A desforra de Sócrates

«Assim, a ruína nacional entrou numa nova fase. Mas talvez Sócrates ainda consiga a desforra, se Costa ficar na história ainda pior que ele».

Reestruturar a dívida ou adiar problemas?

«O que fica daquilo que é exequível na proposta dos nove economistas não é nenhuma reestruturação de dívida mas sim a busca de folga orçamental para adiar medidas impopulares».

O jogo da baleia azul e o hiperindividualismo

«Os “desinteressados da vida” formam um verdadeiro exército de pessoas desvinculadas, sem pertença, que vivem adormecidas numa indolência perigosa, em risco de serem recrutadas por líderes populistas e extremistas. Este recrutamento tanto pode servir para matar em nome de uma ideologia radical ou de um grupo terrorista (veja-se o tipo de recrutamento realizado pelo Estado Islâmico nos jovens europeus), como pode ser utilizado para morrer, num jogo absurdo e perverso, como é o caso da baleia azul».

Começou a jogar o Baleia Azul?

«"Saia o mais depressa possível e peça ajuda", diz Daniel Sampaio. Psiquiatra Daniel Sampaio falou com jovens que lhe disseram que há amigos e colegas vulneráveis contactados por curadores do desafio online».

Caixa até Almeida

«A Caixa deve manter um balcão em cada concelho».

França ao rubro

A declaração do debate, de Marie Le Pen: «De qualquer modo, a França será governada por uma mulher: ou eu ou Mme. Merkel».

Não tenho culpa da escravatura. E não pago.

«Nada tenho contra debates sobre a escravatura, nem investigação histórica sobre o tema. Mas vou já avisando que não tenho culpa nenhuma do que se escravizou e comerciou até ao século XIX».

O jogo viral da “Baleia Azul”

«Este é um jogo que procura como vítimas aqueles que se encontram de alguma forma mais fragilizados (problemas emocionais), e que por isso são alvos mais fáceis de manipular. Caso saiba ou suspeite de alguém, não fique indiferente e denuncie».

Envergonhem-se

«O que fez afinal Macron assim de tão grave para justificar o medo da esquerda portuguesa?».

Não é non

«A lição Donald Trump foi como ferro em brasa marcado na pele. O triunfo do populista impulsivo era tão improvável que se materializou. E 100 dias depois de o Mundo se ter contorcido de dores, o Mundo não acabou. É um Mundo que ainda se espanta com algumas das proclamações grotescas do presidente norte-americano, mas que, para o bem e para o mal, sobreviveu aos atropelos desta ratoeira da História. Porém, e já o escrevi em tempos, a normalização do radicalismo é a mais perigosa e bem-sucedida estratégia para ele se afirmar. Em particular num momento em que, na Europa e demais latitudes do chamado Mundo civilizado, os partidos tradicionais continuam a tatear de bússola na mão à procura de orientação e sentido estratégico».

O resultado da geringonça

«António Costa disse há dias que “tinha derrubado o último resquício do muro de Berlim” quando conseguiu o apoio desses partidos. Tem toda a razão. A queda do muro de Berlim é a derrota do comunismo e esses partidos, ao subscreverem o acordo com o PS, assinaram a sua própria rendição». 

Regresso ao trabalho com tranquilidade

É um sinal de progresso? O país está melhor? A avaliar pelo 1º de Maio de 2017 e pelo regresso ao trabalho tranquilo é caso para dizer que sim. Mas...  Não estaremos anestesiados, a esconder a cabeça na areia e esperando uma nova tempestade a qualquer momento?

A passividade da sociedade portuguesa

«Existem várias teses para explicar esta tranquilidade. Uma: o povo português é sereno. Pode ser. Mas não esqueçamos que o povo de brandos costumes foi uma reinvenção propagandística do António Ferro, há 80 anos. Outra: a emigração de quadros nos últimos anos retirou a Portugal uma massa crítica de pensamento e capital humano que permita mudar a atual dinâmica das coisas. Ao mesmo tempo, a globalização e a europeização desinteressaram dos problemas locais muitos quadros que vivem em Portugal. Também pode ser. Mas a consequência será aprofundar ainda mais o fosso entre as elites políticas e as restantes elites (culturais, académicas, empresariais), com péssimas implicações a médio prazo (ainda pior qualidade da classe política). Uma terceira explicação: os portugueses estão anestesiados pelo futebol, pelas férias, pelos pastorinhos e por outras tantas coisas. Se for verdade, é muito preocupante. Porque é o caminho certo para um qualquer populismo».

Até 2022

«A França decrépita, cheia de dívidas e desemprego, vai ficar mais cinco anos adiada com Macron no Eliseu. À espera da presidente Marine Le Pen».

Miguel Portas teve a condecoração certa

«Uma das vantagens de ter Marcelo na Presidência da República e não Cavaco Silva é que Marcelo é capaz de condecorar com a Ordem da Liberdade Miguel Portas. E de tudo o que sabemos de Cavaco (afinal, foram 20 anos na vida pública) aqui estava um gesto que ele evitaria a todo o custo fazer e haveria de arranjar um argumentário condizente».

Que se explique Passos Coelho

«"Querem deitar a mão às reservas do Banco de Portugal para rapar o fundo ao tacho". Foi assim que Passos Coelho se referiu à proposta do Grupo de Trabalho sobre a Dívida Pública para reduzir os futuros acréscimos de novas provisões do Banco de Portugal (BdP)».

Sem investimento

«Portugal foi, no ano passado, o país da UE com menos investimento público».

Contagem decrescente

«A eleição de Macron pode ajudar a pôr de lado finalmente as miragens ideológicas do breviário partidário com que tanto as esquerdas como as direitas populistas esfregam os ouvidos do eleitorado».

Fátima: fazer o pleno

«Com a esquerda conquistada à partida, a geringonça foi, aos poucos, graças às suas políticas ortodoxas, conquistando a direita, em especial as elites económicas. Fátima é excelente para chegar àquele bom povo que ainda tem um medo epidérmico dos ‘comunas’. O PS trabalha para as eleições, com a sociedade portuguesa toda na palma da mão».

Marcelo sempre jovem, no 1 de Maio de 2017

«Em democracia há coisas que são naturais, é como respirar. E é como respirar que no dia do trabalhador as centrais sindicais, como os sindicatos, como os trabalhadores sejam reivindicativos. Seria mesmo anormal se não fossem, se dissessem 'estamos felizes com aquilo que se passa' e não dissessem 'queremos mais e queremos melhor'».