Portugal não mudou: conselho de ministros ainda reunido

Pedro Passos Coelho interrompeu as férias no Algarve. A decisão do primeiro-ministro não se deveu à tomada de posse do substituto de Joaquim Pais Jorge, cuja data ainda é desconhecida. Passos Coelho regressou a Lisboa para presidir ao Conselho de Ministros. Saudades? Cautelas? E a reunião dos ministros dura, dura, dura...

Os mercadores de simpatias

«Por­tu­gal tem um prob­lema de cor­rupção legal e de garo­tice ética».

O ideólogo dos [des]governos de José Sócrates

«Pais Jorge não conseguiu vender o produto… mas é inegável que vendeu muito bem a ideia».

Convencer a troika: missão impossível

Não vai ser fácil convencer o indiano Subir Lall que um governante português apresentou a demissão por causa da apresentação ao anterior Governo de um produto financeiro para esconder a dívida pública. A anunciada demissão de Joaquim Pais Jorge deverá ser um dos assuntos colocados em cima da mesa, no início de Setembro, quando começarem as rondas da 8ª e 9ª avaliação da troika.

Passos voltou a mostrar coragem. Falta a inteligência

«Mesmo antes de chegar ao poder, Passos revelou sempre coragem através de uma visão realista dos nossos problemas. Este transmontano penteadinho esteve sempre à parte da camarilha que nos tem governado, esse conjunto de virgens com passado de madame que anda pelas TVs a negar a realidade. Mas, para mal dos seus e dos nossos pecados, Passos não tem revelado jeiteira nenhuma na forma como aborda os problemas».

Portugal não mudou: oitava remodelação governamental

E depois da «podridão» de Machete, chegou a vez do «lado podre» de Joaquim Pais Jorge. O primeiro continua em funções, enquanto o segundo apresentou a demissão. Mais uma maçada: lá têm todos de interromper as férias para a tomada de posse, ou será que não vale a pena? Resta a certeza: os contratos swap do passado estão a ser pagos pelos portugueses.

Swap: mais técnicas do vale tudo

Um comunicado do governo afirma que uma apresentação, com mais de oito anos, foi falseada para que incluísse o nome de Joaquim Pais Jorge, secretário de Estado do Tesouro. 

Brincar aos pobrezinhos

«Aquela coisa de ir para a Comporta "brincar aos pobrezinhos", como disse uma das muitas tias que por ali pululam, imortaliza a relação que as elites têm hoje com o País».

Serviçais de Luanda

«As autoridades angolanas conseguiram estender o seu domínio sobre os atores políticos portugueses, do Partido Comunista de quem receberam o poder aquando da independência, ao CDS, cujo presidente, Paulo Portas, foi o ministro dos estrangeiros mais subserviente com o poder corrupto de Angola. O regime político português torna-se assim o maior cúmplice de Eduardo dos Santos. Mas, enquanto a clique dirigente angolana ostenta a sua riqueza e vai colonizando Portugal, lá longe, em África, o povo continua a viver na miséria, apesar do ouro negro que brota do chão».

A vida privada acabou

«George Orwell achava que um mundo totalitário criaria o Big Brother, eliminaria a vida privada e, com isso, a liberdade individual. Enganou-se: afinal, o mundo da globalização, o da democracia ocidental, seria o mundo que acabaria com a vida privada. Por alguma razão, aliás, nenhum país campeão desta hipócrita liberdade - que só protege, afinal, a liberdade de fazer negócios - deu asilo ao jovem Snowden».

I WILL PROUDLY SERVE PART OF BRADLEY MANNING'S SENTENCE

Petição norte-americana em defesa de Bradley Manning.

A notícia também está disponível em Esquerda Net.

Ronaldo "não cospe no prato em que come"

Mas com tanto talento e dinheiro bem podia ter alguém ao seu lado para elevar o nível.

MAS à esquerda

O Movimento Alternativa Socialista (MAS) foi reconhecido como partido político pelo Tribunal Constitucional. E à direita também vai haver novidades?

Paulo Macedo: quem está por trás do ministro?

A última revelação sobre os cortes miseráveis na saúde não é uma novidade. Já foram publicadas várias notícias confirmadas sobre as recusas de tratamentos com novos medicamentos e até de falta de medicamentos para doentes com SIDA. É impressionante como não há uma maré de indignação em relação ao ministro da Saúde. E ninguém pede a demissão de Paulo Macedo. Por que será?

Julgamentos sumários

«A alteração legislativa que a ministra da Justiça tinha promovido e que os domesticados deputados da maioria aprovaram sem qualquer respeito pelos valores da justiça num estado de direito iria conduzir a que os julgamentos de alguns crimes graves passassem a ser efetuados sem o adequado distanciamento temporal dos factos, no calor, portanto, das exaltações individuais e coletivas que os crimes graves sempre provocam; iriam ser feitos, pois, em arenas com multidões a gritar nos órgãos de informação ou às portas dos tribunais a exigir as penas máximas ou a tentar fazer justiça pelas próprias mãos. Deputados que por carreirismo partidário aprovam tais medidas não são dignos da função que exercem e não merecem o respeito dos cidadãos».

Hemorragia na Banca

«Os erros dos banqueiros são pagos pelos bancários. Milhares já ficaram sem trabalho, e a hemorragia de empregos vai continuar».

Jogo do gato e do rato

«A comissão de inquérito parlamentar aos contratos swap já está inquinada, para não dizer intoxicada...».

Desilusão autárquica

«Não infringir a lei não iliba quem pede o voto para dar cobertura a teias de interesses inaceitáveis».

Legal, mas desonesto

«Desde que os financeiros capturaram o poder do Estado que as maneiras legais de ser desonesto se multiplicaram, cada vez mais refinadas».

Reformatório do Estado

«Fazer em 2013 uma profunda reforma da Constituição Portuguesa seria razoável, pois o texto revolucionário envelheceu depressa. Sendo a mais longa e verbosa da nossa história, com 32 251 palavras, a Constituição está manifestamente desactualizada, o que, aliás, a leva a ser abertamente ignorada no dia a dia».