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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Nova revista digital

Chama-se In Verbis

Um país de bandeiras


Fiquei a saber das novidades através do Tomar Partido.
O carrinho do presidente da Assembleia da República vai passar a ostentar bandeirinhas (julga-se que duas, uma de cada lado) com as insígnias do Parlamento. Será que ainda vai haver espaço para uma terceira, a dos Açores? Ou até para uma quarta, a dos Estados Unidos da América?

domingo, dezembro 31, 2006

sexta-feira, dezembro 29, 2006

03:00 TMG

Saddam Hussein é enforcado.
A barbárie continua.

Difícil de comer e calar


A morte de seis pescadores, na Nazaré, num barco encalhado a poucas dezenas de metros do areal da Praia da Légua, constitui (para já!) a grande imagem de choque do final de 2006, cujos efeitos ainda estão por compreender na sua totalidade.
O naufrágio do barco ”Luz do Sameiro“ é a prova da falência dos serviços de socorro e emergência, que não pode permitir o silêncio pesado do ministro da Administração Interna, António Costa, sobretudo nas actuais circunstöncias.
A responsabilidade política é um instrumento essencial para a credibilidade das democracias, ainda que em casos pontuais não seja suficiente para garantir a resolução de problemas tão graves como a total barafunda que reina, há muitos anos, entre serviços e departamentos, com competências sobrepostas, que têm a responsabilidade de acorrer a este tipo de tragédias.
As imagens sucessivas de ministros a anunciar inquéritos, mais ou menos para levar a sério, começam a ser demasiado recorrentes e perigosas.

Cada vez melhor

As colunas de opinião de José Miguel Júdice, no Público , são uma referência indispensável.

Confirmação

A polémica sobre a constitucionalidade da Lei das Finanças Locais, com mais ou menos parecer gentilmente enviado pelo governo, só comprova a inutilidade do Tribunal Constitucional, que já ninguém respeita e que não deveria passar de um departamento do Supremo Tribunal de Justiça. Poupava-se dinheiro (pelo menos em assessores dos juízes) e ganhava a Justiça.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Em todo o esplendor


É o Brasil do crescimento económico de dois dígitos e do socialista Lula da Silva, que se mata à luz do dia em pleno século XXI. Para vergonha dos que defendem o capitalismo selvagem, o mercado e mais mercado de uma democracia formal, e que agora se remetem momentaneamente ao silêncio.

Crónicas do Sistema (XIII)







Entre a política do faz-de-conta e uma reforma há uma diferença abissal.









UM ESTILO INCONFUNDíVEL

Rui Rio e Ribau Esteves, dois dos mais promissores autarcas do país, ambos do PSD, decidiram dar um ar da sua graça no passado dia 26, recusando dar tolerância de ponto aos funcionários municipais.

A medida deu brado, tendo sido louvada, aqui e ali, sobretudo por aqueles que gostam de escutar o som da palavra competitividade enquanto saboreiam um Cohiba e um conhaque V.S.O.P.

Mas dito e feito, o que resta, em concreto, da medida?

Um sinal? Certamente, que sim. Mas pouco mais do que isso. Importaria muito mais saber o resultado de tal iniciativa, nomeadamente quantos processos pendentes foram despachados naquele dia de trabalho nas câmaras do Porto e de ílhavo.

Caso a iniciativa não tenha correspondido a resultados palpáveis, então temos de concluir que a motivação da decisão se terá ficado apenas pelo habitual show off para impressionar os mais distraídos.

É um estilo inconfundível que começa a fazer escola. Na verdade, o exemplo vem de cima, do governo da maioria socialista. Mas o que é importante, verdadeiramente importante, é saber se estas reformas, casuísticas e circunstânciais, servem para alguma coisa.

Para mais avaliar

A opinião de Carla Machado, sobre o ministro Mariano Gago.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Falar claro

” Num Portugal obcecado pela corrupção, da política ao futebol, ainda nenhum chefe de governo foi chamado a depor “.

Tirar conclusões

Não é uma novidade, mas é a notícia do dia.
A Comissão Europeia publicou um artigo em que Portugal é apontado como um exemplo negativo para os futuros membros da Zona Euro.
O mais surpreendente de tudo reside no facto de muitos dos responsáveis por políticas erradas e desastrosas, em Portugal, continuarem no poder, assegurando uma forte influência. Noutros casos, ainda mais extraordinários, alguns destes responsáveis passeiam palpites e opiniões através de colunas de opinião pagas a peso de oiro.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Saddam Hussein

A confirmação da condenação à morte, por enforcamento, revela o sucesso da nova democracia iraquiana, que resulta da invasão norte-americana. Felizmente, ainda há líderes políticos que são capazes de um discurso diferente, como Ramos Horta, primeiro-ministro de Timor, que aproveitou a influência da BBC para afirmar uma mensagem de paz ao mesmo tempo que condena a barbárie e os métodos sanguinários de Bin Laden.

Parece 1 de Abril

Jorge Morgado, da DECO, falou de concertação entre gasolineiras. O que aconteceu? Nada! Admirados? Não sei por que razão. Já a ANACOM tinha falado de concertação de preços entre as empresas de telecomunicações. O que aconteceu? Nada, obviamente.

domingo, dezembro 24, 2006

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Prendas de Natal para cromos de 2006*

Abel Mateus

As memórias de Cavaco Silva

Alberto Costa

Telefone directo para a Maçonaria

Ana Gomes

Pin verdadeiro do PS

António Costa

Uma semana em São Bento

António Filipe

Liderança do grupo parlamentar do PCP

António José Teixeira

Missão (Im)possível

Freitas do Amaral

Máquina de calcular

Carlos Coelho

Um par de óculos

Carmona Rodrigues

Um jogo Lego

Cavaco Silva

Duas semanas em São Bento

Durão Barroso

Lençol branco

Edite Estrela

Tinta para o cabelo

Fernando Pinto Monteiro

Conjunto de canecas (virtuais)

Fernando Teixeira Santos

Tom Tom (em filandês)

Fernando Rosas

”Um mundo sem medo“, de Baltasar Garzón

Filipe La Féria

Rio diferente

Francisco Louçã

As rotas dos voos secretos da CIA

Gatos Fedorentos

Volumes das comissão de inquérito de Camarate

José António Saraiva

Câmara iSight

José Manuel Fernandes

Um jornal novo

Joaquim Pina Moura

Conjunto de pilhas Duracell

Luís Amado

Carteira com espelho (em grande)

Luís Filipe Scolari

Miniatura de Gilberto Madail

Jorge Ferreira

Tomar Partido3

José Lello

Faixa do melhor aparatchik

José Sócrates

”É este o mundo em que queremos viver“, Eva Joly

Jorge Coelho

Bengala com cabo de prata

Jorge Sampaio

A história dos serviços secretos (brevemente nas bancas)

Mário Crespo

Viagem a Incirlik (Turquia)

Mário Soares

Novo livro de Rui Mateus

Manuel Pinho

Lista de futuros empregos

Marcelo Rebelo de Sousa

Papagaio-moleiro (vivo)

Maria José Morgado

Par de luvas

Marques Mendes

Balão de oxigénio

Manuel Monteiro

Um terço

Miguel Veloso

Um par de algemas verdes

Nuno Melo

Ampulheta digital

Paulo Azevedo

Frasco de remédios

Paulo Campos

Férias em Cuba (oferta dos assessores)

Paulo Morais

Novo mandato como autarca

Paulo Portas

Capa invisível

Pedro Santana Lopes

Escalfeta eléctrica

Paulo Teixeira Pinto

Operação para o espaço

Pacheco Pereira

Um compêndio sobre tráfego aéreo

Paulo Bento

Tubo de Ecstasy

Pedro Silva Pereira

Uma fotografia de José Sócrates

Pinto da Costa

Colecção sobre corrupção

Ricardo

Aviário (no cruzamento de Alcochete)

Ricardo Salgado

Aparelho anti-escuta

Valentim Loureiro

Camisola do Boavista Futebol Clube

* Em actualização

CIA à parte

Sócrates enaltece coesão entre PS, Governo e grupo parlamentar

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Promessa do primeiro-ministro

José Sócrates garantiu, solenemente, hoje, na Assembleia da República, durante o debate mensal, que o governo vai fornecer todas as informaçõs aos deputados portugueses e aos eurodeputados sobre os voos secretos da CIA que passaram por Portugal. A palavra do primeiro-ministro está politicamente empenhada, e muito bem, ainda que tardia, na descoberta da verdade sobre os voos que serviram para transportar suspeitos de actos terroristas que foram sequestrados, presos e torturados, que, entretanto, estão a ser liberatados por não se terem provado as suspeitas de que nunca se puderam defender legalmente.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Ex-presidente da ERSE já não vai ao Parlamento

É a notícia do costume. Só falta saber se a maioria socialista vai impedir os esclarecimentos de Jorge Vasconcelos, a título individual, como já é normal nos tempos que correm.

Frase do dia

” Precisamos que acreditem em nós, Ministério Público, na polícia e nos tribunais. Por isso, a hora é de trabalhar e não de falar “. Um discurso inteligente que é escrutinado na GLQL

Finalmente

Carolina Salgado vai beneficiar de segurança a cargo do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, assim como vários magistrados do processo Apito Dourado

Um exemplo de criatividade

Saiba quem é a personalidade do ano da Time

Em dia

” Os novos inquisidores “, de Eduardo Dâmaso.

É preciso mais do que declarações

A deliberação [da Entidade Reguladora da Comunicação Social sobre o Pú no caso Cintra Torres] e o seu teor merecem o meu repúdio. A Entidade Reguladora existe para garantir o cumprimento de regras necessárias à protecção da liberdade de imprensa. Não pode existir para ser um travão ou uma limitação à liberdade de imprensa.

Mendes acusa Governo de pôr mais "'boys' a comer à mesa do Orçamento"

domingo, dezembro 17, 2006

RTP I é uma vegonha

Os portugueses que residem no estrangeiro não sabem o que se passa em Portugal. Nem podem, com toda a certeza, se se servirem da programação da RTP Internacional. A realidade social, económica e política do país não fazem parte de uma grelha inqualificável, que transborda de lixo televisivo. Não sei quem é o responsável, nem me interessa, mas creio que chegou o momento de olhar com olhos de ver para um instrumento que poderia ser muito importante para a língua portuguesa e para a ligação com as comunidades portuguesas.
Importa questionar: os contribuintes devem continuar a pagar esta espécie de serviço público? Seguramente, não. O esforço dos contribuintes, em Portugal, deve ser orientado para outras prioridades muito mais importantes. Para ver programas de música, concursos, futebol, José Hermano Saraiva, tudo em harmonia com o ”Dança comigo“, sinceramente, há muitos outros canais por essa Europa que têm uma oferta muito melhor. A não ser que a RTP I seja uma simples coutada de alguns artistas ( da música e de outros sectores). Eis uma matéria interessante para a Entidade Reguladora da Comunicação se debruçar, mas com cuidado, não vá cair com tal atrevimento.

sábado, dezembro 16, 2006

António Cluny continua atento

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público criticou o silêncio do Governo em relação aos magistrados e agentes da autoridade vítimas de agressões e pressões.

E fala, fala, fala...

Alberto Costa veio a público elogiar a escolha de Maria José Morgado. Quem viu, e voltou a ver, ficou convencido que as declarações ministro da Justiça soaram a falso. É espantoso como um governante perde por falar demais sobre uma matéria sobre a qual deveria ter mantido uma atitude institucional. Apesar de ser o governo a indicar o Procurador-Geral da República, que, aparentemente, escolheu a procuradora-geral adjunta para coordenar o processo do ” Apito Dourado“, o espírito da separação de poderes, aconselhava mais reserva, o que só beneficiaria o governo e o Ministério Público.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

EM CHEIO

A escolha de Maria José Morgado para coordenar os processos relacionados com o caso Apito Dourado constitui o primeiro sinal de vida do Procurador-Geral da República. Ao colocar a procuradora-geral adjunta à frente de um caso desta envergadura, Pinto Monteiro dá um passo em frente na credibilização do Ministério Público. E começa a justificar, com actos, a escolha de José Sócrates e de Cavaco Silva.

Promete

O novo livro de Rui Mateus. Depois da 'bomba' editorial de 1996 - Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido', que passou entre os pingos da chuva partidária e política, o ex-colaborador de Mário Soares volta à carga. E que carga...

Internacionalização

O Daniel Oliveira e o Jorge Ferreira estão a esgrimir ”troféus“ profissionais. Ora bem, eu também tenho. Um deles em Macau, com abanões e gritos e à mistura. Como foi em cantonense, não percebi nada, logo não fui à esquadra da Polícia.

Foto do dia




Vale a pena passar pelo Jumento, para ver uma foto sobre o Iraque fantástica.

Tardio

O Correio da Manhã revela o arranque das investigações sobre as perseguições aos magistrados do Apito Dourado. Não deixa de ser estranho que só agora comecem a investigar.

terça-feira, dezembro 12, 2006

É demais

Segundo a TSF, o Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, pretende ter o livro de Carolina Salgado lido até ao final da semana, remetendo para essa altura uma decisão sobre as declarações da ex-companheira de Pinto da Costa.

Provocações


Regressado de uma curta semana de férias, mão amiga teve o cuidado de me enviar uma caricatura (alegadamente) sobre o último jogo do Sporting na Taça UEFA. Como só vi hoje a brincadeirinha, estou a pensar em retribuir com toda a amizade naval.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Salto em frente

O governo vai criar a Empresa de Serviços Partilhados da Administraçãoo P#250;blica (ESPAP), segundo o DN . O objectivo é gerir a reforma da Administração Pública, cobrando os seus serviços aos departamentos do Estado. Só falta saber quem vai liderar a empresa. Tem que ser uma pessoa que conheça bem os corredores da Administração. Jorge Coelho, Miguel Coelho, Narciso Miranda e António Galamba, entre outros socialistas, não podem ser discriminados.

sábado, dezembro 09, 2006

Crónicas do Sistema (XIII)




O arranque da segunda fase da ”Operação Furacão“ tem entusiasmado a comunicação social. Até quando?





MAIS DO MESMO

A grande ofensiva contra a corrupção e o branqueamento de capitais, ao mais alto nível, conheceu uma nova evolução.

Depois dos bancos, das empresas de consultadoria e de um punhado de escritórios de advogados, um ano e três meses depois chegou a vez das buscas às construtoras e a mais umas empresas avulsas, o que constitui, para já, mais um passo em frente no vazio.

Até agora, nada se sabe, em concreto, sobre o andamento das investigações que agitaram a alta finança, os grandes empresários e os barões da advocacia, ao contrário do que é normal (veja-se o caso espanhol da ”Operação Suéter“).

É preciso dar o benefício da dúvida a Cândida Almeida, que foi a grande derrotada na substituição de Souto Moura na liderança do Ministério Público, mas tal só se justifica se houver um sinal concreto em como a actual investigação está determinada em ir até às últimas consequências.

Das duas uma: ou estamos perante uma investigação que é para levar a sério, ou então estamos perante mais um show off, tão do agrado de uma uma nova elite no poder.

O tempo corre a favor dos que duvidam das capacidades da procuradora-geral adjunta, que lidera o DCIAP (super departamento do Ministério Público), em fazer avançar uma operação de tamanha envergadura.

O elogio fácil da comunicação social a uma das mulheres mais poderosas de Portugal, com mais e melhor informação, é o pior serviço que se pode fazer à super procuradora.

A magistrada merece mais, muito mais do que elogios de circunstância.

Não bastam umas buscas. Como também não basta fazer uma acusação tardia, como é o caso do deputado António Preto, se o processo estiver condenado em tribunal por erros clamorosos da investigação.

Numa investigação como a da ”Operação Furacão“ é preciso muito mais. É necessário exigência e determinação para não vacilar perante a influência do poder político, sobretudo num caso em que há suspeitas de poder haver ligações ao finaciamento partidário ilícito.

Em causa está a credibilidade da Justiça, a competência de Cândida Almeida e da sua equipa e o futuro do DCIAP, pelo que ainda é muito cedo para fazer a festa.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

É triste

Governo português recusa entrega de mais informação complementar sobre dezenas os voos da CIA que passaram por Portugal para não violar a lei do segredo de estado.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Há gatos e gatos

Os animais e os outros, que brilham, semanalmente, na RTP1, nem que seja a fazer humor com a morte dos outros. Obviamente, tal disparate está ao nível da vulgaridade e da tentativa de criar uma polémica que gere publicidade gratuita, logo mais audiências. Por aqui, não levam nada. A atenç:ão vai toda para o director de programas da RTP, Nuno Santos, e para o ministro (maleável) Santos Silva, que, certamente, terão uma palavra a dizer sobre o assunto.

Um dia especial

Por três razões concretas:
1. Vinte e seis anos depois da morte de Sá Carneiro, Amaro da Costa, António Patrício Gouveia, Snu Abecassis, Maria Manuela Amaro da Costa, Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa, a Justiça não conseguiu encontrar os culpados e o poder político continua a afundar-se em comissões de inquérito parlamentar e na possibilidade de legislar sobre um procurador especial;
2. O Tomar Partido celebra o terceiro aniversário;
3. Fiz o primeiro birdie da minha vida (buraco 16 do campo de golf da Aroeira).

sábado, dezembro 02, 2006

Para falar claro

Enquanto o governo se remete ao silêncio, cada vez mais pesado, a propósito das conclusões da comissão do Parlamento Europeu que está a investigar a passagem dos voos ilegais da CIA por Portugal, uma delegação daquela comissão chega a Lisboa, no próximo dia 6, para ouvir diversas personalidades.

PROGRAMA

QUARTA-FEIRA, 6

09h30 - 10h20
Maria Helena Faleiro de Almeida, directora do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).

10h30 - 11h20
Fernando Carvalho, Administrator da Navegação Aérea de Portugal (NAV).

11H30- 12h20
Manuel Jarmela Palos, Director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

(As audições realizam-se no Largo Jean Monnet, 1-6° - Lisboa)

16h00
Luis Amado, ministro dos Negócios Estrangeir

(Encontro com realiza-se no Ministério dos Negócios Estrangeiros
Palácio das Necessidades
Lisboa

LISTA DE PARTICIPANTES
1. Carlos COELHO
2. Sarah LUDFORD
3. Frieda BREPOELS
4. Wolfgang KREISSL-DÖRFLER
5. Raül ROMEVA I RUEDA
6. Ana Maria GOMES*

Esclarecimento adicional sobre novas audições

quarta-feira, novembro 29, 2006

Crónicas do Sistema (XII)


Chama-se Claudio Fava. Teve a colaboração do comissário Franco Fratini e de outros deputados europeus, como Carlos Coelho e Ana Gomes. Um político que vale a pena ler e escutar.



O ROSTO DA DIGNIDADE PARLAMENTAR


O deputado europeu italiano assinou um relatório arrasador para os serviços secretos norte-americanos e para um grande número de líderes europeus, entre os quais os portugueses (António Guterres, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e José Sócrates, para só falar nos primeiros-ministros), que insistem em deixar cair no esquecimento o óbvio, ou seja, que os governos europeus conheciam os planos dos norte-americanos.

Face às novas revelações da comissão do Parlamento Europeu, não deixa de ser chocante que as declarações de Luís Amado continuem impunes e sem uma fortíssima censura política. Afinal, para o ministro dos Negócios Estrangeiros, são os outros que lhe têm de provar que os voos da CIA, que transportaram e transferiram suspeitos de terrorismo, alvos de interrogatórios ilegais, para prisões clandestinas, passaram por Portugal com a cumplicidade, por acção ou omissão, das autoridades portuguesas.

Francamente, senhor ministro. É demais! Não há democracia que aguente tanta arrogância e irresponsabilidade política.

Quer uma sugestão? Leia o relatório do deputado Claudio Fava, pense um minuto e depois assuma as suas responsabilidades: dê explicações públicas aos portugueses, com verdade, sem sofismas nem truques de pacotilha, já que o primeiro-ministro de Portugal, aparentemente, julga este assunto uma questão menor.

terça-feira, novembro 28, 2006

Portugal é um dos visados

O Relatório da comissão de investigação dos voos ilegais da CIA não podia ser mais claro. Claudio Fava, relator da comissão de inquérito criada pelo Parlamento Europeu para investigar este caso, é taxativo: Onze dos 25 Estados membros da União Europeia, incluindo Portugal, estavam a par da política norte-americana que autorizava a CIA a transferir ilegalmente e a manter suspeitos de terrorismo detidos em prisões secretas. Qual será a reacção de Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros, que prometeu demitir-se no caso de ser provado o conhecimento por parte do governo português?

segunda-feira, novembro 27, 2006

Procurador especial

A posição do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público

Faz pensar

Os ecos de Guantánamo, no Blog da Informação.

Sem palavras

Cesariny.

O ministro (lamentável) maleável

Santos Silva não pára de impressionar. Depois da tirada do ”golpe constitucional“ se Cavaco Silva fosse eleito, chegou a vez da acçãção e da tentação controladora das têvês, onde está, porventura, para o ainda ministro, a verdadeira ameaça contra o governo. Mas no melhor tecido cai a nódoa: o que fará Santos Silva quando as televisões deixarem de fazer a cobertura de uma deslocação do primeiro-ministro, quiçá, do próprio ministro dos Assuntos Parlamentares, fora da agenda oficial?

Em On

Saldenha Sanches, no Correio da Manhã

quinta-feira, novembro 23, 2006

Evidências

A proibição do passeio (manifestação) dos militares, decretado pelo governo do PS, por interposto governador civil (uma espécie de inutilidade do regime) não resolve os problemas da instituição. Muito pelo contrário, só lhes confere mais visibilidade, cumprindo um dos objectivos dos seus promotores. A limitação dos direitos inalienáveis dos militares, que não deixam de ser cidadãos, apenas pretende esconder as causas do protesto, cuja responsabilidade é de suscessivos governos do PSD e do PS, e ainda das respectivas chefias (outra espécie de inutilidade, em número elevado, bem alimentada pelo regime), que prometeram, prometeram... e agora fazem de conta que o protesto não tem razão de ser. Para uns, é uma política de Estado. Para outros, porventura, é uma farsa.

A blogosfera que vale

Uma referência do Tomar Partido a propósito de um artigo de Pacheco Pereira, que marca a diferença.
P.S. Mas calma. Não vai tardar muito o anúncio de uma cerimónia qualquer, do tipo dar-lhe o nome de uma rua, onde estarão representados os homens do poder, de hoje e de ontem, bem como os oportunistas do presente e do passado.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Rapidamente

O Sporting, ou melhor, a SAD do Sporting tem a obrigação de explicar rapidamente o que se passou em relação ao negócio em que José Veiga surgiu como empresário, amigo ou intermediário na transferência de João Pinto. A novela das fadas é na SIC. No mundo real, ninguém acredita que o clube de Alvalade ainda tem 850 mil euros que ninguém reclamou ou que o jogador não recebeu 250 mil euros que lhe eram devidos.

terça-feira, novembro 21, 2006

E não se pode exportá-lo?

Segundo a agência Lusa, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva, encara a televisão pública como um meio de valorizar a identidade nacional, mas desde que tal se verifique de uma forma cosmopolita.

No alvo

”Ao ouvir dois dirigentes de associações empresariais dizerem que um aumento do salário mínimo para 400 euros poderiam pôr em causa algumas empresas só me ocorre chamar-lhes hipócritas. Descontados os 3% da inflação um aumento de 386 para 400 euros significa um aumento real de 4 euros. Com empresários destes não há país que progrida, só o são por herança e graças a um país sem concorrência que os mande para forma do mercado“.

Uma questão para o Provedor

É o serviço público em todo o esplendor.

Um exemplo

”O Cardia que eu conheci não se rendeu nem aos valores nem aos interesses instalados“.

Receita de contenção

O juiz conselheiro Artur Maurício, presidente do Tribunal Constitucional, alertou para a utilização quase frenética e por vezes abusiva da Constituição, para transferir as questões estritamente políticas para o campo jurídico-constitucional. Eis um problema com resolução fácil: é passar o Tribunal Constitucional para um secção do Supremo Tribunal de Justiça. Tal e qual. Já é tempo de acabar com um tribunal político, formado por uma maioria de juízes eleitos pelo poder político.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Em grande

A Estrada Poeirenta fez um post magnífico sobre a problemática das notas de euro (cerca de 290 milhões em 2005) que tiveram de ser colocadas fora de circulação por causa da serem utilizadas para snifar coca e fumar outras cavaladas. A receita é impacável: Para não se gastarem tantos milhões desnecessariamente, os bancos não podiam oferecer esferográficas multiusos? Como as farmácias fazem com as seringas? Isto é apenas uma ideia, um pensamento, sobre a utilidade marginal de um bem. Já agora, que análise faria Milton Friedman sobre este problema, caso fosse vivo?

Tudo para o parlamento

Marques Mendes vai requerer a presença de Fernando Pinto Monteiro e Alípio Ribeiro no parlamento. José Sócrates considera esta decisão muito infeliz. Por este andar, as comadres ainda se zangam e ...

Acabou a festa

Mega Ferreira anunciou a suspensão da Festa da Música devido à falta de verbas. Vai ser interessante seguir a gestão do Centro Cultural de Belém sem pasta ilimitada.

Palavra de magistrado

A almoçarada de São Bento não escapou ao Sine Die . Vale a pena ler o que diz um conselheiro sobre o assunto da semana, divulgado em primeira mão pelo semanário Sol.

Guerra interna

A agitação no PSD é demais. Até parece que vamos ter eleições nos próximos tempos.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Sem truques nem fingimentos

O primeiro-ministro garantiu, durante o congresso de Santarém, que o governo do PS não recorre a truques e fingimentos na elaboração do Orçamento de Estado. Curiosamente, o Tribunal de Contas, dias mais tarde, divulga um relatório em que afirma que há desorçamentação nas contas públicas.
Moral da história: Josç Sócrates já conhecia o relatório do TC ou estamos perante mais uma coincidência que começa a dar nas vistas.

Competitividade

Um exemplo português.

Faz falta

Uma criatividade tão brilhante na comunicação social.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Uma questão de tempo

Hoje, surgiu a confirmação oficial: acabou a caixa dos jornalistas. Não tarda nada, o poder rosa vai dizer que é atacado pela comunicação social porque lhes cortou um subsistema de previdência.
P.S. Declaração de interesses: concordo com a medida, só não concordo que lhe chamem (mais uma vez) reforma.

O que é plural é bom

Acabou o monopólio das televisões globais anglo-saxónicas. A estação de televisão Al-Jazeera começa, hoje, a emitir em inglês, para mais de 40 milhões de telespectadores.

Mais vale tarde ...

Marques Mendes acordou para o problema da corrupção em Portugal.

terça-feira, novembro 14, 2006

De saudar

Os espíritos (e as espíritas) do Carmo e a Trindade . Não dá para entender. É Lisboa! Promete!

Pressões

O ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino , considera ”lamentável“ o arrastar do processo da oferta pública de aquisição (OPA) da Sonaecom sobre a Portugal Telecom, tendo apelado a uma decisão rápida por parte da Autoridade da Concorrência. Um dos homens das contas do PS está farto de esperar: ” É mais do que tempo de evoluir neste processo“.
Primeiro cria-se uma entidade de regulação com todo o aparato e independência. Depois faz-se uma pressão q.b.. Se a decisão não agrada, então ignora-se o regulador. É assim, o modelo de regulação que o primeiro-ministro defende.
Será que o governo quer que Abel Mateus bata com a porta ou será que o concurso da televisão digital terrestre (mais um!) não pode esperar mais tempo ?

Stick to the plan (2)

A Polícia Judiciária realizou cerca de 40 buscas (operação ”Lavandaria Oriente“ ), que resultaram na constituiçãode sete arguidos suspeitos da prática do crime de branqueamento de capitais.

Pedrada no charco

José Apolinário apelou ao Governo para que garanta uma ligação de alfa-pendular entre Faro e Sevilha, pois considera que é uma linha prioritária em relação a uma possível ligação por TGV.

Sal e Pimenta q.b.

No dia em que é colocado nas bancas o livro de Pedro Santana Lopes - Percepções e Realidade - são conhecidas publicamente as buscas a quatro das cinco empresas que estiveram envolvidas na polémica adjudicação do SIRESP (sistema de comunicações das polícias) que ocorreu já depois da vitória eleitoral de José Sócrates. Haverá melhor razão para ler, com toda a atenção, o livro publicado pelo ex-primeiro-ministro?

segunda-feira, novembro 13, 2006

Memória


O acidente do Prestige foi há quatro anos.

Não é a mesma coisa

Segunda-feira sem polémica de futebol é uma seca. Substituir a discussão da bola que não entrou mas que poderia ter entrado pelos discursos que não foram feitos no Congresso do PS mas que poderiam ter sido não é nada bom para a saúde dos cidadãos. A propósito, Correia de Campos ainda deve estar a pensar como se deve fazer uma manobra moderada de marcha atrás.

Golf Report


O programa da SIC Notícias foi ao Campo de Belas filmar uma das maiores promessas do golf português (digo eu!). A não perder os próximos capítulos.

domingo, novembro 12, 2006

Humor socialista

Chama-se Bicho Carpinteiro .

Stick to the plan

O congresso do PS é na SIC Notícias, sem qualquer dúvida. A peça de Pedro Cruz , sobre o distante José Sócrates, é imperdível.

Quatro anos depois

O despacho de arquivamento do processo relativo aos gastos do Amadora Sintra é espantoso, sobretudo para quem seguiu outros processos, entre os quais se pode destacar um: o caso INDESP. Mas o mais impressionante é o silêncio, para já, do senhor Salvador Mello (entre outros, muitos outros), que tanto protestou contra as notícias e as conclusões do relatório da IGF.

Ventos de Espanha

Seria possível ao Ministério Público não ouvir, em sede de inquérito, Ricardo Salgado (BES), Teixeira Pinto (BCP), Costa Leite (Finibanco) e Oliveira e Costa (BPN)? Não há nada como uma Suéter para fazer avançar a Operaçã0 Furacão.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Ligeira sesta

Sonhei que o líder do PS iria fazer referência e/ou anunciar novas medidas para o combate à corrupção.

Impec

Pacheco Pereira assina um artigo de opinião no Público sobre ” A diferença entre um quiosque e a blogosfera “. Nos tempos que correm, em que a propaganda é tudo, de assinalar que PP não se referiu a si próprio, isto é ao nome do seu blog“ Abrupto .

quinta-feira, novembro 09, 2006

Alguém tem dúvidas?

Assessores de Sócrates rejeitam intervenção. Pois claro. Eles só poderiam tentar condicionar quem podem. Pressões e ameaças por causa de uma notícia desfavorável ao governo? Pois, eventualmente, mas só a quem lhes permitiria tais desaforos, certamente por ser em privado, em off ou em troca de alguma coisinha. Favorável, pois é evidente. Mas tudo em nome de Portugal, não é?

Pertinente

Uma questão com sentido.

5 ou 80 por cento?

A divergência entre os números do governo e dos sindicatos sobre a greve de geral é mais do que um caso para um inquérito parlamentar para saber quem é o mais mentiroso: é um caso de polícia.

Em andamento

Na véspera do congresso do PS, José Sócrates tenta adoçar a boca da esquerda. E conseguiu! A erupção vulcânica de autoridade sobre o capital apanhou tudo e todos de surpresa, mas ainda é cedo para fazer as contas finais. A encenação foi cuidadosamente preparada. A apresentação do Orçamento de Estado e a greve geral de dois dias, marcada pela CGTP e UGT, mereciam uma manobra de diversão à altura do momento: José Sócrates anunciou um ”ataque“ aos lucros da banca. A reacção do presidente da Associação de Bancos Portugueses mereceu uma declaração do ministro das Finanças, que já não manda nada, mas que apareceu no estilo (Stora Margarida - personagem da peça de teatro que está em cena no Casino do Estoril), a criticar a atitude de arrogância do representante da banca.

Ainda há esperança para o Iraque

É a primeira vítima da incompetência política da dupla George W. Bush/Condoleezza Rice. Acabou a diatribe de Donald Rumsfeld.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Não há limites?

Rui Rio, no seu estilo inconfundível, cada vez mais politicamente trauliteiro, comporta-se como se os dinheiros da Câmara do Porto fossem lá de casa, da sua, obviamente, em que pode pôr e dispor como quer e entende.
O anúncio do corte de todos os subsídios a fundo perdido, sem mais nem menos, devia ser suficiente para Rui Rio perder o mandato. A gestão dos dinheiros públicos, a que um autarca está obrigado, não se rege pelos critérios de uma dona de casa, ainda que muito competente e rigorosa.

Salvar a imagem

Tony Blair é o supremo mestre da política, porventura a qualidade mais apreciada por uma certa esquerda que inventou a Terceira Via. Depois de alinhar com uma estratégia criminosa em relação ao Iraque, ao lado de George W. Bush, o [ainda] primeiro-ministro declarou que é contra a condenação à morte de Saddam Hussein. Vale tudo para tentar salvar a imagem antes de abandonar o poder.
P.S. Só agora reparei que o Presidente da República, Cavaco Silva, está ao lado de Blair.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Conspiración?

“Buscas à sede do BES em Espanha ordenadas pelo juiz Baltasar Gárzon”.

Ironias

No momento em que Portugal tem na liderança do governo um ex-ministro do Ambiente, em Londres é apresentado um estudo sobre o aquecimento global, em que Portugal é um dos países responsáveis por maior emissão de poluição e que mais consequências poderá sofrer a curto e médio prazo.