Os mais recentes desenvolvimentos das negociações entre a União Europeia e a Grécia são apenas a ponta do iceberg do que está à beira de acontecer. A questão é muito mais grave e profunda: por um lado, se a União Europeia ceder à Grécia, então outros partidos emergentes noutros países podem ensaiar o mesmo braço-de-ferro; por outro, se a UE não ceder, então novos movimentos e partidos ganham uma redobrada legitimidade para amplificar o movimento de contestação à lógica de austeridade, tornando ainda mais instável qualquer viabilidade da manutenção do euro como moeda forte e de referência. Em síntese: a curto ou médio prazo, o euro já era! Só resta uma dúvida: até quando os povos europeus vão aguentar esta loucura?
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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher
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