A notícia do DN, que cita a Lusa, a ser rigorosa, diz tudo sobre o estado a que chegou o Ministério Público. E fica a citação para cada um poder fazer a sua opinião: «A procuradora do MP Teresa Almeida considera também que o ex-funcionário do Sistema de Informações de Segurança (SIS) Nuno Dias e a ex-operadora da Optimus Gisela Teixeira não devem ser condenados pelo acesso ilegítimo aos dados de faturação telefónica do jornalista Nuno Simas. Para a magistrada, Nuno Dias estava a cumprir ordens do superior hierárquico, neste caso Silva Carvalho. "Havia perceção de uma escala hierárquica nos serviços que foi tida em conta pelo MP", disse Teresa Almeida, adiantando que não há provas quanto a estes dois arguidos, que têm uma relação pessoal, casados».
Como cheira a alegação de última hora, resta esperar pela decisão do colectivo de juízes, liderado por Rosa Brandão. Por último, fica a dúvida legítima: a escala hierárquica dos serviços de informações, liderada por Júlio Pereira, é semelhante à escala hierárquica do MP, liderado por Joana Marques Vidal? Ou ainda: será que há uma moeda de troca?