O radicalismo da Igreja Católica Romana

«Francisco fez mais pela popularidade da Igreja Católica no mundo do que a maioria dos seus antecessores, João Paulo ii incluído. Acontece que o catolicismo tem dogmas que nem a euforia à volta de Francisco pode travar: um deles é o casamento indissolúvel».

No sexo como na política

«Um dilema semelhante é hoje colocado ao Papa Francisco: um divorciado recasado vive em adultério, como pode ser perdoado? "Convém sempre considerar inadequada qualquer conceção teológica que, em última instância, ponha em dúvida a própria omnipotência de Deus e, especialmente, a sua misericórdia", começa por responder Francisco na exortação Amoris Lætitia. "Isto fornece-nos um quadro e um clima que nos impedem de desenvolver uma moral fria de escritório quando nos ocupamos dos temas mais delicados, situando-nos, antes, no contexto dum discernimento pastoral cheio de amor misericordioso". Não é preciso ser sofisticado, a resposta está em Cristo».

Até os anjos podem sair do armário

«As injustiças não acabam na assunção da sua orientação sexual por parte de Adolfo Mesquita Nunes. Embora seja mais livre um mundo em que os militantes do CDS/PP e qualquer outra pessoa possam viver livremente e amar quem quiserem».

Celebrando a queda do Muro de Berlim

«Estarão as democracias ocidentais em perigo? Por que motivo crescem os partidos populistas e declinam os partidos centrais?».

Dinheiro e poder

«As (muitas) ligações entre os vários protagonistas dos casos mais mediáticos».

No final da vida, a pessoa deve poder escolher

«A minha expectativa é que a maioria do Parlamento corresponda à que é claramente a maioria no país, uma maioria favorável à despenalização».

Mata e esfola

«Estranho que o dr. Francisco George não consiga vislumbrar todas as consequências do seu argumento: se a eutanásia é um expediente útil para evitar o abuso médico de prolongar desnecessariamente a vida, como garantir que esse expediente não será exercido em sentido inverso, ou seja, para apressar desnecessariamente a morte?».

As canções para chorar

«Corri as avenidas de Lisboa com aquela canção no bolso. Ensaiei carregar no play, mas já tinha decidido: ela ia para a pasta das canções para chorar. É que ela é uma canção-dominó, uma daquelas que começa e empurra a primeira lágrima, que empurra a outra, que derruba a barragem, que desaba no mar. Esta é daquelas canções para ouvir quando falta a paz ou a paz enfim chegou».

What else?

Farinha do mesmo saco

«Ao lermos as notícias que envolvem o juiz Rangel, é como se revivêssemos a Operação Marquês».

E quem resgata as novas gerações?

«Enquanto o Governo resgatava estes belos quadros, ninguém resgatou o Serviço Nacional de Saúde enquanto aumentavam as listas de espera, a falta de medicamentos nos centros de saúde e hospitais, a falta de dinheiro para pagar o seguro do transporte de medicamentos, a falta de dinheiro para pagar aos bombeiros o transporte de doentes ou a falta de concursos para a colocação de recém-especialistas que levou já a que 200 abandonassem o Serviço Nacional de Saúde e ao caos nas urgências».

Sexo e água benta

«A sexualidade é um problema mal resolvido na Igreja. A orientação do cardeal-patriarca de Lisboa propondo aos católicos recasados uma vida sem a prática de relações sexuais não só vem carregada de um conservadorismo que se deve combater, como transforma o casamento numa troca sexual, esquecendo todas as dimensões de uma vida em comum. É o regresso à Idade Média em que o prazer era negado ao matrimónio».

What else?

Sócrates: mais um falhanço

«Relação rejeita afastamento de juiz Carlos Alexandre».

A Igreja no Império de Mao

«Na China, está-se a tentar a substituição dos bispos clandestinos pelos da chamada igreja patriótica, o que está a causar uma profunda consternação nos católicos chineses».

Adolfo Mesquita Nunes: um político com futuro

“Escreveram ‘gay’ num cartaz meu. Pedi que não o substituíssem, não era mentira”

É Sábado! What else?

Sozinho no ecrã

«Sim, é verdade. O seu filho está demasiado tempo em frente a um monitor, exposto a crimes cibernéticos, ao vício de videojogos e a comportamentos sexuais online. Está a fazer tudo para o proteger? Não. Mas não assuma a culpa sozinho».

É preciso lutar contra a nova escravatura

«A riqueza tem de ser mais bem distribuída e os partidos mais à esquerda no parlamento terão aqui um papel determinante. Ao contrário de irem destruir empresas onde se paga bem, como é o caso da Autoeuropa, concentrem-se naquelas que fazem bullying e tratam os trabalhadores como os novos escravos do séc. xxi».

Já não estamos no trilho, Sr. Presidente

«A Comissão Europeia prevê que a economia portuguesa volte a divergir da Europa. O problema não é só empobrecermos relativamente. É a economia não corresponder aos compromissos que temos. Portugal só pode prosperar significativamente através dos mercados globais, e para isso precisa de uma economia mais competitiva e flexível. A França, sob Emmanuel Macron, percebeu finalmente isso. Fazer de Portugal um paraíso fiscal para os reformados da Europa do norte não chega. Entretanto, o sobressalto das bolsas antecipa um ambiente de juros altos, menos confortável para sociedades endividadas. Talvez lamentemos um dia ter saído do trilho».