RELEVÂNCIAS DE UM CURRÍCULO

«O Parlamento investigou em comissão de inquérito um conjunto de créditos ruinosos aprovados pela administração da Caixa Geral de Depósitos há cerca de dez anos - Vale do Lobo, José Berardo, Grupo Lena. Nesse célebre conselho de administração, ao lado de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, tinha assento Vítor Fernandes. A par daqueles créditos problemáticos, estavam outros, também os concedidos a acionistas do BCP para comprarem mais ações do banco e assumirem o seu controlo. Quando o assalto ao BCP se consumou, Santos Ferreira e Armando Vara seguiram para a administração do banco privado. E, com eles, seguiu Vítor Fernandes».

AFINAL, CASOS E CASINHOS

Vítor Fernandes já era, por ora!

P. S. É a nova novela da temporada: "Nunca jantei sozinho com Luís Filipe Vieira", com Marcelo, Costa e Vítor Fernandes como protagonistas (João Leão, Pedro Siza Vieira e Mário Centeno são os artistas substitutos).

GOVERNAÇÃO SEM GOVERNO, PRESIDÊNCIA SEM PRESIDENTE

«Adiámos, como sempre, a ruptura que poderia ser regeneradora para mantemos o lodaçal de uma crise permanente, dominada pelos mesmos vícios e oportunismos, cujo desfecho já deixou há muito de ser imprevisível. E António Costa tem o dislate político de ainda tentar a desvalorizar aquilo que está mesmo à frente dos nossos olhos. E Marcelo Rebelo de Sousa lá continua a fazer de conta, ora recorrendo ao formalismo, ora promovendo mais e mais folclore».

MARCELO E COSTA: MAIS UM MISTÉRIO

Ana Gomes colocou a questão que importa, no Expresso da Meia-Noite: quem indicou o nome de Vítor Fernandes para liderar o Banco de Fomento? A resposta, que já tarda, é importante para perceber se a nova instituição financeira é, mesmo, e apenas mais um uma mera repartição bancária que vai do Rato a Belém.

P. S. Pedro Siza Viera ainda não demonstrou que tem autonomia política para "inventar" sozinho.

VÍTOR FERNANDES: MAIS UM PREGO NA BANCA

A credibilidade do Banco de Fomento morreu, ainda antes de iniciar a canalização do dinheiro da bazuca. E ainda vamos assitir a mais um braço-de-ferro para manter Vítor Fernandes, o bancário que tem como referências fazer parte da gestão do Novo Banco e estar envolvido nos negócios de Luís Filipe Vieira. Entretanto, Marcelo continua satisfeito.

P. S. Mário Centeno não apontou qualquer objeção aos nove administradores e 24 diretores cujos nomes foram entregues ao Banco de Portugal.

ANDAMOS ATRÁS DOS TEMPOS DE SÓCRATES

Vítor Fernandes é o escolhido de Sisa Vieira para chairman do Banco de Fomento. É a opção por mais um gestor, com pouca memória, a exemplo de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, entre outros, que passou da CGD para o BCP e depois para o Novo Banco. Andamos atrás dos tempos de Sócrates.