Miguel Macedo: o erro que o vai levar à demissão

O ministro da Administração Interna voltou a fazer uma declaração em que manifesta a incapacidade de distinguir entre firmeza e a brutalidade policial, aliás, persistindo num erro que já tinha cometido quando comentou as cargas policias nas manifestações de 24 de Novembro de 2011 e do passado dia  22 de Março. Numa reacção a quente, mal preparada e infeliz, Miguel Macedo saudou a firmeza da polícia por causa de meia dúzia de arruaceiros, mas as imagens mostram uma carga policial indiscriminada sobre os manifestantes.

Finalmente porrada

As declarações irónicas do presidente da República e do primeiro-ministro num dia de greve geral, no actual contexto de crise excepcional, deram o resultado esperado: manifestações mais inflamadas e conflitos com a polícia. E o dia ainda não acabou.

Troika nein

«É indispensável construir um largo consenso político e social entre a agonia do Governo e a pressão apaixonada da rua em crescente desespero».

A comitiva

«Para que Portugal não fique num beco sem saída, a luta política não pode transferir-se para o plano do palavreado em que a mínima expressão usada pelo adversário seja rebatida como se configurasse uma ofensa de lesa-pátria, sem que mais nada aconteça».

Bode expiatório

«Não foi Angela Merkel a responsável pelo estado a que chegámos, pela crise em que nos mergulharam, pelo enorme endividamento das famílias ou pelos esquemas de corrupção que exauriram as contas públicas».

Acontecimentos pífios

A passagem da chancelerina por Lisboa quase que passava despercebida. Não fora umas centenas de manifestantes, o péssimo filme promovido por Marcelo Rebelo de Sousa e a obsessão de uma certa imprensa, a passagem de Angel Merkel por Portugal teria sido mais uma simples visita de um líder europeu. É o que dá aumentar as expectativas sem nada na manga. E levar a sério os elogios de circunstância.

Os donos da caridade

«A democracia é uma grande criação humana precisamente para que a dignidade de todas as pessoas seja respeitada».

Ruído nas escutas

«A maior ou menor amplitude legal de utilização das escutas não é matéria de interesse particular do MP e das polícias».

A resposta do próximo

«Esta crise inverteu o efeito relativo dos mecanismos comunitários. Portugal mudou e é daí que sairá a resposta aos nossos males, apesar de não darmos por isso».

Portugal é assim: o país palavroso

«Portugal não tem de ser sempre o que a nossa História comprova e o nosso presente confirma. Mas isso depende, em primeiro lugar, de cada um de nós, e não dos outros».

Spinning fiscal

«Mais carga!, repetia o monitor, implacável. O peso da máquina escondida tornava-se insuportável. O spinning fiscal era uma brincadeira totalitária e predadora. Não sentíamos as pernas, havia uma poça de suor debaixo de cada bicicleta. Ninguém podia sair»

Um método perigoso

«Falemos da transparência. Este executivo é tão translúcido quanto uma porta blindada. Desde a explosão fiscal aos cortes nos subsídios, o PM prometeu o oposto».

Discurso de vitória

«O melhor está para vir, disse Obama depois de ganhar o segundo mandato como presidente dos EUA».

Novo Obama

«Os EUA recuperaram respeito internacional, o direito à saúde chegou a todos e gerou-se uma nova aliança de jovens, mulheres, trabalhadores urbanos, hispânicos e negros que suplantaram os preconceitos do mainstream branco, protestante e individualista».

O dever de alternativa

«O debate político funciona hoje num circuito fechado em que o poder emite, os media transmitem e os comentadores cacarejam».

Discurso perigoso

«Só empobrecendo é que saímos da crise».

A refundação vista do meu bairro

«Os mais assanhados, indignam-se com os alemães e os seus acólitos. Os mais optimistas, aguentam, aguentam. Os mais vivaços, aproveitam que nem cucos a nesga de oportunidade que a desgraça alheia lhes vai proporcionando».

Fale, sr. dr. juiz!

«Mouraz Lopes, fez depender do salário a independência da judicatura. Ainda não retirou o que disse – nem que fosse para desfazer qualquer equívoco».

Os portugueses não podem ser enganados

«Veremos o que dentro de pouco tempo vai suceder aos gregos e aprendamos com eles pelo menos isto: não devemos deixar chegar o país ao estado em que a Grécia se encontra».

Nuno Ferreira versus Miguel Relvas

Depois de uma vergonhosa versão do dono, chegou o contraditório sobre mais este caso que envolveu Miguel Relvas, o cadáver político ambulante do governo. Mas lá que a história dá que pensar, lá isso dá. Pobre governo... Pobre jornalismo...