Um esclarecimento da PGR é sempre de elogiar, mas não pode deixar rasto de dúvidas.
Mais factos:
1) António Costa recusa demitir João Galamba, em comunicado de 2 de Maio de 2023;
2) Marcelo Rebelo de Sousa, no Peso da Régua, a 9 de Junho passado, deixa cair a recorrente ameaça publica de dissolução, alegando que o «povo não queria»;
3) Quatro meses depois, a 11 de Outubro de 2023, Marcelo Rebelo de Sousa surpreende com elogios ao orçamento para 2024;
4) No dia 3 de Novembro, Henrique Araújo, presidente do STJ, dá uma entrevista em que afirma: «A corrupção está instalada no país»;
5) No mesmo dia é conhecida e fundamentada a suspeita de abuso de poder de Marcelo Rebelo de Sousa no caso das gémeas do Santa Maria;
6) No dia 7 de Novembro de 2023, em nota oficial da Presidência da República, é aceite a demissão de António Costa;
7) Marcelo Rebelo de Sousa, em comunicação ao país, anuncia a dissolução da Assembleia da República, mantendo o XXIII governo constitucional em funções, e anuncia as eleições legislativas antecipadas para 10 de Março de 2023;
Questão: Afinal, entre todas as escutas (20?), qual é a data da última que deu origem ao inquérito-crime contra António Costa?
P. S. Alguém acredita que os ecos de uma investigação que está a decorrer há mais de dois anos, que envolve o primeiro-ministro de Portugal, cujo inquérito-crime foi autonomizado e formalizado no dia 17 de Outubro de 2023, não atravessou as paredes de Belém?
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