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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quinta-feira, setembro 25, 2014

E se Pedro Passos Coelho...

Não consegue atestar, rápida e publicamente, o cumprimento dos seus deveres passados, mesmo sabendo que outros políticos também podem ter usufruído de benefícios indevidos... então só lhe resta a demissão, imediatamente. Ponto final! 

P. S. Quem se coloca à disposição e nas mãos da Justiça merece mais do que a presunção de inocência, merece respeito, e dá um sinal inequívoco de respeito pelas suas funções, Estado de Direito e Democracia. E prova que não se confunde com o ciclo pestilento contra o qual afirmou candidatar-se, independentemente das insinuações, especulações e interpretações jurídicas avulsas, umas mais manhosas do que outras. E mais: assim não corre qualquer risco de ser confundido com quem tudo fez para tentar escapar da Justiça, pelo silêncio arrogante, pela abusiva pressão política, pelos grosseios truques mediáticos e até pela lamentável perseguição aos jornalistas. 

PS: com vergonha ou sem vergonha?

António José Seguro deu um exemplo concreto sobre a «promiscuidade entre o sistema financeiro, os negócios, a política e os outros partidos». Além das habituais reacções tão fingidas quanto irrelevantes, ainda vale a pena atender ao que disse o líder do PS, pois podia ter ido mais longe: «Vou dar-lhe um exemplo: Nuno Godinho de Matos, fundador do PS e apoiante de António Costa. Foi até há pouco tempo administrador do BES, apoiou no ano passado o candidato do PSD à Câmara de Oeiras, foi advogado da Ferrostaal no negócio dos submarinos, e no outro dia deu uma entrevista a dizer que estava no BES por razões políticas». Faltou a António José Seguro acrescentar que Nuno Godinho de Matos pertence ao Grande Oriente Lusitano (Loja Liberdade e Justiça)Sim, porque alguns elementos da Maçonaria, como de outras instituições respeitáveis, fazem parte do tal «partido invisível» que tem condenado o país à miséria. Fica claro, preto no branco, quem deve ter vergonha e quem deve ter falta dela.

Miopia dourada

Um novo rumo para a escolha

Mário Soares: rasca ou à rasca?

Quando um dos fundadores do PS sente necessidade de vir a terreiro atacar, insultar e difamar António José Seguro, a três dias das eleições primárias, é porque o resultado está longe de ser favas contadas.

P. S. É claro que António Costa não tem qualquer responsabilidade sobre o que os seus principais apoios dizem. 

quarta-feira, setembro 24, 2014

Rui Rio: à janela no BCP

Com o avolumar das especulações sobre o caso Pedro Passos Coelho/Tecnoforma, certamente Rui Rio permanece à janela do seu gabinete no BCP. Será que Miguel Relvas ou Marcos Perestrello podem dar uma ajuda?

Passos em volta do esquecimento

Selecionador ausente

«Para dirigir a Seleção nos 7 jogos que tem para chegar ao Europeu, a Federação escolheu um treinador com um castigo de 8».

Falsas partidas

Desta vez vou dizer bem de Seguro (mas não só)

«Portugal é assim: quando alguém propõe uma reforma, dispara-se primeiro e pergunta-se depois».

terça-feira, setembro 23, 2014

Seguro versus Costa: último debate

«Não ajudes a direita!», disse António José Seguro. 
Esta é a frase de um debate em que António Costa voltou a não apresentar uma única proposta concreta face às propostas do líder do PS. 
Agora chegou a vez dos militantes e simpatizantes do PS se pronunciarem.

P. S. João Adelino Faria, como jornalista competente e isento, esteve à altura do último debate. 

António Costa: última oportunidade

António Costa tem, hoje, a última oportunidade para recuperar a vantagem de António José Seguro nos dois anteriores debates. Mas sem propostas concretas não é possível vencer debates. Quanto à questão dos ataques pessoais... é melhor esperar pelo fim do debate.

Escrutínio enviesado

A informação mainstream não deixa de surpreender. Ora ignora a ausência de um autarca perante o caos na cidade, ora massacra ministros que pedem desculpas, publicamente, por erros de terceiros, ora ironiza com a decisão do primeiro-ministro em pedir uma esclarecimento cabal à Procuradoria-Geral da República sobre o seu passado fiscal enquanto deputado. Em que ficamos? É só uma questão de falta de isenção? Ou será outra coisa ainda mais complexa?

Passos por cima

Pedro Passos Coelho pediu à Procuradoria-Geral da República um esclarecimento sobre os rendimentos que terá auferido ou não, da Tecnoforma, entre 1997 e 1999. Para já, é mais um exemplo de quem tem outro entendimento de estar e fazer política. Isto está mesmo a mudar...

Primárias do PS: liderança e soluções para defrontar os problemas do país?

«É preciso que, humildemente, o PS mostre que aprendeu com o que correu menos bem no passado».

Costa mete água

A forma como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa encarou as chuvadas de ontem e tentou sacudir a água do capote, alijando responsabilidades evidentes da parte da autarquia, dizem muito sobre uma determinada forma de exercer o poder. Por sua vez, a forma como António José Seguro evitou fazer um aproveitamento demagógico da situação caótica que se viveu na capital também diz tudo sobre uma nova forma de estar e fazer política.

António Costa, presidente voluntário de Lisboa

«Onde esteve António Costa quando os rápidos desceram pela Av. da Liberdade? Não o vi de galochas ao lado dos senhores da protecção civil. Não o vi mais ou menos molhado».

A troika e o BES

Seguro e Costa à lupa

Uma análise credível do líder do PS e do candidato António Costa.
João Cardoso Rosas analisa António José Seguro e André Freire, António Costa. 
Cada um é apoiante confesso do candidato que avalia.

António José Seguro, por João Cardoso Rosas:
Forças – Caráter, honestidade e perseverança, preparação, realismo, bom senso, à vontade no contacto com o povo, não pertence à oligarquia e tem o apoio do mundo sindical e do trabalho;
Fraquezas – imagem televisiva, é emotivo, mostra o que lhe vai na alma, não tem um discurso doutrinário que apele aos setores intelectuais, carece de bons conselheiros e possui relacionamentos difíceis dentro do próprio partido;
Oportunidades – possibilidade de ter um novo começo (no PS e no país), pode enveredar por um caminho de unidade no partido em caso de vitória e seguir o rumo da Europa contra as políticas de austeridade;
Ameaças – figuras históricas do PS que apoiam Costa, o ‘establishment' da capital e os seus conluios, a imprensa e a Impresa.

António Costa, por André Freire:
Forças – mais assertivo e credível na oposição ao Governo, vontade de estabelecer diálogos com as esquerdas socias e político-partidárias e capacidade de diálogo e negociação;
Fraquezas – ausência de tomada de posições sobre a dívida atual e futura do país;
Oportunidades – diferenciar-se de Seguro, propondo medidas que reforcem a governabilidade com incentivos institucionais fortes à cooperação entre os partidos e sem que seja beliscada a proporcionalidade e embarque em populismos;
Ameaças – Fraca diversidade de leque de alianças possíveis no Parlamento, que pode obrigar o PS a ficar refém de aliados. Outra ameaça é a Europa, pois para que o ‘status quo’ seja alterado é necessário que as orientações políticas na União Europeia mudem.