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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

domingo, março 29, 2020

O QUE AINDA FALTA NOS HOSPITAIS

O QUE SOBRA E O QUE RESTA...

«Considerar que tem de se tratar da questão biológica e médica, sem atenção às condições sociais, económicas e políticas, é miopia indesculpável ou intenção eugenista inaceitável. Quem tem duas assoalhadas, sem aquecimento, para seis pessoas, não tem as menores condições para “ficar em casa” e se salvar. Quem vive em lares miseráveis está condenado. Quem não tem meio de transporte seguro não tem acesso a alimentos frescos. Quem não tem instrução não percebe as recomendações. Quem vive nos arredores ou em isolamento não consegue chegar com segurança às instituições. Quem não tem emprego não consegue comprar pão. Quem é despedido não pode tratar da saúde dos seus. Quem tem pensões mínimas fica sem capacidade de acorrer ao que é necessário. Quem vive no limite da sobrevivência não chega ao que já é mais caro e inacessível. Quem não tem meios não pode contrariar os mercados negros que proliferam. Quem não tem wireless, telefones modernos, telemóveis à altura, iPad capazes, conhecimento informático avançado e assinaturas de redes, não tem meios para ser informado devidamente. Quem vive sozinho e tem problemas de deslocação fica nas margens da sociedade. Quem tem outras doenças e insuficiências vive em pânico».

sábado, março 28, 2020

COVID2019: SEM PERDÃO!

RELAÇÃO ENTRE A SOLIDARIEDADE E CONFIANÇA MÚTUA NA EUROPA

MP E OS TEMPOS PRÓXIMOS

O MP vai abrir um inquérito às declarações de André Ventura sobre a deputada eleita pelo partido Livre. Não, não é uma anedota para aliviar a tensão da crise. Nem é é para rir. Será o princípio da rolha que vem por aí a caminho? Não passará!

P. S. O MP já abriu inquérito e mandou investigar as mortes nos lares de idosos? E quanto às negociatas que já circulam por aí publicamente?

DIGA COMIGO: APAMETAL!


sexta-feira, março 27, 2020

MAKE IT OR BREAK IT

Podia ser um slogan... É justo! Ana Gomes no seu melhor!

E DEPOIS DA MOLA... O PLANALTO... E MUITA CONVERSA FIADA

Graça Freitas não está à altura do cargo. E parece não perceber (merecer) a paciência demonstrada por todos. Por isso é preciso que explique, sem recurso à mediocridade das meias palavras, o que se passa em Vila Real e Resende. O abandono dos mais idosos e dias a fio à espera de resultados têm de ter um responsável. Um cargo e uma bata não são sinónimo de competência. E não garantem impunidade...

À ATENÇÃO DO PM

«Não vale a pena dizer que há, não há».

P. S. O modelo destas conferências tem os dias contados...

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA: AINDA EXISTE?

Depois da última reunião do passado dia 13 nunca mais ouvimos falar do Conselho Nacional de Saúde Pública. Nem do seu porta-voz, Jorge Torgal! A ministra da Saúde já dispensou o conselho dos especialistas? 

QUEM NÃO TEM DINHEIRO VAI VIVER DE QUÊ?

A HORA DAS NEGOCIATAS

É nestes momentos excepcionais que os mesmos de sempre aproveitam para fazer todo o tipo de negociatas, do Estado aos privados. Vai ser (ou já está a ser) um maná para os corruptos e oportunistas.

O DESESPERO DOS MAIS FRÁGEIS

quinta-feira, março 26, 2020

SOU MÉDICO E O PRIMEIRO-MINISTRO OFENDEU-ME

UMA NOVA EUROPA: PREPARADOS?

O bloqueio alemão e holandês aos EuroBonds continua no Conselho Europeu (19H26). E depois do Brexit, podemos estar a assistir à última machadada no projecto europeu.

COSTA A DESCOBERTO TOTAL




A situação de crise de saúde pública internacional provocada pelo novo coronavírus representa um desafio ímpar a nível económico e de organização dos sistemas de saúde para qualquer país, independentemente do ponto de partida. Portugal não é certamente exceção e, precisamente pelas carências que já antes enfrentávamos, não podemos descurar a antecipação de todas as medidas possíveis para preparar o país e os seus vários setores para a pandemia que estamos a viver.

O primeiro caso de COVID-19 no nosso país foi noticiado no dia 2 de março, o que nos deveria ter proporcionado uma margem de manobra superior à de outros Estados que foram confrontados com o surto mais cedo e em fases em que a informação sobre as medidas a tomar era mais incipiente. Infelizmente, é entendimento da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros e da Ordem dos Farmacêuticos que o Governo, e o Ministério da Saúde em particular, não têm estado a acautelar medidas básicas e que podem comprometer todo o esforço de combate a este surto, de que é exemplo máximo a escassez de equipamentos de proteção individual.

Às três associações profissionais continuam a chegar milhares de relatos de situações muito difíceis que os nossos profissionais de saúde estão a enfrentar no terreno sem estar devidamente acautelada a proteção das suas próprias vidas, dos seus familiares e dos seus doentes. De resto, a falta de equipamentos de proteção individual está a contribuir para que entre o número de infetados, ou de pessoas colocadas em quarentena por contacto com caso positivo, estejam muitos profissionais de saúde.

Não estaríamos a cumprir o nosso papel de associações de interesse público, em defesa dos direitos dos nossos doentes e dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos, se não transmitíssemos a V. Exa. a preocupação real de, quando atingirmos o pico da pandemia, não dispormos nos nossos hospitais e centros de saúde de um número profissionais de saúde suficiente, em virtude de terem adoecido. Neste momento são várias as falhas de segurança, faltando desde máscaras, a luvas, fatos de proteção e desinfetantes alcoólicos, o que é extensível à rede de farmácias.

A este propósito, atente-se a uma notícia vinda a público no dia 24 de março, de Espanha, com o diretor do Centro de Emergências e Alertas de Saúde do Ministério da Saúde espanhol a admitir que aquele país conta com mais de 5400 profissionais de saúde com COVID-19 por os stocks de equipamentos de proteção individual não terem sido suficientes. Os casos de COVID-19 entre profissionais de saúde representam em Espanha 12% do total de infeções, contra 8% em Itália e 4% na China.

Complementarmente ao acima exposto, gostaríamos também de lhe transmitir uma outra preocupação relacionada com os profissionais de saúde com exposição a SARS-CoV-2 e as orientações existentes para testagem dos mesmos. Na verdade, a Orientação 013/2020, publicada pela Direção-Geral da Saúde no passado dia 21 de março, mesmo nos casos de alto risco de exposição, apenas prevê uma vigilância ativa do profissional, e, só perante febre ou sintomas respiratórios compatíveis com COVID-19, serão iniciados os procedimentos de caso suspeito, como a realização de exames laboratoriais.

Esta aplicação conservadora dos testes, tanto nos profissionais como nos casos suspeitos entre cidadãos, vai em sentido contrário ao que se tem feito em países que têm publicado alguns artigos com os bons resultados no controlo do surto através desta metodologia, como Islândia, Alemanha, algumas zonas de Itália ou Coreia do Sul. Os primeiros dados, agora consolidados, de que a infeção pode ser assintomática em muitos dos cidadãos reforça a importância de testar mais pessoas na fase de mitigação em que nos encontramos.

Vivemos tempos extraordinários, em que todos temos de tomar decisões com base em muito pouca informação, mas temos já uma certeza: antecipar, proteger e testar são três metodologias sem as quais nunca poderemos obter os melhores resultados para Portugal e para os portugueses.

Continuaremos a dar todo o apoio e colaboração à Autoridade Nacional de Saúde e ao Governo, como tem acontecido desde a primeira hora. E, acima de tudo, continuaremos empenhados em servir Portugal, tratando e salvando a vida dos portugueses, garantindo o capital humano necessário para que possamos desempenhar a nossa missão com os melhores resultados possíveis.

Precisamos da sua ajuda. Ajude-nos a proteger todos aqueles profissionais que cuidam de nós.

Muito obrigado.

Atentamente,

O Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Miguel Guimarães

A Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Prof.ª Ana Paula Martins

A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enf.ª Ana Rita Cavaco

ESPANHA: O CAOS AQUI AO LADO

O descalabro que se está a passar em Espanha, liderada pelos socialistas e a extrema-esquerda, vai ter um preço a pagar em Portugal. Será o tempo de começar a questionar o encerramento escandalosamente tardio das fronteiras? E de aprender com o erro?

TANTOS LARES SOBRELOTADOS! TANTOS HOTÉIS VAZIOS!

DRAGHI ALERTA

O PRIMEIRO-MINISTRO DESPREZA OS MÉDICOS PORQUÊ?