Vanessa. As casas da nossa vida

«Como a vida não é linear, a Vanessa criou uma relação de afeto profundo com a despensa. O divórcio conduz a algumas tristezas (além da já citada pobreza, é sempre chato acabar com um hábito e romper uma família) mas leva-nos a inesperadas alegrias».

Partidos com rede

«Numa época marcada pela desinformação, pelas "fake news" e pelos conteúdos de consumo rápido, partidos políticos, governantes e instituições têm, portanto, de fazer mais e melhor neste terreno onde também se forma a opinião pública e se faz, na verdade, política».

O Tejo tem de ser salvo mas os postos de trabalho também

«Os mais velhos lembram-se bem de como era o Trancão antes da Expo-98 e o que é hoje. Esse tem de ser o caminho: conseguir conjugar riqueza com o ambiente».

Ser criança porque os adultos são chatos!

«Fiz 28 anos com o espírito de uma criança de cinco e, garanto-vos, não me sinto imatura nem alguém que se recusa a crescer».

Serpentinas, papelinhos e uma pirueta

«Portugal não crescia tanto desde 2000. É uma boa notícia, mas também a cereja no topo de um bolo em que a receita é dominada pela fantasia».

What else?

Relatório revela processos desaparecidos e vigilâncias ilegais

«No julgamento da Operação Fizz, o ex-procurador Orlando Figueira disse que desapareciam processos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal. Inspecção secreta do próprio MP confirma. E ainda revela que, sem qualquer processo aberto, faziam-se operações no terreno contra suspeitos».

O pior cargo do país é o de líder da oposição

«.O sucesso presente do governo indica que Rio vai percorrer um caminho das pedras. Mas não é o primeiro a fazê-lo e nem a vida nem a liderança da oposição são coisas lineares e absolutas».

É um Rio que não vai parar?

«Dizem que foi fragilidade, ele diz que é transparência. E nessa transparência, talvez seja já a hora Rio, de tranquilizar o PSD e de dizer, uma vez mais, o óbvio: que o governo não conta com ele para aprovar o Orçamento do Estado desenhado para o ano eleitoral. Depois é só fazer oposição a sério e seguir o hino do PSD, aquele que diz "um Rio que não vai parar"».

Marcelo e a regionalização

«E sem descurar a necessidade de um debate sério, o presidente da República remete ao poder legislativo a urgência de aproveitar esta propícia "conjugação astral" para que finalmente se cumpra um imperativo constitucional indispensável ao reforço da legitimidade democrática do regime, à materialização do princípio da subsidiariedade, ao desenvolvimento económico, à coesão territorial e à valorização da cidadania».

A nossa (grande) ‘Quadrilha’

«Não é estranho que nos últimos anos se tenham descoberto tantos suspeitos de crimes entre os mais poderosos do país? Eram todos bons rapazes antes ou só agora alguém teve coragem para os investigar?».

Jovens... E trogloditas

«Para um em cada quatro jovens a violência sexual é “natural” no namoro».

Os chineses da TAP são diferentes dos angolanos?

«Ao ler que o Estado chinês está a investigar a HNA, empresa acionista indireta da TAP, via Azul e Atlantic Gateway, pelos seus “investimentos irracionais” no estrangeiro e por as autoridades chinesas terem dificuldade em saber quem são os verdadeiros acionistas, já que, supostamente, estes se escondem por trás de múltiplas empresas fictícias, interrogo-me se a Justiça portuguesa se preocupou com a origem dos dinheiros da HNA».

Je suis Waterhouse

«Estamos a regressar a um tempo em que a nudez é pecaminosa e uma transgressão, cuja exibição deve ser punida? Já não vemos a arte como, entre outras, uma forma de prestar tributo à beleza humana?».

Juiz com história

«Fátima Galante, mulher de Rui Rangel, envolveu-se no final dos anos 90 numa história com 15 mil contos, justiça e corrupção. Acabou absolvida de forma polémica - mas um solicitador foi condenado».

Quando o amor queima

«Acontece com frequência não entender para que servem os "dia de". São tantos que acabam condenados à banalização, mas o amor nunca há de ser um tema pouco importante, ninguém deve dar como perdido o tempo que conseguir dedicar-lhe».

Wall Street tropeçou nos próprios pés

«Há quem diga que foi tudo só uma correção de preços sobrevalorizados; pouco importa. O que importa é que nada mudou em Wall Street, e que os bancos centrais criaram a sua própria armadilha ao viciarem os mercados em dinheiro barato que serviu para alimentar bolhas que podem rebentar à menor ameaça de mudança de política. Teria sido melhor e mais barato se os mesmos bancos centrais tivessem financiado os governos para políticas de investimento e criação de emprego. Mas isso é tabu».

A hora mais trágica

«Ao contrário do que sugere o filme A Hora Mais Negra, a decisão britânica de continuar a guerra em 1940 não foi o resultado de sondagens de opinião, mas de uma liderança que "caminhava com o destino"».

Eles hoje aprendem de maneira diferente… Ah é?!

«Na última década, contudo, vários estudos de psicólogos cognitivos vieram por em causa todas estas teorias. Começando pelo princípio: tudo indica que os “nativos digitais” são, afinal, um mito. Quando se analisa a capacidade dos jovens para utilizar as novas tecnologias, verifica-se que são poucas as áreas em que ultrapassam os adultos educados. Na maioria das situações e dos casos, utilizam as tecnologias de forma passiva, limitando-se a funcionalidades básicas no que respeita à sua educação e sem conseguirem dar-lhes uso criativo para a resolução de problemas».

“Pensão Andorinha”

«O processo chegou a julgamento com a história da morte, da traição e do amor impossível e do plano de vingança do outro. No quarto da pensão tinham sido apreendidas fotografias de cenas sadomasoquistas, a rapariga adorava essas práticas, o chulo tinha-os surpreendido num quarto, em flagrante encontro de fim de tarde. Parece que já estava morta nessa altura. Folheando o processo, as provas, pressentia-se a atmosfera ardente vivida com desespero num daqueles quartos mergulhado na penumbra das águas furtadas da “Pensão Andorinha”».