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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Bad feeling

Ao sentir a terra a tremer, ontem, ainda julguei que era o princípio de mais uma crise institucional por causa da decisão escandalosa do Conselho Superior do Ministério Público de suspender Lopes da Mota por apenas três meses. As pressões sobre magistrados não abalam as consciências deste país minoritariamente socialista.
P.S. Afinal, era a terra a tremer.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Direito ao pessimismo

Depois de tudo o que passou nos últimos cinco anos, de todas as promessas eleitorais falhadas, das imensas ilusões afirmadas com total descaramento e impunidade e dos casos pessoais e políticos que envolveram o primeiro-ministro, será que os portugueses, agora que estão a descobrir o estado das finanças públicas, ainda têm fazer de conta que está tudo lindamente, porventura cantando e rindo?

terça-feira, dezembro 15, 2009

Berlusconização: a prova final

Se um dia acordarmos com algum louco a dar uns sopapos ao primeiro-ministro, então sim poderemos falar em total Berlosconização da democracia portuguesa. De facto, só falta mesmo este tipo de desastre/encenação.

domingo, dezembro 13, 2009

De Ponte de Lima à Madeira


Depois de ter mediado o orçamento do 'queijo limiano', no governo de António Guterres, José Sócrates tem o seu verdadeiro momento de glória: o orçamento 'jardiniano'. O resto é conversa fiada para tentar escapar a assumir o estado em que deixou o país depois de uma longa maioria absoluta.

sábado, dezembro 12, 2009

Igreja com futuro

Manuel Clemente, bispo do Porto, foi escolhido para receber o prémio Pessoa 2009. É uma distinção oportuna que indicia que entre os mais altos dignitários da Igreja portuguesas existe um discurso ao nível dos tempos.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Armando Vara em performance

Armando Vara foi à RTP fazer a sua defesa. Fica a oportunidade da entrevista, ainda que não saiba se é pelas boas razões. Até aqui nada de extraordinário. Até a forma vaga e teatral como o fez, perante a complacência de Judite de Sousa, não surpreendeu. A pressão desmedida sobre a Justiça também não foi surpresa, atendendo à estratégia de vitimização e intimidação que tem sido seguida pelos socialistas. Investigadores e magistrados têm de estar preparados para aguentar a pressão jogada na praça pública.
P.S. A transparência e a clareza dos termos da Acusação dos CTT é um bom exemplo para a Justiça.
P.P.S. Sócrates e Portas mostraram a verdadeira face no Parlamento. Sujeitos à pressão dos acontecimentos e da opinião pública, lá tiveram que dar ordens às respectivas bancadas parlamentares para ceder parcialmente na aprovação de novas medidas para combater a corrupção.

A desilusão chama-se Barack Obama

O presidente dos Estados Unidos da América garantiu a continuidade ao pesadelo legado por Bush. No momento em que a comunidade reconheceu os seus esforços no sentido de criar uma nova ordem mundial, conferindo-lhe o prémio Nobel da Paz, eis que surgiu um presidente (vulgar) vergado aos grandes lobbies do armamento.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Vitorinarite aguda

Enquanto a corte do costume se esforça por fazer esquecer que José Sócrates foi indiciado por um crime grave e o PS continua de cabeça perdida, António Vitorino continua a dar uma no cravo, outra na rosa, leia-se, uma em favor dos seus interesses (como opinion maker, obviamente), outra em favor dos interesses socialistas. O ex-ministro de António Guterres apelou a uma intervenção do presidente da República para garantir a governabilidade, um pedido dramático tanto mais estranho que contrasta com a sua reserva em fazer igual apelo depois de ter sido revelado que José Sócrates estava sob suspeita. Ele há apelos, reservas e objectivos ... E ainda quem não se tenha habituado!

Tertúlia 125 minutos com

Um espaço de referência, com convidados oportunos e de excelência, que está a marcar a agenda mediática. Medina Carreira foi o último convidado. E deixou mais um recado certeiro.

Propaganda terrrorista em marcha

Depois de se tentar consolidar a ideia que o escrutínio dos media corresponde a uma perseguição pessoal ao primeiro-ministro, depois de se acusar a Justiça de «espionagem política» por ter indiciado o primeiro-ministro, eis que agora se está a tentar passar a imagem que o escrutínio parlamentar da actividade governamental constitui uma tentativa de paralisar a governação. Será que o descaramento político não tem limites?

terça-feira, dezembro 08, 2009

Reeleição do presidente boliviano

Cimeira de Copenhaga

Um dos maiores desafios da administração de Barack Obama.

O mais americano dos portugueses

Luís Amado quase que surpreendeu. As críticas à subalternidade da União Europeia em relação à NATO, no âmbito da participação na guerra do Afeganistão, chegaram a parecer uma espécie de grito do Ipiranga da diplomacia portuguesa em relação aos Estados Unidos da América. Foi alarme falso, obviamente. Afinal, o ministros dos Negócios Estrangeiros queria ainda mais submissão dos europeus em relação aos americanos, via NATO, obviamente. E os voos da CIA já tão longe...

domingo, dezembro 06, 2009

Magalhães revisitado

A confirmar-se o anúncio da constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à Fundação das Comunicações Móveis, proposta pelo PSD, estamos perante a primeira iniciativa coerente e consequente de um partido da oposição parlamentar.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Escutas aquecem debate político

As fugas do regime estão a dar, como escrevi há muito tempo. Agora o PS aponta o dedo a Manuela Ferreira Leite. Mas alguém acredita, a confirmar-se a mais flagrante violação do segredo de justiça que há memória em Portugal, que Manuela Ferreira Leite tenha sido a única a ter acesso às escutas do processo Face Oculta depois de uma reunião de alto nível do Ministério Público?
P.S. Finalmnete, houve notícia que o Ministério Público está a investigar as fugas do regime. É assim, com transparência e critérios limpos, que Fernando Pinto Monteiro ainda pode tentar recuperar a credibilidade perdida.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Tratado de Lisboa: a vitória dos grandes

A entrada em vigor do Tratado de Lisboa consagra o princípio do domínio dos grandes países. É o fim do espírito dos fundadores. Só mesmo dois portugueses teriam a capacidade de o impulsionar.

O padrão governamental

José Sócrates continua a usar a receita de sempre: quando estão para chegar más notícias sobre a economia, antecipa-se com loas à governação. A tradição cumpriu-se. Depois de um inflamado discurso sobre o virtuosismo da intervenção estatal, no discurso da cimeira Ibero-Americana, eis que o Eurostat anuncia que Portugal ultrapassou a barreira psicológica dos 10% de desemprego.