COVID: DE BORIS A MAIS UMA DOSE EM FORÇA

Depois da 1ª e da 2ª, que chegaram tarde e foram administradas tarde e às vezes a más horas e sem condições, eis a anunciada 3ª dose da vacina. É começar a pensar na 4ª dose, desde já, a toda a velocidade que as farmacêuticas agradecem. Aliás, seguir e ter como exemplo a estratégia e a gestão de Boris Johnson só pode partir de quem não conhece os resultados no Reino Unido.

"ESPECIALISTA" NOVAMENTE AO ATAQUE

Depois de Tancos, Marcelo Rebelo de Sousa convenceu-se que pode tudo, desde sujeitar o Direito à política, até dobrar a Constituição à sua vontade. E, já se esperava, a ciência vai pelo mesmo caminho, de momento e sem princípio nem fim. Mas, agora, novos limites foram ultrapassados, quando o presidente até elogia a Madeira e pede paciência aos Açores e ao continente, simplesmente porque as autoridades nacionais de Saúde não vergam ao "especialista" do Natal de 2020 e da Champions de 2021 que colocaram o país no patamar de pior do mundo e que custaram milhares de internamentos e mortes.

AS CRIANÇAS PODEM ESPERAR

«Aproveitar as vacinas disponíveis para completar o processo de vacinação nos adultos e procurar, quanto antes, a tão desejada imunidade de grupo. Quanto à vacinação de crianças sem comorbilidades associadas, vamos dar tempo à ciência. Esperar, neste caso, não significa perder tempo, mas ganhar segurança».

COBARDIA QUE ACOMODA A CHINA

«Até António Costa decreta a "libertação" – mas só para Portugal –, como se tal dependesse unicamente dele. Aliás, a arrogância politicamente insolente, tique de ditadores, também é comungada por Marcelo Rebelo de Sousa, quando quer impor a todo o custo a sua obstinada “ciência” na vacinação dos mais jovens. Sobre o que se passa na China, nada».

DE BELÉM CHEGA RUÍDO

«Para que servem afinal as autoridade da saúde? Para regulamentar, coordenar e orientar as atividades nessa área, emitir normas e orientações, apoiar a definição das políticas, prioridades e objetivos do Ministério da Saúde. Assim era pelo menos antes de um presidente da República se arvorar em especialista em saúde pública, com uma subespecialização em pediatria».

COVID: QUANDO A CIÊNCIA NÃO CEDE

Graça Freitas, directora-geral de Saúde, sentiu necessidade de esclarecer o país, desmentindo o presidente. António Costa ainda deve estar a rebolar a rir...

COVID: A GRANDE SURPRESA

Depois das pressões políticas às claras: DGS recomenda a vacinação das crianças dos 12 aos 15 anos com comorbilidades. 

P. S. O presidente está no Brasil. Costa faz-de-conta que se submete à ciência. E Graça Freitas está a salvo.

OS CLIQUES DO REGIME

O Bolo-rei de Aníbal Cavaco Silva, as contas de cabeça de António Guterres, a cimeira dos Açores de Durão Barroso, as cóleras de José Sócrates e a zona de conforto de Pedro Passos Coelho foram episódios políticos que ajudaram os portugueses a despertarem. A obrigatoriedade da vacinação, designadamente de crianças, defendida por Marcelo Rebelo de Sousa, pode ser um desses momentos de viragem em relação a António Costa.

LICENÇA PARA INFECTAR

«Querer atingir uma pretensa imunidade de grupo através da coacção é não só lamentável como contraria os mais básicos princípios democráticos. Mas percebe-se que dê jeito ao Governo arranjar um bode expiatório para justificar a progressão da pandemia em território nacional, já que culpando os não vacinados, a incompetência do Governo na gestão da pandemia e a inutilidade do certificado deixa de estar na ordem do dia».

UM PASSO MUITO PERIGOSO

«O risco de uma vacina que ainda está, no fundo, a ser testada não pode ser negligenciado, além de que as crianças, tanto quanto sei, quase não transmitem a doença».

PELA FORÇA NÃO HÁ ARGUMENTOS

«Se há País que conhece a força da sensibilização na área da saúde, é Portugal. Basta recordar que mais de 90% dos portugueses adere ao Plano Nacional de Vacinação. Por outro lado, o nível de confiança nos enfermeiros, os principais agentes desse processo, está também a níveis consideráveis. Ora, não vale a pena inventarmos a roda nem entrar em radicalismos precipitados. A solução passa por aproveitar o trabalho feito pelos enfermeiros no terreno e informar, sensibilizar, fazer, confiar e tranquilizar. É por aqui o caminho».

CONVIVER COM O VÍRUS

«Há colisões perigosas com igualdade, liberdades e garantias, mas a evolução da pandemia assinala que há dois dias morreram quatro pessoas com covid-19 e o país anda perto dos 40 mil casos ativos, tal como em novembro, quando a doença a cada 24 horas custava a vida a dezenas de pessoas e os internados superavam o milhar. O efeito da vacinação é tão evidente como a necessidade conviver com o vírus. Tudo isto é traduzido numa máxima um bocadinho covarde. Tratando-se da saúde comum, ninguém levará a mal: "Se não o consegues vencer, junta-te a ele"».

ENQUANTO A NOVA LEI DA CENSURA NÃO NOS CALAR DE VEZ

«Temos obrigação de dar voz a pessoas que se destacam nesta área e de levar a sério as suas preocupações principalmente quando eles não têm nada a ganhar com o facto de as expressarem e até são perseguidos por isso. E, se os meios de comunicação e as pessoas responsáveis por isso não o fazem, então restam-nos as redes sociais e as pessoas que não se contentam em receber apenas a informação que é socialmente aceite. Pelo menos enquanto a nova lei da censura não nos calar de vez».

ILUMINADOS E OBSCURANTISTAS

«A sensação ao chegar ao centro de vacinação foi a mesma de uma pessoa que tenha medo de andar de avião ao chegar ao aeroporto. Ao deparar-se com um magote de gente, algum receio que exista tende a dissipar-se perante a ideia de haver tantas pessoas, dia após dia, a fazer aquilo que se achava potencialmente perigoso».

GOUVEIA E MELO: DA PROPAGANDA AO IMPIEDOSO

O sucessivo adiamento da meta de 70% da população vacinada com as duas doses já vai em «meados de Setembro/Outubro». Se Gouveia e Melo fosse tão exigente e competente como diz ser impiedoso com os malandros, o plano de vacinação certamente estaria mais avançado. Ou será que só Portugal é que regista os malfadados atrasos nas entregas das vacinas?

P. S. A propaganda continua, sem esquecer o elogio a S. Exª., a ministra da Saúde.

SNS, LIXO E PRESIDENTE OCUPADO

Centenas de pessoas para serem vacinadas, ao monte, horas à espera, a torrar ao sol, não fazem enrubescer os órgãos de soberania, os governantes, os deputados, os políticos e uma certa elite de parolos. Dizem que é tudo muito complexo, mas afinal é mais do mesmo: o SNS a tratar os cidadãos como lixo.

P. S. O presidente continua ocupado com a bola, a selecção e as viagens pelo mundo fora para garantir a popularidade fácil e medíocre.

GOUVEIA E MELO E A PROPAGANDA

Gouveia e Melo já lhe apanhou o jeito, ou a propaganda não fosse um exercício bem conhecido dos militares. O vice-almirante promete, promete e volta a prometer, mas nunca cumpre. Nem a meta de vacinação diária (100 mil), nem a imunidade de grupo prometida sucessivamente, mês após mês. É preciso assumir que o plano de vacinação não está a correr bem...

VACINAS E NÚMEROS OFICIAIS

«Quase 6.700 suspeitas de reações adversas às vacinas contra a Covid-19 foram registadas em Portugal e houve 44 casos de morte comunicados em idosos com várias doenças». Estes são os números oficiais que deveriam ser escrutinados.

QUASE 30% DOS PORTUGUESES IGNORAM AGENDAMENTO

A gritaria de governantes, deputados, políticos, especialistas, comentadores, analistas e afins, a propósito das vacinas, tem um preço: quase 30% dos portugueses ignoram os SMS's com o agendamento.

VACINE-SE

«Fazer política com o processo de vacinação não é apenas incompetência, é arrastar-nos a todos para um beco sem saída. Vamos entrar agora numa fase de maior disponibilidade de vacinas. Não é momento para travar e ceder ao medo infundado. Está na hora de acelerar com confiança».