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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quinta-feira, março 11, 2010

E a Grécia aqui ao lado

Um relatório da "Transparência Internacional" sobre a corrupção e a economia grega é matéria de interesse público em Portugal. E pode ser consultado através do Diplomata.

«Os amigos são para as ocasiões»

(...)«Recordo que a editora Leya, de Miguel Paes do Amaral, depois de manifestar um grande interesse na publicação do meu livro «O Dossiê Sócrates», insistiu sucessivamente na entrega rápida da conclusão inédita do livro (os factos novos...) e, depois de a receber, deixou de ter interesse na sua edição, não tendo dado qualquer explicação sobre o caso nem respondido mais a qualquer mail ou chamada minha. Apesar de o ter requerido formalmente, a editora Leya não devolveu os textos inéditos que lhe entreguei para a edição do livro».

Antena 1 em alta

Os meios de comunicação social controlados pelo Estado são sistematicamente fustigados por uma linha editorial próxima do governo. Em muitos casos é verdade, mas importa sublinhar os momentos em que tal não acontece. Ontem, no primeiro noticiário depois da excelente entrevista de Aníbal Cavaco Silva, às 22 horas, a Antena 1 foi a única estação de rádio que deu importância ao que o presidente da República disse sobre o negócio PT/TVI. O seu a seu dono. O resto é a corte do costume, cuja tentativa de desvalorizar o assunto – a que o presidente emprestou uma nova importância – não passará de um pé de página da história.

quarta-feira, março 10, 2010

Face Oculta: Entrevista ao Presidente da República

Aníbal Cavaco Silva, em entrevista a Judite Sousa, acabou de admitir que também não acredita ser possível que o primeiro-ministro não soubesse da intenção da PT de comprar a TVI. Quanto tempo vai levar José Sócrates a demitir-se?

terça-feira, março 09, 2010

Face Oculta: comissão (quase) cumprida

As audições de José Eduardo Moniz e Henrique Granadeiro constituiram dois momentos fundamentais para compreender ainda melhor os bastidores da comunicação social e das empresas em que o Estado tem uma posição determinante. Mais do que o caso em concreto, ainda em análise da comissão de Ética, o mais importante é que a generalidade dos portugueses passaram a ter uma "picture" do que está a montante das notícias e dos negócios públicos. E como ainda a procissão vai no adro, espera-se que a comissão não seja subitamente 'censurada'.
Em suma, que continuem as audições que se afiguram, para já, absolutamente essenciais: António Costa, Miguel Paes do Amaral, Joaquim Pina Moura, Juca Magalhães, Nuno Morais Sarmento e Ricardo Salgado.
P.S. E, já agora, fala-se tanto dos telefonemas do gabinete do primeiro-ministro e não há nenhum assessor que seja chamado à comissão de Ética? Será que ficam, como o "chefe", para a comissão de inquérito?

Face Oculta: José Eduardo Moniz

A intervenção inicial do ex-director-geral da TVI fica para a história do jornalismo.
A audição pode continua a ser ser seguida, aqui, através do link do jornal "Público".

É delito de opinião

Um post oportuno, com o antes e depois das eleições legislativas, passados cinco meses e dez dias, em que não faltam as descaradas mentirolas governamentais e o PEC.

sábado, março 06, 2010

Freeport: da investigação ao faz-de-conta

Temos assistido a um jogo subterrâneo desenfreado por causa do caso Freeeport, em que de um lado estão os que querem tirar José Sócrates do filme e do outro estão os que o querem enterrar à força. Entre jogadas de grande profundidade, infantilidades perdulárias, bolas à trave e golos na própria baliza, os dois teams continuam a fazer de conta que acreditam na investigação em curso.
Seja qual for o teor do despacho final, o número de páginas e a data, mais tarde ou mais cedo a fundamentação da decisão do Ministério Público estará ao alcance do escrutínio de todos: dos branqueadores do regime, dos inquisidores de pacotilha e até dos que sempre denunciaram que o jogo está viciado desde os primeiros passos da investigação, em 2001, o que poderá ter contribuído para condicionar, irremediavelmente, qualquer hipótese de fazer prova.

sexta-feira, março 05, 2010

Medina Carreira em prime time

A entrevista de Medina Carreira a Judite de Sousa foi excelente. Com serenidade, competência e distância do poder, o ex-ministro das Finanças conseguiu passar a mensagem: nos últimos vinte anos, da direita à esquerda, dos primeiros-ministros aos presidentes da República, entre os quais se destacam José Sócrates e Aníbal Cavaco Silva, os sucessivos governos têm enganado o país.
P.S. Judite de Sousa tomou uma excelente decisão editorial ao entrevistar uma das poucas vozes críticas com autoridade. Será a marca da viragem no posicionamento editorial da estação pública?

quinta-feira, março 04, 2010

Face Oculta: comissão positiva

Em cerca de três semanas de trabalho, a comissão de Ética subordinada à temática do "exercício da liberdade de expressão" já fez mais pela transparência na vida política e no jornalismo que muita notícia, análise e opinião. Sob a liderança credível de Luís Marques Guedes, os deputados estão a prestar um serviço inestimável ao país. Aliás, o tímido protesto da corte do costume é a melhor prova da sua validade.
P.S. O relato da audição de Manuela Moura Guedes indica que a jornalista foi firme, incisiva e até surpreendente, sobretudo em relação à avaliação do trabalho de Maria Alice Fernandes. Ou a inspectora da PJ mudou muito, ou então...
P.P.S. Francisco Pinto Balsemão também foi ouvido. E confirmou que evita atender o telefone ao sábado por causa do "Expresso". A verdade é que o atende nos outros dias da semana, logo pela manhãzinha. Afinal, o resto é sempre o resto...

O melhor de Pacheco Pereira

Júlio Pereira, o 'chefe' dos serviços de informações, foi ao parlamento para ser ouvido em sede da "Comissão eventual para o acompanhamento político do fenómeno da corrupção e para a análise integrada de soluções com vista ao seu combate". Valeu a pena assistir à audição até ao último minuto, sobretudo por causa da questão colocada por Pacheco Pereira – certamente ingénua – sobre qual o papel das 'secretas' portuguesas em relação à grande corrupção, por exemplo na área da Defesa, e aos fluxos financeiros para offshores.

Face Oculta: Guinness World Records

De acordo com o matutino "Público", o «despacho de arquivamento do caso das escutas, que envolve o primeiro-ministro e possui 26 páginas, demorou três dias a dactilografar». A revelação foi anunciada por Fernando Pinto Monteiro, «para explicar por que é que a 21 de Novembro disse que proferiu o despacho nesse dia e dois meses mais tarde afirmou que o documento, afinal, era de 18 de Novembro». Eis mais um caso de orgulho nacional, que tem de ser imediatamente comunicado ao "Guinness World Records". O(a)dactilografo(a)tem fortes hipóteses de ser eleito(a)como o mais lento(a)do mundo.

quarta-feira, março 03, 2010

Face Oculta: empatado

A longa reunião do Conselho Superior do Ministério Público foi um espelho da Justiça. E permite três conclusões: os despachos de arquivamento continuam ocultos; jurídica e políticamente, a controvérsia ganhou novo alento; e Fernando Pinto Monteiro passou a estar, oficialmente, a prazo.

segunda-feira, março 01, 2010

Governo oculto

«Um dos factos que tem transparecido das informações que se vão conhecendo sobre os aspectos adjacentes ao processo Face Oculta (e não me refiro apenas às escutas) é que há outras coisas ocultas que não apenas os negócios da sucata. Essas outras coisas são uma espécie de governo também ele oculto, que não vai a votos, mas onde se concentra muito poder».
Pacheco Pereira, in Abrupto

Pedro Passos Coelho defende demissão do PGR

O candidato a líder do PSD revelou que há rupturas que são mais compreensíveis com declarações concretas do que com declarações de princípio. É uma vantagem que tem vindo a acumular. E não faltam exemplos, entre os quais se destaca a que aponta a porta de saída a Fernando Pinto Monteiro. Aliás, quando a defesa do PGR fica a cargo de uma única voz, a do socialista António Almeida Santos, então está tudo dito...

Escolhas de Marcelo: Ponto final

A administração da RTP conseguiu, obviamente à revelia do "chefe".