O novo líder do PSD está a fazer um início de mandato com a observância de todas as regras elementares de prudência: falar o menos possível, passar mensagens cirúrgicas, designar um líder parlamentar experiente e credível (Miguel Macedo) e anunciar a renúncia a todos os cargos que desempenhou nas empresas de Ângelo Correia. Agora, é preciso não lhe faltar energia para o resto, que é o principal. No próximo fim-de-semana, uma declaração clara sobre a negociata dos submarinos poderia ser um bom ponto de partida para a marcar a diferença com o velho PSD.
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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher
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quinta-feira, abril 08, 2010
quarta-feira, abril 07, 2010
Saber estar... do lado certo
Ana Gomes é do PS, mas não se confunde com a corte de José Sócrates. Tem opinião própria e não tem medo de a afirmar publicamente.
Comissão de Defesa à porta aberta
António Filipe, com a habitual sagacidade política, avançou com o repto de abrir a comissão parlamentar de Defesa à comunicação social. Eis uma proposta – só peca por ser tardia – que pode ajudar ao esclarecimento da negociata dos submarinos e colocar um ponto final ao "tradicional" manto de silêncio sobre as aquisições de equipamento militar. Tudo, obviamente, por razões de Estado e de interesse nacional.
O acordo dado pelos partidos da oposição parlamentar e a posição titubeante de Marques Júnior fazem prova da oportunidade da proposta do deputado comunista.
Zangam-se as comadres...
Muita coisa certeira tem sido dita na comissão de Ética. E verdadeiras revelações continuam a ser feitas a propósito das relações entre o poder político e a comunicação social. Eis a razão pela qual a sua constituição incomodou muita boa gente e mobilizou tantos e tantas a desvalorizar as audições das mais diferentes personalidades.
P.S. As atoardas e as declarações desiquilibradas não desclassificam a comissão nem o trabalho dos deputados, apenas caracterizam ainda mais cristalinamente os seus autores.
P.S. As atoardas e as declarações desiquilibradas não desclassificam a comissão nem o trabalho dos deputados, apenas caracterizam ainda mais cristalinamente os seus autores.
terça-feira, abril 06, 2010
Acta para que te quero
Os submarinos continuam a dar. Agora, é uma acta que desapareceu... Entretanto, Pedro Passos Coelho continua a manter o silêncio sobre a negociata do "Bloco Central". E José Sócrates – e muito bem – manda continuar a surfar a onda.
segunda-feira, abril 05, 2010
domingo, abril 04, 2010
Do Vaticano ao negócio TVI
A desculpa do Vaticano em relação ao desastrado sermão do padre Raniero Cantalamessa – que comparou os ataques à Igreja a propósito da pedofilia com a perseguição aos judeus – faz recordar algumas das desculpas esfarrapadas de alguns dos principais interlocutores dos recentes escândalos portugueses. Por exemplo, o Vaticano alegar que desconhecia as palavras do pregador pessoal de Bento XVI é tão extraordinário como José Sócrates desconhecer a tentativa de compra da TVI.
sábado, abril 03, 2010
Submarinos... e a AutoEuropa
O almirante Vieira Matias prestou um péssimos serviço a todos aqueles que ainda continuam a defender o processo de aquisição de submarinos. Ao deixar no ar a eventual "ameaça" dos alemães poderem retaliar com os investimentos realizados em Portugal, o ex-chefe do Estado-Maior da Armada (1997-2002) apenas validou a investigação em curso, jornalística, judicial e política.
P.S. Agora, começa a ser perceptível a nomeação de Augusto Santos Silva para a pasta da Defesa. Força, senhor ministro!
Jornais e a internet
Os jornais nada têm a temer na competição com a internet. Muito pelo contrário. Ricardo Costa já o percebeu, beneficiando das sinergias com a SIC, como revela a home page do Expresso.
terça-feira, março 30, 2010
Submarinos ... a meter água
Enquanto Ana Gomes continua a ser uma das únicas vozes a pedir explicações sobre a aqusição de dois submarinos, e Pedro Passos Coelho continua a manter o silêncio sobre o assunto, o Der Spigel já avança com um suborno.
Benfica versus Porto: E o resto é treta
Luís Filipe Vieira e Jorge Nuno Pinto da Costa tomaram conta do prime time. Comissões de inquérito? Desemprego? Crise? Who cares? Hoje, tal como ontem, o futebol continua a dar. E, quem sabe, é a melhor resposta para distrair a malta da crise.
segunda-feira, março 29, 2010
Estado de cegueira
Os seis cidadãso portugueses que entraram num hospital público a ver e sairam cegos ficaram a conhecer as indemnizações propostas pelo Estado. Os valores são um escândalo tão grande como a justificação adiantada: as indemnizações propostas são mais elevadas do que as que poderiam ser obtidas em tribunal.
sábado, março 27, 2010
Pedro Passos Coelho: repetir o passado?
Conseguiu ganhar, beneficiando da ajuda de todos os "santos". E mereceu a vitória pela convicção na capacidade para liderar o partido. A partir de agora, o PSD libertou-se um pouco mais do fantasma do cavaquismo.
Pedro Passos Coelho merece o benefício da dúvida. Mas o passado ainda está muito presente. E está fora do Parlamento, tem de conviver com um grupo parlamentar politicamente hostil e tem como seguro de vida um pouco mais de cinco por cento dos votos do que Luís Filipe Menezes obteve em Abril de 2005.
sexta-feira, março 26, 2010
De Sol em Sol
É uma das mais espantosas revelações do processo "Face Oculta": o primeiro-ministro de Portugal a falar em código com um dos administradores de um dos maiores bancos privados. E se não acredita, basta ler Aqui.
quinta-feira, março 25, 2010
O início da fuga
José Sócrates pirou-se para Bruxelas, mesmo a tempo de escapar à discussão parlamentar sobre o PEC. Felizmente, o primeiro-ministro Fernando Teixeira dos Santos, perdão, o ministro de Estado e das Finanças conseguiu arranjar agenda para estar presente.
É o Magalhães, senhores
As revelações em comissão de inquérito ao computador Magalhães e à actuação da Fundação para as Comunicações Móveis têm sido arredadas para as páginas interiores dos jornais e para o fim dos alinhamentos das televisões e rádios. Por que será?
PEC: Qual é o limite?
A barragem mediática que está a ser exercida sobre o PSD, para dar a sua bênção ao PEC, dá a exacta noção da governação de José Sócrates à base da chantagem política. O objectivo é claro: tentar fazer esquecer quem atirou o país para a actual situação e comprometer o partido da alternância. A sobrevivência futura do PSD vai depender da aceitação ou recusa desta estratégia de encostar à parede, permanentemente, a oposição. Francisco Louçã, Jerónimo de Sousa e Paulo Portas já o perceberam. Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel também
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