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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

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sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Afinal a União Bancária já valeu a pena

«Um vice-governador vai para a CGD em junho de 2011. Um administrador do BANIF (nomeado pelo poder político) vai para vice-governador em setembro de 2014. Um administrador de um banco liquidatário (intervencionado pelo Estado) vai também para vice-governador em junho de 2016. Um supervisor sai para uma auditora (logo após a resolução do BES), mas regressa ao regulador à sua conveniência. Um outro supervisor, vindo de um banco privado, vai do regulador para a administração da CGD em fevereiro de 2017. O novo homem forte da CGD já tinha aceitado um convite para vice-governador. Regulador e regulado, supervisor e supervisionado: é tudo a mesma coisa. O regulador acha tudo bem. E, mais curiosamente, a concorrência nunca se queixa em público. Conflitos de interesse não existem. O fenómeno da porta giratória, felizmente, não existe na realidade portuguesa! Poderíamos, pois, estar tentados a dizer que a União Bancária pouco fez por nós. Mas estaríamos a ser injustos. Na minha perspetiva, já fez e muito. Desde janeiro de 2016, as nomeações para a administração das enti-dades bancárias estão sujeitas a aprovação pelo BCE. Este novo enquadramento já teve consequências, por exemplo, no BCP (com a idoneidade de Isabel dos Santos) e na CGD (quer com a administração cessante, como com a nova administração). Felizmente. Porque graças a esta monitorização acabaram-se os Armandos Varas e demais apparatchiks incompetentes que invadiram a CGD durante décadas».

quarta-feira, novembro 09, 2016

A revolução dos “deplorables” e a derrota histórica do “establishment” boquiaberto

«Há muitos derrotados. O establishment, claro está, que tudo fez para eleger Hillary Clinton. O Presidente Obama que, rompendo com a convenção de muitas décadas, decidiu meter-se a fundo na campanha (como vai agora engolir o que disse e trabalhar numa transição tranquila, veremos). Michelle Obama que, apesar de toda a simpatia e projeção mediática, simplesmente falhou na mobilização do eleitorado afro-americano. A comunicação social progressista que levou a candidata ao colo e patrocinou sistematicamente os ataques moralistas a Trump (aliás, inventaram os Republicans for Clinton, que evidentemente não existem eleitoralmente, mas esqueceram-se dosTrump Democrats que, sim, existem e muitos deles são latinos e mulheres), nomeadamente o NYT, a CNBC e a CNN. Todo o universo das sondagens e especialistas da estatística eleitoral que não perceberam o que estava a acontecer; o terramoto do mapa eleitoral passou-lhes ao lado. Os artistas e os intelectuais que prejudicaram a candidata com a arrogância do discurso dos americanos bons (minorias, mulheres, brancos com estudos) e dos americanos maus (brancos sem estudos). E o movimento feminista que evidentemente não soube compreender o voto feminino (“inesperadamente”, muito dele foi para Trump)».

quarta-feira, junho 01, 2016

Sócrates e o PS

Na apresentação do livro OS TRÊS MAGNÍFICOS, na Fnac Chiado, Nuno Garoupa deixou uma pergunta inquietante: se o MP está investigar o ex-primeiro-ministro, não há notícia de investigação ao Partido Socialista. Eis um facto ímpar na panorama europeu...

terça-feira, agosto 14, 2012

Nuno Garoupa: a credibilidade da opinião publicada

A ministra da Justiça devia ouvir atentamente a entrevista do professor de Illinois à SIC Notícias. E o primeiro-ministro deveria ser mais cauteloso quando afirma que há uma diferença entre a opinião pública e a publicada, duvidando dos amanuenses do costume que o rodeiam.