutivo. Se depois de tantos meses de estudo sobre o comportamento do vírus ainda não conseguimos protegê-los, alguma coisa estamos a fazer mal».

MAIOR JORNAL ALEMÃO PEDE DESCULPA A CRIANÇAS E ACUSA POLÍTICOS

«O jornal BILD, emitiu um pedido de desculpas pela cobertura da pandemia nos últimos 18 meses».

VACINAÇÃO POLÍTICA

«O presidente apenas está a contribuir para aumentar o volume do ruído mediático que tem pautado um debate complexo que não se cinge a pretos e brancos».