De Centeno a Costa

«Não admira que António Costa mantenha ‘toda a confiança’ no ‘senhor ministro das Finanças’: é que atrás do ‘senhor ministro das Finanças’ teria de vir também o ‘senhor primeiro-ministro’. Não é admissível que a baralhada da Caixa Geral de Depósitos (CGD) se tenha passado sem a supervisão do ‘senhor primeiro- -ministro’. Das duas uma: ou passou e então o ‘senhor primeiro-ministro’ é um irresponsável; ou não passou e o ‘senhor primeiro-ministro’ é o verdadeiro responsável».

A guerra dos prazos

«Sócrates já conseguiu condicionar quem decide sobre os prazos da acusação. Face ao ‘drama’ de acusar ou não até março, quem quer saber da verdade?».

Podem pedir desculpa?

«Neste lodo, que diz muito sobre a forma como a elite portuguesa olha para os deveres constitucionais, Marcelo defende Costa, Costa defende Centeno, Centeno é defendido por Marcelo e nenhum defende o decoro democrático». 

A “trajectória correcta” para onde?

«Os casos da TSU e da CGD são um sinal do que vai acontecer quando a geringonça chegar ao fim: vamos descobrir que as promessas não tinham garantias, e eles vão dizer-nos que não assinaram nada».

Há um papel escrito, sr. PR. O resto é pós-verdade

«Se Marcelo quer um papel escrito a defender uma posição que, a seu ver, seria “inaceitável”, já tem este. Não foi um erro dos assessores».

Se o PM mente...

Quinzenalmente, assistimos a António Costa a ser acusado de mentiroso no parlamento. E nada acontece. Assim, por que razão Mário Centeno deveria apresentar a demissão? Com o bailete imposto por Marcelo Rebelo de Sousa, esta é a Democracia que temos. 

Crise a fermentar

«Caixa. Centeno acusado de mentir. Costa desafiado a demitir ministro».

Irá Trump salvar o euro?

«É possível que a invectiva americana contra a Alemanha acelere esse debate e force as autoridades europeias a tirar a cabeça da areia e enfrentar decididamente o problema. Ou a Alemanha substitui a procura externa, de que depende, por procura interna, que se transforme em procura externa para os outros; ou a sustentabilidade do euro requer a institucionalização de mecanismos de transferência que reciclem internamente esses excedentes».

Na mão dos gigantes

«Quando uma empresa, no caso a Iberdrola, avança com a construção de três barragens para o Tâmega, nós, que já vimos desaparecer o Tua dentro do mesmo Plano Nacional de Barragens, temos de fazer soar as campainhas de alarme».

Até que enfim!

«Fica claro que Gonçalo Amaral não violou o segredo profissional, uma vez que escreveu o livro depois do processo arquivado. Quanto à acusação de que agiu motivado por lucro, o que poderemos dizer dos acusadores que há muito vendem entrevistas? O que os McCann queriam era fazer vingar a tese de rapto, porque os ilibaria da suspeita».

Caixa de ressonância

«Está na hora de defender o ministro das Finanças: é óbvio que Mário Centeno não mentiu quando negou qualquer compromisso com António Domingues. O compromisso, afinal, foi com os advogados de Domingues, que até tiveram a fineza de soprar o decreto- -lei para a nova administração da Caixa».

Tanta trapalhada não dá demissões?

«Ainda ontem dizíamos aqui que o Governo se especializou em mentiras. Não passou um dia para perceber que pequei por defeito».

Centeno para poupar Costa

«Paulo Rangel: Ministro das Finanças "mentiu" e a "única solução é demitir-se"».

P. S. Marcelo em silêncio intensifica o bailete!

Álvaro Santos Pereira: falar claro sobre corrupção e Portas

«Houve fraude na banca. Deve haver responsabilizados criminalmente».

Acções do BPI afundam 15%

«O BPI já esteve a cair mais de 19%, naquela que é a maior descida desde 1999. Os títulos tocaram em mínimos de Setembro de 2015».

Observador: Fact Check mais e melhor

«António Costa, enquanto estava na oposição, nunca usou o tema da dívida para atacar o Governo PSD/CDS?».

A banca que nos restou

«A CGD é agora o único banco controlado por portugueses. Depois da energia e das telecomunicações foi a vez da banca ser vendida. Também assim evitamos mais austeridade».

O desafio de Donald Trump

«Não tenho dúvida dos perigos, mas também das oportunidades, gerados pela chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos».

Mudanças na social-democracia europeia

«Schulz representa quase tudo aquilo que os extremismos em voga deploram: a moderação firme, a convicção não sectária, a inteligência anti-dogmática.Se porventura ganhar as eleições de Setembro próximo observaremos transformações de inequívoca importância».

Depois queixem-se

«A passagem de António Domingues pela Caixa continua a elucidar-nos sobre o estado das nossas elites».