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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

domingo, novembro 14, 2010

RTP e Lusa: fusão é negócio escandaloso

A tentativa de fusão da RTP e da Lusa é mais um negócio de Estado, tipo de última hora, que roça o escândalo num momento de crise para as finanças públicas. Se o projecto fosse para levar a sério, a RTP (ou seja, o contribuinte) teria de pagar aos privados que participam no capital da Lusa — grupos Joaquim Oliveira e Balsemão, entre outros — cerca de 7 a 8 milhões de euros para assegurar uma fusão que vai ao arrepio do espírito de abertura do capital da agência noticiosa. Aliás, que não haja quaisquer dúvidas: a prática tem revelado que quanto mais Estado e mais boys são metidos na comunicação social controlado pelo Estado, pior é a informação e o serviço público.

Salvação nacional

À medida que a crise vai desmentindo governantes, políticos, economistas e até comentadores, eis que começa a ser testada a "solução" de constituir um governo de salvação nacional. A ideia é compreensível à luz, sobretudo, daqueles com enormes responsabilidades na actual situação que querem alijar responsabilidades passadas. Mas a ideia é mais do que isso. Traduz uma determinada concepção democrática de uma determinada classe política que ainda não percebeu que os tempos mudaram. Os governantes são eleitos pelo povo, não são escolhidos por um qualquer conclave, seja ele secreto, discreto ou com aspirações ao olimpo.

Lá se vai o petróleo

Timor-Leste anunciou disponibilidade para comprar dívida portuguesa.

sábado, novembro 13, 2010

A hora do verdadeiro PS

Entre os socialistas há quem defenda a substituição do primeiro-ministro. Entretanto, e em jeito de última oportunidade para José Sócrates, personalidades socialistas como Ana Gomes e João Proença já recomendaram abertamente uma remodelação governamental de forma a dar um novo alento ao governo. É caso para dizer que o verdadeiro PS está a começar a acordar da letargia em que tem estado profundamente mergulhado.

A estratégia dos fracos

José Sócrates do outro lado do mundo, de mala na mão para não dizer de mão esticada, está a tentar agarrar o poder a todo o custo. Após a entrevista do seu ministro Ama(cia)do, eis o primeiro-ministro a afirmar a necessidade de uma coligação para salvar o país, quiçá para garantir mais alguns tempinhos no poder. Obviamente, é tudo para inspirar confiança aos mercados. Haverá maior prova de desnorte e fraqueza?

Aung San Suu Kyi

Uma libertação saudada que pode durar menos do que o mundo espera e deseja.

sexta-feira, novembro 12, 2010

BPP e BPN: o mesmo combate

A perseguição de ladrões e vigaristas que roubaram descaradamente os portugueses, seja na banca ou noutro sector qualquer, é uma boa notícia para a Justiça portuguesa.

O regresso da inflação

Só faltava mesmo a notícia do aumento de 2% da inflação, ao mesmo tempo que a economia regista um crescimento medíocre. É mais um imposto escondido que vai penalizar ainda mais a bolsa dos portugueses

O senhor do adeus

«A sua morte é um marco na cidade, mas também é uma espécie de prenúncio do fim de uma era».

quinta-feira, novembro 11, 2010

Sahara Ocidental - lembrança de Timor Leste


Ana Gomes, in Causa Nossa

Amigo Durão

...«se for preciso, Bruxelas vai ajudar a Irlanda e Portugal».
Está dado o mote, oficialmente, através de Durão Barroso, presidente da comissão europeia.
Só falta saber se a teimosia do primeiro-ministro vai afundar ainda mais o país. Afinal, onde está a coragem para as medidas difíceis?

P.S. Com os juros a bater nos 7,4%, Aníbal Cavaco Silva vai ter a tempestade que merece, mas que os portugueses não mereciam.

Na trincheira

quarta-feira, novembro 10, 2010

Rafael Marques: um jornalista

A entrevista que o jornalista angolano concedeu a Carlos Vaz Marques, no programa "Pessoal e Transmissível", na TSF, é um dos testemunhos mais impressionantes a que assisti.
Num país civilizado, o Ministério Público português abriria um inquérito, amanhã, para investigar a circulação de capitais angolanos por estas bandas.

P.S. Há alguma esperança que alguns dos principais banqueiros e grandes empresários portugueses tenham ouvido a entrevista do jornalista angolano. Quanto aos políticos e governantes...
Adenda 21h51: Pode ouvir a entrevista Aqui

O regresso ao passado

O (ainda) ministro das Finanças está contente com o resultado dos últimos empréstimos contraídos no exterior pelo simples facto da taxa de juro ter ficado duas décimas abaixo do número mágico de 7%. Por sua vez, o primeiro-ministro vangloria-se com o aumento de 15% das exportações, como se o resultado fosse devido à governação e não ao simples crescimento económico dos outros países. Em suma, o governo não aprendeu nada com o passado, talvez por saber que o presidente da República apenas está concentrado na reeleição.

O (ainda) ministro das Finanças convocou os jornalistas

Fernando Teixeira dos Santos prepara uma declaração política.

terça-feira, novembro 09, 2010

De campanha em campanha até...

Chegou o tempo de rejeitar o paleio dos economistas, incluindo os ex-ministros das Finanças que continuam desavergonhadamente a mandar palpites, como é recordado em Educação do meu Umbigo. Chega de mistificação! É preciso ajudar José Sócrates a perceber que mais vale pedir ajuda externa e estancar a desconfiança generalizada dos mercados do que condenar ainda mais o futuro do país.
P.S. Depois de todas as campanhas, desmentidas pelo curso dos acontecimentos, só falta a corte do costume fazer o derradeiro apelo em jeito salazarento: temos de saber sofrer e aceitar com resignação que a tempestade passe.

Estou de consciência tranquila


António Bernardo Colaço, in Diário de Notícias

Juros da dívida a subir (7%)

É um dia histórico e triste.
A barreira declarada por Fernando Teixeira dos Santos foi ultrapassada, num claro sinal de que Portugal está "condenado" a pedir ajuda ao FMI.
É o fim de mais uma manobra de folclore, desta vez com tons asiáticos, enquanto a aventura do TGV continua...
Quanto vai custar aos portugueses a nova "ilusão" de José Sócrates?

Juros da dívida a subir (6)

Hoje, ao início da manhã, apenas 0,034% separaram Portugal da confirmação do desastre a que José Sócrates conduziu o país.

ADSE: a máscara caiu

Hoje, o país acordou com a notícia que o governo deu o primeiro passo para a privatização da ADSE, após meses de campanha do primeiro-ministro, acusando o PSD de pretender privatizar a saúde e a segurança social.