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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Não há limites? (3)

Enquanto os portugueses penam para ter acesso à Justiça, Fernando Pinto Monteiro veio a terreiro afirmar que o processo Freeport é um entre os 70 mil que existem só no DIAP de Lisboa.
P.S. Se é um caso como outro qualquer, então por que razão se exige uma celeridade a que os outros não têm direito?

Não há limites? (2)

Como refere Jorge Ferreira, se o Ministério Público afirmou que não há suspeitos então por que razão houve buscas? E até num escritório de advogados!
P.S. Mais um comunicado como este e o MP começa a afundar com o 'Caso Freeport'.

Não há limites?

Promete-se para breve um comunicado da Procuradoria Geral da República sobre os desenvolvimentos do caso Freeport.
P.S. Enquanto esperam, os portugueses sempre podem assistir ao Forum da TSF sobre «Um ano de Ana Jorge à frente do Ministério da Saúde». A coisa deve estar séria, muito séria.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

(infelizmente) De se tirar o chapéu

Dá para ver a força da máquina de comunicação do governo. A organização, a disciplina, o tom afinado, a capacidade de reacção, a marcação da agenda e a criatividade são impressionantes. Só falta mesmo fazer Cristo voltar à terra (ou até reinventá-lo) para revelar 'en passant 'que não há corrupção em Portugal. Helás!

Para recordar

Mário Crespo conduziu uma entrevista ao ministro Pedro Silva Pereira, após terem sido noticiadas buscas efectuadas no âmbito de um inquérito judicial sobre o Freeport.
Depois de a ver e ouvir, fiquei com duas convicções: ainda há jornalistas com capacidade de fazer perguntas; ficou mais clara a arrogância de um poder que já não está habituado a ser confrontado com leadade e frontalidade.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

And now... Ladies and Gentlemen

O advogado, o militante do PSD, o secretário-geral do PSD, o ministro do PSD, o super ministro de Cavaco Silva, o consultor, o empresário, o banqueiro e o conselheiro de Estado Manuel Dias Loureiro. Ao vivo e e em directo para mais um número arriscado no fio do SLN/BPN, na Assembleia da República, a partir das 17 horas.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Sócrates sem SOL

O comunicado que José Sócartes enviou para a Comunicação Social espelha o embaraço, as omissões e as contradições do primeiro-ministro a propósito do licenciamento do centro comercial Freeport. É o mínimo que se pode afirmar, de acordo com declarações anteriores do próprio e face aos desenvolvimentos da investigação do semanário SOL, que está a fazer um excelente trabalho e não se deve deixar intimidar por ameaças veladas de possíveis processos judiciais.

Um fracasso anunciado

José Sócrates insiste em prometer apoios à Quimonda como se pudesse dispor dos dinheiros dos contribuintes sem prestar contas. Não basta prometer a viabilização. É preciso saber se a empresa é viável. E mais. Financiar uma empresa para poder fazer propaganda sobre o salto tecnológico português deveria merecer toda a atenção da Oposição parlamentar.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Guantánamo: Barack Obama + 1

O Presidente decretou o fim das técnicas de tortura, nomeadamente do waterboarding (simulação de afogamento).
Para quem tiver dúvidas sobre tal monstruosidade:



Artigo da Revista Piaui

Uma medida oportuna

O aumento do tempo de atribuição do subsídio de desemprego a quem não tem descontos suficientes ou ultrapassou o prazo da sua atribuição é uma medida justa. Até pode ser considerada tardia e provocada pelo ano eleitoral, mas é oportuna e revela atenção do governo em relação aos que são mais afectados pela crise nacional e internacional.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

A primeira medida: Guantánamo

O primeiro grande teste

A resposta dos mercados financeiros vai determinar o sucesso do novo plano económico de Barack Obama, logo a recuperação da crise mundial. Uma subida acentuada dos principais índices pode marcar o arranque das reformas da nova Administração Obama

Em rota de colisão?

Teixeira dos Santos manifestou sérias reservas em relação à candidatura ao Mundial de futebol do senhor Madaíl e companhia. O titular das Finanças revelou firmeza em relação aos lobbies que não estão habituados a ter o poder político do lado dos contribuintes. Será que a posição do ministro das Finanças tem o apoio político do primeiro-ministro?

terça-feira, janeiro 20, 2009

Por uma nova ordem mundial

Valores, cidadania, transparência e prestação de contas da governação marcaram um discurso fantástico. O regresso à humildade, diálogo e trabalho permitem manter acesa a expectativa em relação à nova Administração Obama, que enterrou, claramente, uma era de arrogância, ganância e arbítrio.

Barack Obama: Um dia histórico

A tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos, no dia em que se celebra e recorda Martin Luther King, está a gerar uma enorme esperança, que ultrapassa as fronteiras e as questões ideológicas e raciais. Quando Barack Obama começar a discursar (às 15 horas TMG), ficaremos a perceber se os voos 'secretos' da CIA, Guantánamo e Abu Ghraib se poderão repetir. Também ficaremos a perceber se será possível assistir a novas gigantescas fraudes financeiras e ao peso crescente dos lobbies do petróleo, armas e especulação bolsista, ao mesmo tempo que a generalidade dos governos viram a cara para o lado. Hoje, pode ser um dia de mudança, um dia histórico para a Humanidade, se Barack Obama der um sinal consistente em como está determinado em combater a desregulação internacional, a globalização selvagem e os mecanismos internacionais da corrupção, as verdadeiras fontes que alimentam todas as formas de terrorismo.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

A táctica do costume

As intervenções políticas de José Sócrates são mais claras um dia ou dois depois. Compreende-se melhor o discurso da moção que vai levar ao Congresso do PS após a divulgação por Bruxelas, hoje, das previsões do défice, desemprego e contracção da economia.
P.S. As novas declarações de José Sócrates sobre as offshores e a liberdade de imprensa são para levar a sério?

domingo, janeiro 18, 2009

Força da mudança ou de Alegre?

A apresentação da moção de política de José Sócrates pode ser um momento de viragem na política portuguesa. Se a 'Força da Mudança' for de tal forma Alegre, por meras razões oportunistas e eleitoralistas, o primeiro-ministro corre o risco de aparecer fragilizado aos olhos de quem ainda está convencido que tem um projecto para Portugal. Em termos comparativos, é quase a mesma coisa que Paulo Portas tentar convencer os portugueses que não fará coligações ou acordos parlamentares no caso de não haver uma maioria absoluta nas próximas Legislativas. Há promessas políticas que só servem para descredibilizar quem as faz.

sábado, janeiro 17, 2009

Para quando um número de ilusionismo?

Os resultados da estratégia de Manuel Alegre e da pressão do Bloco de Esquerda estão à vista. José Sócrates guinou à esquerda. De acordo com a Imprensa, no caso do PS ganhar as próximas Legislativas, o referendo da regionalização e o casamento entre homossexuais são dados como certos. Em boa verdade, nada de errado nas novas 'bandeiras' de José Sócrates, que merecem discussão pública e o voto dos portugueses. O mais estranho é a capacidade do primeiro-ministro mudar de um dia para o outro. Para manter o poder em 2009, se possível com uma maioria absoluta ainda mais expressiva, só falta mesmo um número de circo. Pelo andar da carruagem, quem sabe...

A melhor semana do PSD

A líder do PSD pode estar satisfeita. A última semana foi favorável, depois de uma entrevista a Judite de Sousa e de um comício, que, aliás, nos poupou o espectáculo das habituais encenações socráticas. De facto, a credibilidade de Manuela Ferreira Leite pode não ser um castelo de areia tão grande nas mãos do primeiro-ministro.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Um conflito inevitável

A desastrosa acção governamental em relação à Justiça começa a dar sinais. Agora, os Juízes tomaram a iniciativa da contestação, depois de terem alertado para a insegurança nos Tribunais. O rastilho para mais um braço-de-ferro está em marcha, pelo que se pode esperar o pior durante um ano em que todos os falhanços das reformas estruturais podem começar a ser mais evidentes.