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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quarta-feira, maio 11, 2011

Das Finanças ao MP

O conhecimento das equipas governamentais é um dado cada vez mais importante nas campanhas eleitorais. Contudo, actualmente, é tão importante conhecer o próximo ministro das Finanças como, por exemplo, conhecer quem vai liderar a Justiça e a Pocuradoria-geral da República. Da parte do PS, ninguém duvida quem serão os escolhidos.. Mas será que, em breve, os restantes partidos  terão a capacidade de apresentar os nomes que têm em carteira para travar o actual estado de desastre na Justiça e, em particular, no MP?

Reestruturação do IVA: malditos critérios

O IVA está a dar pano para mangas nesta fase de campanha pré-eleitoral. As declarações da reestruturação dos escalões do IVA têm provocado todo o tipo de cambalhotas. Aliás, basta verificar a grosseira diferença do tratamento da questão quando se trata da comunicação da oposição ou do governo (demissionário): quando se trata do PSD, é aumento de impostos; por sua vez, quando se trata do CDS/PP, então é  paisagem; por último, quando se trata do PS, é invocado o acordo da Troika. Da Troika? Mas o acordo com a Troika não foi negociado e assinado pelo governo (demissionário)?

Laurentino Dias e a bola

O secretário de Estado do Desporto (demissionário) foi desancado por Pinto da Costa por ter manifestado o seu desejo de ver o Braga ganhar a Liga Europa. Pobre Laurentino! Então um governante já nem pode confessar um sentimento de favorecimento do clube da sua própria terra?

Vieira da Silva: o desastre à vista

A possibilidade do PS ganhar as eleições é tão desastrosa quanto a aventada hipótese de Vieira da Silva assumir a pastas das Finanças do próximo governo. Aliás, a  péssima prestação do ministro Economia (demissionário), quiçá provocada pelos seus pesados afazeres de coordenação da mercearia partidária e eleitoral, não pode ser esquecida, nem que seja à custa de mais um qualquer truque de marketing político.

P.S. É interessante assistir ao lançamento do nome de Vieira da Silva para a pastas das Finanças no mesmo dia em que ficou a ser público a concessão de benefícios fiscais aos BPN e, obviamente, à J.P.Sá Couto. 

Os negócios entram na campanha

À medida que a corrida eleitoral avança para o período formal de campanha eleitoral, os negócios de Estado e com o Estado vão ser uma presença cada vez mais regular no debate. Porventura, não vai haver tempo suficiente para tudo, mas o escrutínio é necessário e importante. Afinal, com uma tal brutalidade de dívida pública e de défice, é preciso saber para onde foi tanto e tanto dinheiro.

terça-feira, maio 10, 2011

Por portas travessas

Um argumento para debater na campanha

Antes das eleições de 5 de Junho, a última palavra caberá ao presidente da República, na comunicação que fará ao país no dia anterior. É preciso que os eleitores saibam o que fará Cavaco Silva no caso de o PS ganhar as eleições com maioria simples. Se todos os líderes já recusaram um entendimento com José Sócrates, com vai ser constituído o governo do PS? Sem Sócrates? O presidente dará posse a um governo minoritário? Eis três questões essenciais que têm de ser clarificadas, de forma a permitir o juízo dos eleitores.

Reino Unido à espera do resultado das eleições

«Não se pode gerir uma união monetária com governantes como Sócrates».
Financial Times».
(Via 31 da Armada)

segunda-feira, maio 09, 2011

Financial Times: o colunista vai resistir à fúria socrática?

No debate entre Portas e Sócrates, Judite Sousa perguntou e bem. E Sócrates fez uma cara de espanto, como se fosse possível que o seu (tão competente?) gabinete lhe tivesse omitido um tal comentário no Financial Times. E para tirar quaisquer dúvidas, aqui fica a notícia da RTP: «Na coluna que assina no Financial Times, Wolfgang Münchau não poupa criticas ao Governo e ao primeiro-ministro português, que segundo ele, 'protagonizou um momento de tragicomédia', durante a sua comunicação ao país na semana passada. Na opinião deste comentador, a gestão da crise por parte do Governo português foi, e continua a ser 'aterradora'».

Paulo Portas arrasa Sócrates

O líder do CDS/PP esteve implacável. Portas conseguiu, por diversas vezes, desmontar impiedosamente a cassete de José Sócrates, cuja convicção já teve melhores dias. Só lhe faltou responder à letra quando Sócrates deixou no ar saber qualquer coisa (que não disse!) sobre os submarinos.

P.S. Judite de Sousa esteve a um nível excelente. Fez as perguntas que se impunham, sem se deixar perturbar pela experiência dos dois candidatos.

Preparem-se: vem aí o papão

Após a a presentação do programa eleitoral do PSD, vamos assitir a uma fortíssima campanha em defesa de um muito sui generis Estado Social. Sobretudo daqueles que tratam a saúde em clínicas privadas, têm os filhos nas melhores escolas privadas e vivem em condomínios de luxo.
De facto, quem sofre o corte nas reformas, quem definha com um subsídio de desemprego de miséria e quem desespera meses à espera de uma consulta e/ou de uma cirurgia sabe bem qual é o preço de uma qualquer Parceria Pública e Privada (PPP).
P.S. Hoje, os tempos são tão especiais que a notícia de uma doente oncológica que não tem lugar nos cuidados continuados dos hospitais públicos é quase uma não-notícia. Se calhar, não interessa nada. Nem interessa a quem enche a boca com o Estado Social.  

domingo, maio 08, 2011

PSD: a alternativa sem rodeios

Pedro Passos Coelho está renovado. E está a mostrar o que vale. Finalmente! A apresentação do programa eleitoral do PSD está aí. Com transparência. E com diferenças claras em relação às meias propostas dos socialistas. Em síntese: os eleitores. têm uma escolha facililitada. Afinal, haverá alguém que não esteja farto deste Estado gordo e tentacular, que tudo abafa e controla, que está mais ao serviço da nomenclatura do que do povo, e que quase arruinou o país?

P.S. As propostas do PSD revelaram atenção a áreas cruciais. A  revolução da Justiça e o fim de órgãos de comunicação social controlados pelo Estado (e ao serviço do governo) também fazem a diferença. É prova que os social-democratas estão ligados à realidade.

Convenção BE: a garantia do Estado Social

Francisco Louçã está em forma. E o Bloco de Esquerda mais vivo do que nunca. Além daqueles que se calaram, em nome da unidade (mais parecem comunistas, socialistas ou social-democratas da velha guarda), o partido mais esquerda com deputados na Assembleia da República continua ser igual a si próprio, tentando lançar as pontes para uma alteranativa de esquerda. O BE continua a ser a garantia que esta espécie de PS de Sócrates não seja ainda mais neoliberal do que a própria direita.

sábado, maio 07, 2011

José Sócrates precisa de ser muito, muito severamente castigado

 E a melhor maneira de o castigar é através da via eleitoral.

Pedro Passos Coelho: chegou a hora

Após a confirmação da ajuda externa necessária para tentar sair do atoleiro, e com a  confortável vantagem que decorre da desastrosa governação dos últimos seis anos, o líder do PSD tem de mostrar o que vale. É a hora. O facto de ser um outsider da política partidária e governativa é um trunfo para poder falar claro, como ontem, em que afirmou que no próximo governo não podem estar PSD e PS. É exactamente isso que o país precisa de saber e ouvir. Para poder escolher. Chega de paninhos quentes e de branqueamento da governação que levou o país ao desastre financeiro.

P,S, A clarificação na política é essencial. Vamos lá ver se Paulo Portas é capaz de dizer o mesmo: no próximo governo ou está o CDS/PP ou o PS?

Acordo com a Troika: É ou não é?

Não é por não haver cortes nos 13º e 14º meses que o acordo com a Troika é melhor ou pior. Muito pelo contrário. Porventura, o custo que teremos de pagar vai ser muito maior do que o corte dos dois meses extraordinários. É só fazer as contas... obviamente depois de 5 de Junho, quiçá daqui a um ou dois anos.
Em Portugal, José Sócrates deixa uma triste herança: O que é não é, e por vezes o que não é passa a ser. Eis um lema que poderia assentar muito bem no que se disse e continua a dizer sobre o acordo que a Troika impôs a Portugal.