TÃO HIPÓCRITAS QUE NÓS SOMOS...

«Quando olhamos, agora, para o caso de Reguengos de Monsaraz, não sei o que é mais chocante. Se os dirigentes locais serem todos do PS, se a suprema hipocrisia de quem se finge escandalizado com isso».

APRENDER COM A DOR DOS LARES

«Se não aprendemos com o que se tem passado nos lares, de onde provêm quase 40% das vítimas mortais, então não aprendemos nada».

NÃO SE DEIXEM DISTRAIR

«Estranho que o PS, em vez de estar preocupado em perceber porque é que a fiscalização aos lares não funciona, prefira vir agora, à pressa, mexer no funcionamento das Ordens Profissionais».

POLÍCIAS DO FORMALISMO À LA CARTE

Há uma enorme maralha de capachos, uns mais notáveis do que outros, sobrevivendo à sombra e à custa do poder, seja ele qual for, que não perdem uma única oportunidade para justificar, explicar e branquear os crimes do poder e dos donos disto tudo. São os novos "polícias" do formalismo à la carte, sempre com os mesmos argumentos primários e desfaçatez.

REGUENGOS: TRANSFORMAR UM DRAMA HUMANO NUMA CONVENIENTE CONTROVÉRSIA JURÍDICA

«A conversa em “off”, mesmo não podendo ser usada, modela e modula a narrativa jornalística. Ela não é por isso irrelevante nem destituída de interesse jornalístico e os entrevistados, designadamente políticos experimentados, sabem disso».

ESTA CRISE TAMBÉM É DE AMNÉSIA?

«Move-nos a responsabilidade de responder por quem trabalha, por quem vive da sua pensão ou já está no desemprego. De responder pela qualidade do SNS e da Educação. Move-nos a urgência de retomar a produção e a certeza de que não é ceifando direitos e rendimentos que se colhe prosperidade. E move-nos também a decência de querer evitar uma nova injeção no Novo Banco que custaria ao país, num único golpe, mais do que as medidas exigentes que queremos incluir no Orçamento para 2021. Fácil - e talvez tentador - seria pôr em causa o salário e os rendimentos sem perguntar porque é que a crise não bate às portas do dono privado do Novo Banco».

COSTA NAS CORDAS TENTA EVITAR KO

Depois da «Ordem dos Médicos ter pedido uma audiência urgente», António Costa, encostado às cordas, respondeu imediatamente e bem: «Primeiro-ministro aceita pedido de reunião urgente da Ordem dos Médicos».

AS IRRITAÇÕES DO "ANIMAL FEROZ"

«Estamos, aparentemente, perante um novo “animal feroz”. Nisto, pelo menos, muito semelhante ao anterior. E até já se fazem apostas: quando acontecerá a próxima irritação pública de António Costa?».

PORTUGAL MARCELADO

«Enquanto um presidente folclórico marca a agenda mediática, um primeiro-ministro à solta faz o que quer, à hora que quer, com "comícios" garantidos em directo, sem contraditório, e ainda até lhe sobra tempo para intimidar, ameaçar e insultar».

E ASSIM SE GOVERNA

SABOTADORES

«O rigor da gestão pública e o combate à corrupção proclamam-se em grandes anúncios públicos. Depois sabotam-se em pequenas manobras de bastidores. Alguns exemplos».

IPSE DIXIT. BOA SEMANA!

Pecar pelo silêncio, 

quando se deveria protestar, 

transforma homens em cobardes.

Abraham Lincoln

SINDICATO INDEPENDENTE DOS MÉDICOS REAGE A INSULTO DE ANTÓNIO COSTA

«Os médicos do SNS são médicos no SNS, não são médicos em lares, nem para protegerem as costas a amigos políticos seja de que cor forem».

AO NÍVEL RASCA DE ALGUNS COMENTADORES DA BOLA

É a comunicação de governantes ao nível rasca do debate sobre o futebol. O insulto – fácil, gratuito e impune -  é o argumento para tentar travar quem não tem a mesma opinião. Vai mais uma acção (en)coberta?

P. S. Depois de chamar "selvagens" aos enfermeiros, António Costa chama aos médicos "cobardes".

E QUANDO COSTA É (MAIS UMA VEZ) DESMENTIDO

A notícia diz tudo: «Estatutos dos médicos desmentem Costa».

P. S. Para quem quiser tirar as dúvidas, incluindo o PR, pode consultar os estatutos da Ordem dos Médicos.

"EMPATAR" MENOS E FISCALIZAR MAIS É MELHORAR A DEMOCRACIA

Maria Manuel Leitão Marques, ex-ministra da Presidência e da Modernização Administrativa do XXI governo constitucional, actualmente eurodeputada, assinou um artigo de opinião que ganha crescente importância política depois de ter sido conhecido o escândalo de Reguengos de Monsarraz: «Uma cultura com muitas regras, mesmo quando elas são necessárias, mas com grande impunidade no seu cumprimento, penaliza quem cumpre e sobretudo mina a cidadania e a democracia».

DORES DE ... ROLHA

O país só ficou a saber o que passou em Reguengos de Monsarraz depois da auditoria da Ordem dos Médicos, porque o Estado escondeu. O governo meteu-se em copas. E o Ministério Público só agiu in extremis. As críticas de António Costa são mais do mesmo, um impune insulto político aos cidadãos. 

P. S. Depois dos ataques à Ordem dos Enfermeiros, António Costa declarou guerra à Ordem dos Médicos.

NUMA DEMOCRACIA NUNCA HÁ FISCALIZAÇÃO A MAIS

«O país ganha por haver organizações profissionais, sociais ou outras interessadas em averiguar e fiscalizar o desempenho do Estado. Se há um problema grave em Portugal é a anomia da sociedade civil e das suas instâncias representativas».

RELATÓRIOS SOBRE REGUENGOS ... E O PSD EXIGE, EXIGE...

No passado dia 18, em comunicado oficial, o PSD pediu «todos os relatórios sobre a situação do lar de Reguengos de Monsaraz». Hoje, quatro dias depois, Ricardo Baptista Leite assegurou, através da sua conta oficial no Twitter, que o «parlamento ainda não recebeu nenhum dos relatórios. Nem da Ordem, nem da Segurança Social, nem da ARS, nem da Proteção Civil, nem das Forças Armadas. Nem os relatórios de fiscalização da SS ao lar de Reguengos de 2018 e 2019». E, coitado, lá voltou a repetir: «Exigimos todos».

HIDROGÉNIO VERDE: CAUTELAS

«O trabalho precário e a existência de rendas desmedidas que hoje se praticam no setor energético não podem ter cabimento nestes novos projetos. Os compromissos têm de ser com a criação de emprego qualificado e de qualidade».