The day we fight back

The Guardian

Snowden e o Nobel da Paz

Dois deputados noruegueses, Bard Vegar Solhjell e Snorre Valen, defendem que o antigo analista da NSA norte-americana contribuiu para que o mundo se tornasse um lugar mais seguro.

Edward Snowden: comissão independente reconhece ilegalidade

Uma comissão de controlo independente considerou ilegal a recolha sistemática dos meta-dados telefónicos pela NSA, tendo concluído: "Não identificamos um único caso de ameaça contra os EUA onde o programa tenha permitido afectar concretamente o resultado de um único inquérito antiterrorista". Edward Snowden já saudou o relatório da comissão que passou a pente fino o programa secreto da NSA criado em 2001.

The Guardian e The New York Times em defesa de Snowden

Dois dos melhores jornais do mundo apelaram ao presidente norte-americano, Barack Obama, para rever a actual política de perseguição a Edward Snowden. Eis uma decisão editorial que poderá influenciar outros órgãos de comunicação social de todos os continentes nomeadamente os de língua oficial portuguesa. De facto, relatar as notícias dos outros e apontar o dedo aos serviços de informações dos outros, ignorando o que se passa em casa ou em países irmãos, é pouco, muito pouco. 

Missão cumprida

Edward Snowden, pela primeira vez, fez o balanço das consequências da decisão de divulgar as escutas selvagens dos serviços secretos norte-americanos: «Para mim, em termos de satisfação pessoal, a missão foi cumprida. Já ganhei».

Snowden mais perto

«Até que um país me conceda asilo político permanente, o Governo dos EUA vai continuar a interferir com minha capacidade de falar».

Tribunais norte-americanos reagem

«Juiz americano põe em causa constitucionalidade de espionagem da NSA».

Garcia Leandro, as secretas e os recados

O general entendeu fazer declarações sobre o papel dos serviços de informações portugueses a propósito das recentes incursões de sindicalistas nalguns Ministérios. É uma opinião vaga e medíocre. E até perigosa, tendo em conta o seu silêncio sobre os mesmos serviços de informações e as revelações de Edward Snowden. Se calhar o recado limitava-se aos sindicatos portugueses, quiçá para desvalorizar as outras informações sobre as secretas portuguesas que continuam a passar, inexplicavelmente, entre os pingos da chuva. Em suma: uma desilusão inesperada.

Revelações de Edward Snowden abrem guerra com Google e Yahoo

«Não permitimos a nenhum governo, incluindo ao dos EUA, o acesso aos nossos sistemas. Estamos indignados com os limites a que o Governo [dos EUA] parece ter chegado para interceptar dados das nossas redes privadas». A declaração do responsável pelo departamento legal do Google, David Drummond, visou a notícia do jornal The Washington Post que acusou a NSA de se apoderar dos dados dos utilizadores do Google e do Yahoo.

Espionagem: afinal...eram outros

As notícias sucedem-se a um ritmo vertiginoso sobre as escutas globais. A dúvida está cada vez mais instalada, entre a selvejaria da coisa, sejam quem forem os seus autores. A única certeza é que os serviços secretos estão a desmoronar e as democracias ocidentais deixaram há muito tempo de ser um exemplo de referência.

Espiões e sociedades livres

«Greenwald: espionagem dos EUA pouco tem a ver com terrorismo».

NSA: já chegou a Espanha (especificamente)

«NSA espiou 60 milhões de chamadas telefónicas em Espanha num mês».

NSA: é fartar vilanagem

«NSA monitored calls of 35 world leaders after US official handed over contacts».

(tradução disponível no DN)

NSA: está mais perto

As revelações de Edward Snowden estão a varrer a Europa. Depois de terem liquidado a credibilidade de Barack Obama e de terem revelado a espionagem das comunicações alemãs e francesas, só falta passar por Espanha para chegar a Portugal. Esperemos que o actual primeiro-ministro não caia no ridículo de, passados uns anos, dizer que não sabia de nada. Lá que está calado, agora, lá isso está; ele e não só.

Edward Sowden: La France c'est la France

«França exige explicações aos EUA após “revelações chocantes” sobre espionagem».

NSA recolhe milhões de listas de contactos a partir de e-mails e mensagens

«A recolha de dados beneficia de acordos secretos com empresas de telecomunicações estrangeiras ou serviços de informações de países aliados».

Edward Snowden ao vivo

«O Departamento de Justiça norte-americano rejeita processar os altos responsáveis que mentiram ao Congresso e ao país e não hesita em perseguir aqueles que dizem a verdade».

Portugal e o problema dos outros

O caso Edward Snowden provocou o cancelamento da deslocação de Dilma Rousseff aos EUA. E as autoridades brasileiras não prescindem de ouvir o norte-americano que está exilado na Rússia. A presidente do Brasil não teve medo de "importar o problema dos outros", como lhe chamou o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. Aliás, a política externa rasteira já tinha sido consagrada no caso dos voos secretos da CIA, entre outros. Em suma, a presidente do Brasil não é igual a Jorge Sampaio e a Aníbal Cavaco Silva. Nem tão-pouco corre o risco de ser confundida com António Guterres, Durão Barroso, Paulo Portas, Pedro Santana Lopes, José Sócrates e Pedro Passos Coelho. Por isso, o Brasil é um grande país.

Os democratas do Big Brother

Enquanto o mundo contesta o PRISM, por exemplo o The Guardian foi obrigado a destruir informação, em Portugal o debate continua limitado, como demonstra a complexidade da mediocridade de Teresa Caeiro.

Cameron passa das marcas

O parlamento britânico exige explicações sobre a detenção de David Miranda.