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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

sexta-feira, abril 14, 2006

Novidade

O Estado do Sítio está mais bonito. O da Blogosfera, é claro.

"Ou colaboras ou vais ser torturado no estrangeiro"

Até podia ser o novo slogan das autoridades norte-americanas no combate ao terrorismo, segundo relatos de detidos em Guantánamo.
A SIC Notícias, no programa Toda a Verdade, deu a conhecer Mamdouth Habib, um cidadão australiano de origem egípcia.



É o protagonista de uma história absolutamente incrível. A ponta do iceberg das extraordinárias e miseráveis rendições: uma estratégia inventada pelos norte-americanos que consiste na exportação de alegados suspeitos de actividades terroristas para países em que a palavra direitos humanos equivale a zero. O objectivo é obter informações sob tortura. O destino final é Guantánamo.







George Tenet, ex-director da CIA, admitiu pelo menos 70 casos de rendições, mas as autoridades norte-americanas continuam a fazer um enorme silêncio sobre o assunto.
As organizações não governamentais admitem milhares de casos de suspeitos que são detidos, capturados ou raptados e levados para prisões secretas em Marrocos,
Arábia Saudita, Qatar, Tailândia, Iémen e Paquistão, (entre outros sítios muito pouco recomendáveis, obrigados a colaboração total após os atentados de 11 de setembro), onde através de tortura física e psicológica são obtidas informações e confissões que são entregues aos norte-americanos.
George W. Bush bem pode afirmar que nunca deu ordens para torturar os suspeitos de terrorismo. Mas falta explicar as rendições, que representam uma flagrante violação do direito Internacional e dos Estados Unidos da América.

Evidências

Segundo o Cardeal James Francis Stafford, Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, faço parte do mais recente grupo de pecadores. Passo muito tempo a ler jornais, a ver os telejornais (quase todos) e a navegar na Internet. Está explicada em parte a razão do afastamento de jovens e de menos jovens da confissão e da Igreja.

Centenário do nascimento Samuel Barclay Beckett

Por Mário Crespo.

quinta-feira, abril 13, 2006

quarta-feira, abril 12, 2006

Expectativa

Santos Cabral, demitido pelo actual governo, járespondeu Às críticas de Alberto Costa sobre a gestão da PJ.
O ex-director nacional da PJ revelou, através da SIC Notícias, o que já se escreveu e foi desmentido pelo governo. Com todas as letras e total impunidade.
Santos Cabral revelou que existe suborçamentação na PJ. E mais. Diz que apenas 36% das necessidades financeiras da PJ estavam orçamentadas. O que quer isto dizer? Muito simples, o governo apenas cuidou de dotar a PJ de verbas suficientes para assegurar cerca de um terço das despesas anuais, tal como foi denunciado, em moãmento oportuno, pela associação dos investigadores criminais da PJ.
Por sua vez, Mouraz Lopes, ex-director nacional adjunto, responsável pelo combate ao crime económico, na mesma antena, revelou ainda que, no passado dia 10 de Março, durante uma reunião de trabalho, o ministro Alberto Costa elogiou a direcção liderada por Santos Cabral, o que leva a perguntar: o que se passou de 10 de Março até aos dias de hoje para justificar o afastamento da direcção da principal polícia de investigação criminal?
Santos Cabral e Mouraz Lopes jámanifestaram disponibilidade para dar esclarecimentos na Assembleia da República. Como é sabido, a deslocação de ambos ao Parlamento depende de uma votação em sede de primeira comissão. Só faltava que o PS, como noutras circunstâncias, tenha o descaramento político de impedir o necessário e cabal esclarecimento de toda a situação.

A melhor informação

O Jornal das Nove, da SIC Notícias, conduzido por Mário Crespo, é um regalo para quem gosta de informação, rigor e actualidade. E para quem está farto da informação requentada e populista das outras estações generalistas.

Também vale a pena ficar a saber

Carta aberta ao Presidente da República, de Vicente Jorge Silva

Vale a pena ficar a saber

Como Berlusconi pode ganhar na Time

Boa Notícia

Nas páginas do El Pais

Para mais tarde recordar

O discurso de António Martins, presidente da ASJP.

Para quem quer saber mais

No Verbo Jurídico, em relação à notíícia do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o comportamento da responsável de um lar que acolhe crianças com deficiências mentais.

terça-feira, abril 11, 2006

Um exemplo para consumo interno

A velha estratégia de diabolização da comunicação social não funcionou. As fitas avulsas, mais ou menos mediáticas, e o ataque à liberdade de informação e de opini;ão n;ão passaram em Itália. Foi por pouco. Muito pouco. Mas a derrota de Berlusconi prova que n;ão há dinheiro, grupo económico, império da comunicação social, legislaÃção de última hora, plástica e marketing político que sejam capazes de iludir e ludibriar para sempre o voto popular.

O absurdo e o Segredo de Estado

Alberto Costa vai dar a conhecer o estudo que lhe permitiu dizer que a redu por ção das férias dos juíes poderia corresponder a um aumento de 10% de produtividade. Tal conclusão, obviamente, suscitou a curiosidade dos jornalistas e dos próprios juíes. Conscientes da política da rolha, que caracteriza o actual governo, basta recordar a OTA, entre muitos outros dossiers, a comunicação social deixou cair o assunto - mais uma vez, e muito mal! -, mas Paulo Faria entendeu recorrer À Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), uma velha conhecida dos jornalistas, pelo menos de alguns.
O ministro vai acatar a recomendação da comissão, prometendo dar o estudo ao juiz no prazo legal. Felizmente, não caiu no absurdo do ministro das Obras Públicas que, com o conhecimento do primeiro-ministro, classificou como Segredo de Estado os planos de emergência das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, após um parecer da CADA que recomendava a sua publicitação.

Visões da democracia

Há democratas e democratas.
Há os que gostam de maiorias e detestam minorias. Não aceitam as manifestações populares e os protestos entre os intervalos dos actos eleitorais. Defendem qualquer coisa semelhante a um absurdo em democracia: os representantes eleitos podem fazer tudo, mas tudo o que lhes apetece, até algo que não conste do programa de candidatura eleitoral, que só têm de se preocupar com o dia das eleições seguintes. Aliás, curiosamente, são os mesmos que inventaram as forças de bloqueio e acusam a comunicação social de ter demasiado poder.
Mas há outro tipo de democratas. Os que defendem que as eleiçs são a expressão de uma vontade, mas não são um cheque em branco. Os que aplaudem a interpretação da dimensão de manifestaç ões de rua, como as que ocorreram em França, o que constitui um sinal de vitalidade de um regime democrático. O fim do CPE era óbvio e inevitável. Uma greve não é uma guerra. Não se podem matar as pessoas por não estarem de acordo com uma medida governamental. Ou será que o caminho é esse?
Curiosamente, sobretudo depois dos governos de António Guterres, começou a fazer caminho uma tese esdrúxula em relação À legitimação do poder. A todo o custo. Em qualquer circunstância. Os cidadãos passariam apenas a ter o direito de se manifestar no actos eleitorais. Mais nada. Os erros, as mentiras descaradas e o desrespeito de compromissos eleitorais só poderiam ser sancionados através do voto nas urnas.
É uma visão possível. Não é a minha visão da democracia.

Estudos para alguns gostos

Um estudo revela que oito horas numa discoteca podem representar 15 cigarros para um não fumador. Eis um número que impressiona e que serve de base para todos os fundamentalismos parolos, que chegam sempre tarde como é uso em Portugal.
Adoptar soluçõs flexíveis e mais respeitadoras dos direitos individuais de cada um, dos fumadores e dos não fumadores, deveria ter sido o ponto de partida para a nova legislação que o governo pretende fazer aprovar.
Mas já que está com a mão na massa, Correia de Campos, ministro da Saúde, poderia encomendar um estudo para saber quais são os efeitos de estar parado oito hora no Marquês de Pombal, durante as horas de maior intensidade de trânsito.
Será que o ministro tem a coragem de dar essa informação e de retirar todas as consequências do mesmo? Ou será que estamos perante mais uma encenação para fazer de conta que se faz?

Finalmente

Prodi é declarado vencedor em Itália.

Ecos

A Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) exige às autoridades portuguesas respeito pelo segredo profissional dos jornalistas.

Começou

O outro lado de Israel