SETEMBRO

«Interessante por vezes notícias inesperadas, como foi esta da condenação dos 14 bancos pela AdC no essencial, por cartelização dos produtos de crédito à habitação, consumo e às empresas. Recuei ao dia 6.03.2013, data da realização das buscas feitas conjuntamente pela AdC com o DIAP de Lisboa e o TIC e a PSP , em 25 instalações e 15 bancos, como refere o comunicado da AdC. Estava no DIAP nessa altura, a equipa fez uma directa e sentimo-nos realizados. As longas peripécias cronológicas constam no site da AdC. Apesar de todas as informatizações e lixo informático produzido, o governo nunca reconheceu a necessidade de um sistema informático adequado ao funcionamento autónomo do MP, em articulação com a as polícias e os tribunais, como condição de eficiência. Está há uns tempos a ser concebido por uma equipa da PGR. Sem falar da ausência de software de análise e pesquisa de dados, de produção de prova em julgamento. Não obstante o MP registou 445.611 inquéritos crime em 2018. Um tempo vazio nessa parte».

HONG KONG: IMAGENS PELA DEMOCRACIA

«Unrest in Hong Kong as protests turn violent – in pictures».

IPSE DIXIT... E BOA SEMANA

Ah, memória, 

inimiga mortal do meu repouso!

Miguel Cervantes

THE DOORS. WHAT ELSE?

ELISA FERREIRA: CROWD CHEERS

«Ana Gomes não cai no sistema como a seda...».

A ANGÚSTIA DA MAIORIA ABSOLUTA

«É um aviso à navegação (já à vista por esse mundo fora): com o crescimento do eleitorado flutuante, a tradição das escolhas democráticas e a identificação com os programas partidários tenderão a diluir-se em votos tácticos e de circunstância. Até ao momento em que se tornará indispensável reinventar a democracia – ou, como alternativa, a deixarmos agonizar num mero formalismo sem alma».

A JUSTIÇA DO JUIZ RANGEL

«O regresso dos juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante ao ativo, enquanto decorre a investigação de que são alvo por suspeitas de corrupção, é uma vergonha sem comparação recente na justiça».

COSTA E MARCELO: FRENÉTICOS E AGITADOS

«Para ganhar uns votos e para condicionar os jornalistas será que ainda há limites para esta dupla (geringonça institucional) no uso e abuso do poder de representar o Estado?».

DRAGI PUT: "POLITIZAÇÃO" DOS LUCROS E SOCIALIZAÇÃO DAS PERDAS?

«Ninguém pode ficar descansado enquanto não nos disserem qual o custo que a adoção (de forma prolongada) de uma política monetária desta natureza terá para o futuro da Europa e sem que nos garantam que não estamos, por analogia com a “Greenspan Put”, perante uma “politização” dos lucros e uma socialização das perdas».

COSTA E O PASSADO RECENTE

Como vão longe as ameaças a Bruxelas e às agências de rating... Se calhar isso não interessa nada...

E O BAILETE (ENIGMÁTICO) CONTINUA

Marcelo Rebelo de Sousa está preocupado com os "tempos difíceis ameaçados por subtis ditaduras", seja lá isto o que for ou queira dizer. Aliás, na senda de outros tempos, com uma ditadura real e nada subtil, o actual discurso do PR, tão enigmático quanto pomposo, - supostamente resultado de um olhar avulso lá para fora, mas só quando dá jeito -, alimenta o bailete em curso. Conclusão: muito pobre!

A NOITE E O TEMPO (IN)CERTO - II

«Importante é que, ao contrário do protagonista de A Única História, de Julian Barnes, não se fique satisfeito por não repetir os erros dos outros; o que mais importa é não repetir os nossos».

MATAR PARTE DO PAÍS

«O dossiê do Infarmed é o exemplo perfeito de como em política é possível dizer-se uma coisa hoje, o contrário amanhã e ainda o avesso do contrário no dia seguinte, passando tranquilamente por entre os pingos da chuva. O que começou por ser anunciado como facto consumado tornou-se matéria de estudo, acabando numa desistência disfarçada de pausa: para não ter de admitir que recuava, o Governo remeteu o assunto para a Comissão Independente para a Descentralização».

ANA GOMES E ENVC

Um trabalho sério de 13 páginas para mais tarde recordar.

TEMIDO E ESVAZIADO

Marta Temido, ministra da Saúde, sem qualquer peso político e, porventura, a que menos tempo ocupará o cargo, já tem resposta à sua sindicânciazinha à Ordem dos Enfermeiros. Interessante, interessante, seria fazer também uma sindicância, levada a cabo por gente independente, séria e competente, ao Ministério da Saúde. A avaliar pelo descaramento político com que tem reagido às sucessivas denúncias das Ordens dos Enfermeiros e Médicos o resultado havia de ser lindo... Mas não ultrapassável.

FOI VOCÊ QUE PEDIU CONTAS CERTAS?

«As contas certas do PS têm pés de barro, bem se vê. Fazem-se à medida de uma maioria absoluta para dispensar o escrutínio posterior. Poder-se-ia dizer que as promessas eleitorais são a fruta da época e que uma larga maioria delas tem um prazo de validade que termina na noite eleitoral. Perdoem-me por discordar disso. O compromisso com uma democracia de qualidade exige responsabilidade e transparência».

ELISA FERREIRA E OS FUNDOS EUROPEUS: A UE DA SEMANADA

«Para aqueles que continuam a viver na perspetiva da semanada, até pode ser que a pasta de Elisa Ferreira nos renda uns trocos. Infelizmente, não é mais um cheque do FEDER ou do Fundo de Coesão que vai resolver os problemas que temos pela frente. Oxalá o Presidente e os partidos que merecidamente perderam entretanto o título honorífico de “arco da governação” (PS, PSD e CDS) tivessem disso consciência».

ESCÂNDALOS JUDICIAIS LEGAIS?!

«Imagine que havia sérias suspeitas que um piloto de avião era alcoólico e que, enquanto não se apurava se era ou não alcoólico, continuava a pilotar diariamente aviões com centenas de passageiros. Estava de acordo? Viajava nesse avião? Deixava um familiar ou amigo, ou até um inimigo, viajar nesse avião? Eu não viajava nem deixava viajar. É uma vergonha para a Justiça e para todos nós que o juiz Rui Rangel tenha assumido de novo as suas funções de juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa».

"PERDOA-ME", É CAMPANHA

«A ideia de António Costa (que afinal era de Rui Rio, mas que já tinha sido aplicada pelos reitores), o "perdoa-me" do PAN e a social-democracia de Catarina Martins. Ainda em fase de pré-campanha, já há alguns tesourinhos para guardar. O que nos esperará mais até à ida às urnas?».

10 DE OUTUBRO DE 1999: O BLOCO E O DIA MAIS NEGRO DA DEMOCRACIA PORTUGUESA

«O politicamente correcto é apenas o nome politicamente correcto que chamamos, desde então, a esta crescente claustrofobia antidemocrática».

VIGILÂNCIA SEM MAIORIA

«PSP e GNR usaram 30 câmaras para vigiar motoristas».

FORÇA PORTUGAL

«Recurso da Operação Marquês nas mãos de juiz Rui Rangel».

ESQUERDA IGNORANTE E FOSSILIZADA

Há algo de assustador nesta Esquerda que está no poder. O voto parlamentar de condenação da instalação do Centro de Interpretação do Estado Novo é disso uma prova cabal. É de esperar que os cidadãos de Santa Comba Dão façam valer a cidadania. 

ANÚNCIOS SEM CASAS

«Merecemos o Livro de Recordes do Guinness. Temos um Governo que alcançou um feito inédito na política de habitação: em quatro anos conseguiu produzir mais anúncios que casas. Isto sim… é obra!».

O PARLAMENTO ERRA AO CONDENAR O MUSEU SALAZAR

«Numa democracia, o combate aos resquícios de uma ditadura como a do salazarismo não se faz com condenações proibicionistas; faz-se com o conhecimento da História. É também para isso que servem os museus».

MEMÓRIA E PELA VERDADE

COSTA... A CATAR

Falta de dinheiro? Não! Em campanha eleitoral há promessas, projectos e oportunidades para todos.

JOVENS E O VOTO NAS LEGISLATIVAS

«Há mais alunos no superior mas mais jovens sem trabalhar nem estudar. Portugal consegue ter taxas de inscrição no ensino superior acima da média da OCDE e o dobro dos “nem-nem” dos países parceiros, mostra relatório Education at a Glance».

NO PAÍS DE SUA MAJESTADE

«How the UK Security Services neutralised the country’s leading liberal newspaper».

O FACTOR BORIS

«O factor Boris não tem qualquer comparação com o factor Churchill em que se pretende inspirar e que as diatribes de Boris Johnson não são apenas um atentado à democracia britânica como também um disparate sem precedentes na história política recente do Reino Unido. Na verdade, um primeiro-ministro, que tem a sua fonte de legitimidade no Parlamento, não pode usar expedientes para desconsiderar a vontade desse Parlamento, especialmente quando está em causa a mais importante decisão da política britânica das últimas décadas».