Anos e anos de direcções e chefias editoriais douradamente instaladas, de critérios de geometria variável, de jornalistas com salários de miséria e desemprego à vista e de investigação moribunda explicam os números devastadores da impressão e circulação paga dos principais títulos portugueses de informação geral.
P. S. Evitar debater a realidade – com a mão estendida ao Estado, subterfúgios próximos da propaganda e/ou da censura e ainda a desculpa da conjuntura – é meio caminho para o agravamento da crise que resulta da escassa independência editorial, nalguns casos a roçar a subserviência chocante aos poderes.