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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

segunda-feira, junho 21, 2010

Um momento de euforia

A vitória de Portugal já está na rua. Até os mais distraídos são obrigados a dar conta da goleada, anunciada pela força das vuvuzelas, com toque português. Não vem mal ao mundo participar. Não custa nada. O resto, o resto fica para as carpideiras continuarem a carpir.

Os campeões das escutas

Um simples googlar ou googar, para quem já perdeu a memória, entre outros atributos, permite constatar que os mais acérrimos críticos da utilização das escutas na comissão parlamentar de inquérito ao negócio da TVI são precisamente os que mais clamam pela possibilidade dos serviços de informações passarem a poder fazer escutas...legais.

sexta-feira, junho 18, 2010

Não há crimes políticos perfeitos

Passou a valer tudo

"Sim, houve participação governamental (em particular com origem no primeiro-ministro e executada por quadros do PS colocados em posições cimeiras em empresas em que o Estado tem qualquer forma de participação directa ou indirecta) numa tentativa de, em ano eleitoral, controlar vários órgãos de comunicação social, nomeadamente a TVI";

"Sim, o primeiro-ministro sabia, foi informado pessoalmente do que se passava e, por via indirecta, conhecemos indicações suas sobre o modo como os executantes deviam proceder. E, por isso, mentiu ao Parlamento. Ele não queria ter a fama (de controlar a comunicação social), sem ter o proveito (de a controlar de facto) e procedeu e permitiu que procedessem em consequência, conforme as suas intenções publicamente anunciadas no congresso do PS."
As resposta de Pacheco Pereira
in Sol

Um autor de excepção

José Saramago deixou uma obra ímpar. Porventura, "A Jangada de Pedra" é um dos livros mais actuais no contexto de crise europeia.

I've got a feeling

Nova Versão Out of Africa.

Simplesmente Mário Gomes Dias

O vice-procurador-geral da República está a exercer funções de forma ilegal. Vale a pena reflectir sobre este caso, não pelo magistrado em causa, mas pela situação vivida na própria procuradoria-geral da República.

quinta-feira, junho 17, 2010

Finalmente, estamos a salvo

A União Europeia passou a ter legitimidade para travar todo o tipo de desvarios eleitoralistas, tendo sido consagrado o princípio de análise dos orçamentos antes da aprovação parlamentar. De facto, é uma perda de soberania, mas a vantagem é de monta: a partir de agora, a governação de Sócrates será impossível de repetir.

Colocar o disparate no sítio certo

A proposta de eliminação de alguns feriados, que teve como porta-voz o deputado que ainda continua a fazer declarações aos jornalistas, teve a resposta merecida da parte de Vasco Lourenço: «A naturalidade com que se encara a comemoração do 25 de Abril noutro dia, vindo de quem vem, dá para rir porque, depois do que aconteceu, não é recomendável que se pronuncie sobre este assunto». De facto, falar da celebração do 25 de Abril ou da Justiça exige outro tipo de interlocutor.

Rui Teixeira: carrasco ou vítima?

O processo da Casa Pia não cessa de surpreender. Agora, foi a vez da Relação contrariar o veredicto da 1ª instância quanto à tão propalada ilegalidade da prisão preventiva de Paulo Pedroso. O juiz Rui Teixeira deve ter respirado de alívio, princípio do juiz natural à parte.

Read my lips

Retroactividade é diferente de retrospectividade.

União Europeia nas mãos dos especuladores

A cimeira entre os líderes da União Europeia, hoje, realiza-se a toque dos rumores do mercado. Os desvarios dos bancos, o eleitoralismo dos governos e a fraca liderança política de Durão Barroso estão a minar os fundamentos do projecto europeu.

quarta-feira, junho 16, 2010

Portagens nas SCUT's

A contestação sobe de tom no Norte, mas o país não dá conta. Por que será?

Problema ou fatalidade para Portugal?

Fui parar a um texto de Eugénio Rosa, no Cinco Dias (via Cortex Frontal), que analisa o súbito corte que o IEFP fez no número de desempregados. O autor do texto faz referência à credibilidade, ou falta dela, destes números por causa do instituto ser tutelado pelo governo.
A desconfiança está a aumentar nos últimos anos. Entre tantos outros exemplos, de sublinhar o recente relatório «Audit Medel Portugal 2010», do Movimento Europeu de Magistrados para Democracia e a Liberdade (MEDEL) que também alerta para o facto dos meios colocados à disposição de magistrados e investigadores dependerem do Ministério da Justiça.

terça-feira, junho 15, 2010

Nem a selecção escapa

Portugal alcançou um empate com a Costa do Marfim. A decepção generalizada só pode ter justificação pelo aumento artificial das expectativas levado a cabo nas últimas semanas. Curiosamente, é uma situação que faz lembrar o estilo de governação socialista que propala aos sete ventos o crescimento económico e ignora os resultados miseráveis do desemprego.

Portugal em festa: Força Ronaldo

Quem considera que os portugueses não comemoram os seus símbolos, por atavismo, ignorância ou falta de respeito pela história, tem uma oportunidade, hoje, para começar a fazer o mea culpa. A adesão do povo à selecção nacional de futebol é um exemplo gritante da capacidade de mobilização dos sentimentos nacionais. É a bola! Pois é. Porventura, o Estado, o regime e os políticos ajudaram a matar uma parte do orgulho nacional no passado.

Força vuvuzela

A forma dos adeptos sul-africanos expressarem apoio no Mundial de 2010 está a incomodar as almas sensíveis portuguesas. Porventura, preferem o espectáculo (audível em qualquer transmissão televisiva) dos adeptos a gritarem insultos e ameaças ao árbitro. Certamente, é uma questão de cultura...

segunda-feira, junho 14, 2010

Sócrates pediu compra da TVI

É o título do Correio da Manhã. Será que o pedido foi formal ou informal? E será que é suficiente para o incriminar politicamente (?) como referiu Pedro passos Coelho?

domingo, junho 13, 2010

Do disparate ao marketing no mundial

A selecção de futebol ainda não começou a jogar e já está entranhada a sensação de algo que não está a correr bem para os lados da equipa liderada por de Carlos Queiroz. Começou com o treino e a linguagem militares, depois foi a singela comparação dos jogadores com os navegadores quinhentistas e culminou com um discurso tão disparatado a propósito da lesão de Nani que todos desconfiaram da versão oficial. Como se não fosse suficiente, Cristiano Ronaldo fez uma declaração fantástica: «Os golos são como o ketchup». Qual ketchup? Heinz?

sábado, junho 12, 2010

Onde estão as provas?

É um dos mais cristalinos exemplos desta espécie de democracia formal. Vão ser precisas décadas para restaurar a credibilidade dos governantes, deputados e políticos, após o relatório da comissão parlamentar de inquérito relativo ao assalto governamental à estação de televisão TVI:
1. José Sócrates mentiu;
2. O relatório da comissão evitou formalmente a afirmação que o primeiro-ministro de Portugal mentiu à Assembleia da República;
3. As provas da mentira não fazem parte do relatório porque o presidente da comissão, Mota Amaral, o impediu no último minuto;
4. A divulgação dos despachos dos magistrados de Aveiro, autorizados à última da hora, comprovam que as provas que a comissão não quis utilizar são constituídas por escutas legais, que respeitam a vida privada dos visados, essenciais para descoberta da verdade;
Em síntese:
1. A manhosice do regime permite a José Sócrates continuar a governar;
2. O líder do maior partido da oposição parlamentar, Pedro Passos Coelho, aplaude e deixar cair a promesa de apresentação de uma moção de censura pela simples razão que o relatório da comissão não afirma expressamente que o primeiro-ministro de Portugal mentiu à Assembleia da República;
3. Aníbal Cavaco Silva, aterrado com a possibilidade de uma crise política, assume uma atitude de faz-de-conta e continua a marcha triunfal para a reeleição em 2011.
P.S. E as provas, senhores, onde estão as provas do estado a que isto chegou?