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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

domingo, dezembro 17, 2006

RTP I é uma vegonha

Os portugueses que residem no estrangeiro não sabem o que se passa em Portugal. Nem podem, com toda a certeza, se se servirem da programação da RTP Internacional. A realidade social, económica e política do país não fazem parte de uma grelha inqualificável, que transborda de lixo televisivo. Não sei quem é o responsável, nem me interessa, mas creio que chegou o momento de olhar com olhos de ver para um instrumento que poderia ser muito importante para a língua portuguesa e para a ligação com as comunidades portuguesas.
Importa questionar: os contribuintes devem continuar a pagar esta espécie de serviço público? Seguramente, não. O esforço dos contribuintes, em Portugal, deve ser orientado para outras prioridades muito mais importantes. Para ver programas de música, concursos, futebol, José Hermano Saraiva, tudo em harmonia com o ”Dança comigo“, sinceramente, há muitos outros canais por essa Europa que têm uma oferta muito melhor. A não ser que a RTP I seja uma simples coutada de alguns artistas ( da música e de outros sectores). Eis uma matéria interessante para a Entidade Reguladora da Comunicação se debruçar, mas com cuidado, não vá cair com tal atrevimento.

sábado, dezembro 16, 2006

António Cluny continua atento

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público criticou o silêncio do Governo em relação aos magistrados e agentes da autoridade vítimas de agressões e pressões.

E fala, fala, fala...

Alberto Costa veio a público elogiar a escolha de Maria José Morgado. Quem viu, e voltou a ver, ficou convencido que as declarações ministro da Justiça soaram a falso. É espantoso como um governante perde por falar demais sobre uma matéria sobre a qual deveria ter mantido uma atitude institucional. Apesar de ser o governo a indicar o Procurador-Geral da República, que, aparentemente, escolheu a procuradora-geral adjunta para coordenar o processo do ” Apito Dourado“, o espírito da separação de poderes, aconselhava mais reserva, o que só beneficiaria o governo e o Ministério Público.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

EM CHEIO

A escolha de Maria José Morgado para coordenar os processos relacionados com o caso Apito Dourado constitui o primeiro sinal de vida do Procurador-Geral da República. Ao colocar a procuradora-geral adjunta à frente de um caso desta envergadura, Pinto Monteiro dá um passo em frente na credibilização do Ministério Público. E começa a justificar, com actos, a escolha de José Sócrates e de Cavaco Silva.

Promete

O novo livro de Rui Mateus. Depois da 'bomba' editorial de 1996 - Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido', que passou entre os pingos da chuva partidária e política, o ex-colaborador de Mário Soares volta à carga. E que carga...

Internacionalização

O Daniel Oliveira e o Jorge Ferreira estão a esgrimir ”troféus“ profissionais. Ora bem, eu também tenho. Um deles em Macau, com abanões e gritos e à mistura. Como foi em cantonense, não percebi nada, logo não fui à esquadra da Polícia.

Foto do dia




Vale a pena passar pelo Jumento, para ver uma foto sobre o Iraque fantástica.

Tardio

O Correio da Manhã revela o arranque das investigações sobre as perseguições aos magistrados do Apito Dourado. Não deixa de ser estranho que só agora comecem a investigar.

terça-feira, dezembro 12, 2006

É demais

Segundo a TSF, o Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, pretende ter o livro de Carolina Salgado lido até ao final da semana, remetendo para essa altura uma decisão sobre as declarações da ex-companheira de Pinto da Costa.

Provocações


Regressado de uma curta semana de férias, mão amiga teve o cuidado de me enviar uma caricatura (alegadamente) sobre o último jogo do Sporting na Taça UEFA. Como só vi hoje a brincadeirinha, estou a pensar em retribuir com toda a amizade naval.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Salto em frente

O governo vai criar a Empresa de Serviços Partilhados da Administraçãoo P#250;blica (ESPAP), segundo o DN . O objectivo é gerir a reforma da Administração Pública, cobrando os seus serviços aos departamentos do Estado. Só falta saber quem vai liderar a empresa. Tem que ser uma pessoa que conheça bem os corredores da Administração. Jorge Coelho, Miguel Coelho, Narciso Miranda e António Galamba, entre outros socialistas, não podem ser discriminados.

sábado, dezembro 09, 2006

Crónicas do Sistema (XIII)




O arranque da segunda fase da ”Operação Furacão“ tem entusiasmado a comunicação social. Até quando?





MAIS DO MESMO

A grande ofensiva contra a corrupção e o branqueamento de capitais, ao mais alto nível, conheceu uma nova evolução.

Depois dos bancos, das empresas de consultadoria e de um punhado de escritórios de advogados, um ano e três meses depois chegou a vez das buscas às construtoras e a mais umas empresas avulsas, o que constitui, para já, mais um passo em frente no vazio.

Até agora, nada se sabe, em concreto, sobre o andamento das investigações que agitaram a alta finança, os grandes empresários e os barões da advocacia, ao contrário do que é normal (veja-se o caso espanhol da ”Operação Suéter“).

É preciso dar o benefício da dúvida a Cândida Almeida, que foi a grande derrotada na substituição de Souto Moura na liderança do Ministério Público, mas tal só se justifica se houver um sinal concreto em como a actual investigação está determinada em ir até às últimas consequências.

Das duas uma: ou estamos perante uma investigação que é para levar a sério, ou então estamos perante mais um show off, tão do agrado de uma uma nova elite no poder.

O tempo corre a favor dos que duvidam das capacidades da procuradora-geral adjunta, que lidera o DCIAP (super departamento do Ministério Público), em fazer avançar uma operação de tamanha envergadura.

O elogio fácil da comunicação social a uma das mulheres mais poderosas de Portugal, com mais e melhor informação, é o pior serviço que se pode fazer à super procuradora.

A magistrada merece mais, muito mais do que elogios de circunstância.

Não bastam umas buscas. Como também não basta fazer uma acusação tardia, como é o caso do deputado António Preto, se o processo estiver condenado em tribunal por erros clamorosos da investigação.

Numa investigação como a da ”Operação Furacão“ é preciso muito mais. É necessário exigência e determinação para não vacilar perante a influência do poder político, sobretudo num caso em que há suspeitas de poder haver ligações ao finaciamento partidário ilícito.

Em causa está a credibilidade da Justiça, a competência de Cândida Almeida e da sua equipa e o futuro do DCIAP, pelo que ainda é muito cedo para fazer a festa.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

É triste

Governo português recusa entrega de mais informação complementar sobre dezenas os voos da CIA que passaram por Portugal para não violar a lei do segredo de estado.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Há gatos e gatos

Os animais e os outros, que brilham, semanalmente, na RTP1, nem que seja a fazer humor com a morte dos outros. Obviamente, tal disparate está ao nível da vulgaridade e da tentativa de criar uma polémica que gere publicidade gratuita, logo mais audiências. Por aqui, não levam nada. A atenç:ão vai toda para o director de programas da RTP, Nuno Santos, e para o ministro (maleável) Santos Silva, que, certamente, terão uma palavra a dizer sobre o assunto.

Um dia especial

Por três razões concretas:
1. Vinte e seis anos depois da morte de Sá Carneiro, Amaro da Costa, António Patrício Gouveia, Snu Abecassis, Maria Manuela Amaro da Costa, Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa, a Justiça não conseguiu encontrar os culpados e o poder político continua a afundar-se em comissões de inquérito parlamentar e na possibilidade de legislar sobre um procurador especial;
2. O Tomar Partido celebra o terceiro aniversário;
3. Fiz o primeiro birdie da minha vida (buraco 16 do campo de golf da Aroeira).

sábado, dezembro 02, 2006

Para falar claro

Enquanto o governo se remete ao silêncio, cada vez mais pesado, a propósito das conclusões da comissão do Parlamento Europeu que está a investigar a passagem dos voos ilegais da CIA por Portugal, uma delegação daquela comissão chega a Lisboa, no próximo dia 6, para ouvir diversas personalidades.

PROGRAMA

QUARTA-FEIRA, 6

09h30 - 10h20
Maria Helena Faleiro de Almeida, directora do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).

10h30 - 11h20
Fernando Carvalho, Administrator da Navegação Aérea de Portugal (NAV).

11H30- 12h20
Manuel Jarmela Palos, Director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

(As audições realizam-se no Largo Jean Monnet, 1-6° - Lisboa)

16h00
Luis Amado, ministro dos Negócios Estrangeir

(Encontro com realiza-se no Ministério dos Negócios Estrangeiros
Palácio das Necessidades
Lisboa

LISTA DE PARTICIPANTES
1. Carlos COELHO
2. Sarah LUDFORD
3. Frieda BREPOELS
4. Wolfgang KREISSL-DÖRFLER
5. Raül ROMEVA I RUEDA
6. Ana Maria GOMES*

Esclarecimento adicional sobre novas audições

quarta-feira, novembro 29, 2006

Crónicas do Sistema (XII)


Chama-se Claudio Fava. Teve a colaboração do comissário Franco Fratini e de outros deputados europeus, como Carlos Coelho e Ana Gomes. Um político que vale a pena ler e escutar.



O ROSTO DA DIGNIDADE PARLAMENTAR


O deputado europeu italiano assinou um relatório arrasador para os serviços secretos norte-americanos e para um grande número de líderes europeus, entre os quais os portugueses (António Guterres, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e José Sócrates, para só falar nos primeiros-ministros), que insistem em deixar cair no esquecimento o óbvio, ou seja, que os governos europeus conheciam os planos dos norte-americanos.

Face às novas revelações da comissão do Parlamento Europeu, não deixa de ser chocante que as declarações de Luís Amado continuem impunes e sem uma fortíssima censura política. Afinal, para o ministro dos Negócios Estrangeiros, são os outros que lhe têm de provar que os voos da CIA, que transportaram e transferiram suspeitos de terrorismo, alvos de interrogatórios ilegais, para prisões clandestinas, passaram por Portugal com a cumplicidade, por acção ou omissão, das autoridades portuguesas.

Francamente, senhor ministro. É demais! Não há democracia que aguente tanta arrogância e irresponsabilidade política.

Quer uma sugestão? Leia o relatório do deputado Claudio Fava, pense um minuto e depois assuma as suas responsabilidades: dê explicações públicas aos portugueses, com verdade, sem sofismas nem truques de pacotilha, já que o primeiro-ministro de Portugal, aparentemente, julga este assunto uma questão menor.