As palavras de Fernando Pinto Monteiro ao programa "Gente que conta", da TSF, revelaram cristalinamente por que razão o Ministério Público vive um dos piores momentos da sua história. Em vez de colocar as questões com frontalidade e rigor, o PGR limitou-se a uma atitude autojustificativa e a sacudir a água do capote, como se a generalizada desconfiança em relação à Justiça fosse da responsabilidade de todos menos do líder do Ministério Público.
Cada um invoca a "crise externa" que mais lhe convém para disfarçar as responsabilidades próprias. Mas até numa entrevista dócil, para não lhe chamar incompetente, a informação ficou a ganhar. Basta atentar aos elogios do PGR ao actual ministro da Justiça, Alberto Martins, e até ao anterior, Alberto Costa. Está tudo dito!
P.S. Com tanta gente «elegante e sensata» a mandar na Justiça, aliás, bem secundada por quem tenta iludir os portugueses, o PGR não escondeu a ânsia de conseguir transformar o "segredo de Justiça" numa nova versão de "segredo de Estado". É o velho sonho de uma Lei da Rolha para os jornalistas.
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