Fomos enganados

«O que têm em comum o Conselho de Supervisão do Banco de Portugal, o Conselho de Fiscalização dos Serviços Secretos e o Tribunal de Contas? Todos foram enganados por aqueles que tinham a obrigação de fiscalizar».

Exemplos de inércia

«Em 2008 foi criada em Portugal uma base de dados de ADN. Passados 4 anos, a ferramenta (essencial para a investigação do crime violento), tolhida por um excesso de burocracia e de garantismos, não chega a ter registados 700 perfis! Em 2010, o Governo anunciou a criação de um gabinete para confiscar bens obtidos através do crime».

No próximo domingo somos todos gregos

«Desde os tempos em que Platão se passeava pela Acrópole de Atenas que a Grécia não estava tão no centro das nossas vidas. Neste domingo, tudo se joga ali: a permanência do país no euro e a possibilidade de uma verdadeira alternativa à tão falada, temida e vilipendiada austeridade».

Pobre gente pobre

«Portugal está pior do que há um ano, quando ainda se acreditava que PSD/CDS dariam cabo do Monstro».

A gripe espanhola

«O caso espanhol está longe de ser singular também do ponto de vista de quem ganha com a crise. Só nos últimos três meses, 98 mil milhões de euros fugiram de Espanha para lugares mais seguros para os compradores de títulos de dívida nos mercados financeiros. A Alemanha está à cabeça desses paraísos».

A pura e simples verdade

«Como podemos aceitar, ao invés de outras sociedades, que em áreas tão essenciais como a gestão da coisa pública nada do que se sabe é verdade?».

Sair da crise... ou da democracia?

«A escolha para a Zona Euro - se não for já tarde demais!... - é entre a explosão e a integração».

Verão quente

«Este será o Verão quente decisivo para a moeda única e para a própria UE. A crise financeira contagiou Espanha e alastra à Itália».

Manhosos e cegos

A globalização da informação é um dos mais importantes instrumentos da actualidade. Enquanto  o primeiro-ministro, em Portugal, consegue escapar quando quer ao Parlamento, sem que haja o mínimo sobressalto cívico, David Cameron, no Reino Unido, teve de depor na comissão de inquérito  Leveson, que está a investigar o escândalo do News of the World. De facto, a passividade dos portugueses, e não só, está à altura desta espécie de governação.

Entre a bola e os santos

No meio de uma crise gravíssima e à beira de um fim-de-semana eleitoral na Grécia que nos pode atirar para o abismo, os portugueses continuam a viver ao ritmo de uma boa sardinha assada e de uns chutos na bola. É simplesmente espantoso!

O destino da pátria

«De cada vez que há um campeonato destes, seja ele da Europa ou do mundo, é assim. Na rádio, na televisão, nos jornais, nos blogues, nas redes sociais, esse desmedido desassossego futebolístico em tempo de crise tem ocupado mais tempo e requerido mais atenção do que qualquer dos magnos problemas do país».

Esperança a Sul

«A Península de Setúbal e o Litoral Alentejano são as regiões do País com maior potencial para serem o motor do crescimento da economia portuguesa e de saída da crise».

Gente ilustre

«Sabe-se agora que a SLN devia ao banco mil milhões de euros – que nunca pagou. Resta dizer que a SLN reúne a fina flor do entulho: Joaquim Coimbra, irmãos Cavaco, Fernando Lima (grão--mestre do GOL), entre outra gente ilustre».

RTP e a selecção

A emissão especial do passado sábado na RTP, a propósito do jogo de Portugal com a Alemanha, foi de uma mediocridade e de um  patrioteirismo espantosos. Só faltou dizer que a culpa de Portugal ter perdido se deveu ao chumbo da contratação de Paulo Futre para a estação pública e às declarações de Manuel José. Felizmente, o jogo decisivo com a Dinamarca é na SIC. Sempre dá para fazer uma comparação e mais: não temos que pagar os eventuais dislates.

Relvas e a propaganda

Foi verdadeiramente pungente assistir ao desdém com que o ministro que mentiu ao Parlamento e o seu planinho de emprego jovem foram recebidos pelos deputados da oposição. A verdade é que o "Impulso Jovem" é um remake fraquinho das tretas da era de Sócrates, que, aliás, nada resolveram, e tão criticadas foram pelo PSD. A cedência a este tipo de propaganda é a prova que Miguel Relvas está politicamente queimado e o governo está à deriva.

O banco das reformas

«O Banco de Portugal é uma instituição ineficiente que apenas serve para sustentar uma clique poderosa».

Para lidar com eficiência e em tempo útil com a corrupção

«Será conveniente um modelo organizativo que, consistentemente, permita congregar numa única procuradoria magistrados especializados em diferentes áreas do direito».

Douro: o sector abandonado?

O Vinho do Porto continua a esbarrar na irrelevância da Casa do Douro e no cancro dos institutos não-sei-quantos-dos-amigalhaços-do-bloco-central. O que mudou nos cartões e na atribuição administrativa de produção que falsificam grosseiramente a qualidade? Qual é o critério de atribuição de plantação das castas de melhor qualidade? Qual é a lógica da defesa dos produtores? O que anda a fazer esta espécie de ministra da Agricultura e afins ao fim de um ano? O que é feito das promessas eleitorais?

O Douro, um dos mais importantes sectores exportadores, continua na mesma, a empobrecer, à mercê de todo o tipo de especuladores, perante a indiferença do Terreiro do Paço. Pois é, o Ambiente é outro tipo de oxigénio... Porventura, as colheitas são diferentes. E, já agora, com tanto amor pela lavoura, não se pode arranjar os vistozinhos Douro-VIP?

Clarificação sistema policial: E mais porrada neles

O governo diz que quer fazer uma clarificação do sistema policial português. Será para rir? Ou será obra para quem não consegue ter mão nas secretas. Entretanto, o lema continua a ser porrada no povo, a torto e a direito, conforme se pode constatar pela notícias. Incompetência, estratégia, medo da contestação ou pura incompetência?

Seguro oportuno

O sucesso de um governo é muitas vezes explicado por uma oposição competente e exigente. A pronta declaração de António José Seguro sobre as condições em que o resgate espanhol foi concretizado foi oportuna. Infelizmente, não foi devidamente aproveitada por Passos Coelho num primeiro momento. Não está habituado, não é?