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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Crónicas do Sistema (XIII)







Entre a política do faz-de-conta e uma reforma há uma diferença abissal.









UM ESTILO INCONFUNDíVEL

Rui Rio e Ribau Esteves, dois dos mais promissores autarcas do país, ambos do PSD, decidiram dar um ar da sua graça no passado dia 26, recusando dar tolerância de ponto aos funcionários municipais.

A medida deu brado, tendo sido louvada, aqui e ali, sobretudo por aqueles que gostam de escutar o som da palavra competitividade enquanto saboreiam um Cohiba e um conhaque V.S.O.P.

Mas dito e feito, o que resta, em concreto, da medida?

Um sinal? Certamente, que sim. Mas pouco mais do que isso. Importaria muito mais saber o resultado de tal iniciativa, nomeadamente quantos processos pendentes foram despachados naquele dia de trabalho nas câmaras do Porto e de ílhavo.

Caso a iniciativa não tenha correspondido a resultados palpáveis, então temos de concluir que a motivação da decisão se terá ficado apenas pelo habitual show off para impressionar os mais distraídos.

É um estilo inconfundível que começa a fazer escola. Na verdade, o exemplo vem de cima, do governo da maioria socialista. Mas o que é importante, verdadeiramente importante, é saber se estas reformas, casuísticas e circunstânciais, servem para alguma coisa.

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