OS FRANCESES CONTRA MACRON

«A violenta hostilidade de grande parte dos franceses é, agora, tanto contra a subida da idade da reforma, como contra a personalidade de Macron, que lhes aparece como altiva e arrogante. Em democracia a opinião pública tem que ser tida em conta».

DEPOIS DO RELATÓRIO DA COMISSÃO INDEPENDENTE

«O relatório não encerra o prolema. Deve abrir um novo ciclo, que dê prioridade ao sofrimento das vítimas e ao imperativo de evitar novos abusos».

FAZER AS CONTAS DO GASODUTO

«Importa ponderar – ou seja, pesar - as vantagens e os inconvenientes, ou os riscos, deste projeto. Para isso precisamos que o Governo nos dê mais informações. O gasoduto não pode ficar dependente do que A ou B acham».

COMBATER A CORRUPÇÃO A SÉRIO

«Na UE, avançam medidas de combate à fuga aos impostos e à corrupção. Por cá, abundam os discursos contra a corrupção, mas escasseiam ações concretas. A estratégia governamental ignora o enriquecimento ilícito e o financiamento dos partidos».

LIMITAR E VIGIAR O ESTADO

«Uma democracia autêntica não concentra no Estado poderes ilimitados e não vigiados. Pelo contrário, deve dar independência ao poder judicial e meios humanos e financeiros às entidades de supervisão».

A DIFÍCIL TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

«A pesquisa e produção de petróleo e gás tende a aumentar e muito. Um problema para o ambiente».

​O EXÉRCITO EUROPEU

«A chanceler defendeu a importância de uma força militar europeia, mas esclareceu: “obviamente que nunca seria um exército rival da NATO, mas um bom complemento à Aliança Atlântica”».

AS NOTÍCIAS FALSAS E A INTERNET

«As redes sociais são, hoje, a principal fonte de informação, se não mesmo a única, para imensa gente. O combate às “fake news” tem que ser feito, não pela censura, mas pela consciencialização dos utilizadores da net».

A INDEPENDÊNCIA DOS BANCOS CENTRAIS

«Na maioria dos países desenvolvidos os bancos centrais, não os governos, conduzem a política monetária. É uma defesa contra as tentações dos políticos de seguirem políticas monetárias expansionistas por motivos eleitorais, com o risco de inflação a prazo».

O monopólio da violência

«As empresas privadas de segurança têm que ser muito vigiadas pelo Estado. Não o têm sido».

Os enigmas da produtividade

«Se as causas do abrandamento da produtividade são ainda pouco claras, as consequências não oferecem grande dúvida e não são simpáticas».

Tempo de incerteza

«A crise da UE e o «Brexit» que a agravou perigosamente ensombram, agora, a perspetiva das exportações portuguesas. Até porque não existe a alternativa de intensificar as vendas para os países lusófonos, pelo contrário: Angola, o Brasil e até Moçambique encontram-se em situação difícil».

Enquadrar a globalização

«Uma América isolacionista não contribuirá para enquadrar politicamente a globalização».

A responsabilidade de Centeno

«Claro que não é saudável que os mercados se sobreponham à política, tirando sentido à democracia. Esse é um problema que exige o enquadramento político internacional da globalização, algo que – a concretizar-se – levará o seu tempo. Para já, na situação portuguesa não ligar aos mercados pode trazer um segundo resgate, ou seja, uma nova e mais dura austeridade para as pessoas».

A banca e a ética

«Os bancos não são empresas como as outras. Por isso exige-se-lhes uma conduta irrepreensível».

Uma questão de honestidade

«Desde há meses para cá, porém, os erros de previsão passaram para os críticos do Governo».