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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher
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quarta-feira, março 08, 2006
Números
Diariamente são criados 75 mil blogs, o que corresponde a praticamente um novo blog por segundo. Para quem quer saber mais.
terça-feira, março 07, 2006
Portas de novo
Paulo Portas regressa às origens. Cansado de um longo silêncio nos últimos meses, o que não correspondeu a inactividade política, o ex-ministro da Defesa e ex-director de O Independente (o curriculum começa a ficar composto), aparentemente, suspendeu o exílio dourado para fazer um doutoramento nos Estados Unidos da América. Pragmático, como sempre, optou por ficar por cá, escolhendo a SIC para atenuar a travessia do deserto. Como bom profissional, todos o reconhecem, não deixa nada ao acaso. A escolha do meio e do formato do novo programa foram minuciosamente preparados para estarem de acordo com a imagem que quer dar de si próprio. Paulo Portas sabe que a vertiginosa transformação de enfant terrible do jornalismo em ministro de Estado tem de ser consolidada. Para isso, nada melhor que uma presença quinzenal nos ecrãs. Obviamente, em nome do ‘Estado da arte’.
Ai a minha vida
Basta uma OPA para os administradores da PT abrirem os cordões à bolsa com três mil milhões de euros.
E o resto que aí vem
Correia de Campos, ministro da Saúde, anunciou o aumento das taxas moderadoras já a partir de Abril de 2006. Os aumentos vão desde os 2 por cento, nos centros de saúde, aos 23 por cento nos hospitais centrais. A explicação é tão simples quanto imprudente: evitar a utilização abusiva dos serviços.
Modelo de desenvolvimento
Com a simplicidade de quem não acredita no paleio do costume. Simples e directo.
A mesma luta
O diálogo transatlântico é ainda mais forte quando se trata de meter a rapaziada na ordem.
segunda-feira, março 06, 2006
Se forem com as do Iraque...
Norte-americanos afirmam que têm provas da construção de uma bomba atómica no Irão.
Sotaque nórdico
José Sócrates na Finlândia para captar definir estratégia de colaboração da Finlândia com o desenvolvimento do Plano Tecnológico.
Poucas surpresas
«Boa Noite e Boa Sorte» («Good Night and Good Luck»), de George Clooney, que retrata o combate de um jornalista contra o "McCarthysmo", nomeado em seis categorias, foi o grande derrotado da grande noite de Hollywood.
«Colisão», do canadiano Paul Haggis, também surpreendeu ao ganhar o Óscar para o Melhor Filme, batendo o favorito «O Segredo de Brokeback Moutain».
«Colisão», do canadiano Paul Haggis, também surpreendeu ao ganhar o Óscar para o Melhor Filme, batendo o favorito «O Segredo de Brokeback Moutain».
Guantánamo
É muito mais do que um rotrocesso civilizacional. É a consagração da aparente lei do mais forte, com sotaque norte-americano. O único obstáculo a esta deriva do poder Bush chama-se Liberdade de Imprensa. Eis um exemplo da importância de um jornalismo livre, que defende o interesse público.
domingo, março 05, 2006
Credibilidade
A polémica em torno da desvalorização do combate à corrupção provocou uma reacção do PND, como dá conta o Expresso.
Maria José Morgado tem uma credibilidade à prova de bala. O que devia ser um uma prova de independência poderá ser encarada como uma desvantagem para ocupar um lugar de nomeação política?
Maria José Morgado tem uma credibilidade à prova de bala. O que devia ser um uma prova de independência poderá ser encarada como uma desvantagem para ocupar um lugar de nomeação política?
sábado, março 04, 2006
Cinco anos depois
De todos os meios, de todas as promessas do poder político e de Souto Moura e de todo o folclore mediático, vai começar o julgamento da queda da ponte Hintze Ribeiro. É uma história triste do sistema judicial, triste demais, que vale ser vista a preto e branco.
Um problema
Carlos Encarnação garantiu que vai recusar a autorização para licenciar a nova actividade da co-incineração na cimenteira de Souselas. No Expresso da Meia-Noite, o presidente da Câmara de Coimbra voltou a reafirmar a sua posição.
Um buraco
Depois do que se passou com a ex-Junta Autónoma das Estradas e com a ponte Hintze Ribeiro, o caso do Metro do Terreiro do Paço deixa-nos a convicção que, sete anos depois, pouco mudou nas obras públicas em Portugal.
Co-incineração, nove anos depois
Câmara Municipal de Setúbal
Entrega abaixo-assinado contra a co-incineração no Outão, promete uma providência cautelar contra os testes na cimenteira da Secil e garante que vai encabeçar os movimentos de contestação;
Junta de Freguesia de Souselas
João Pardal, presidente, acusa o governo de fazer perseguição política à população local;
Provedor do Ambiente de Coimbra
Massano Cardoso alerta para o potencial risco para a saúde das populações;
PSD
Acusa o governo de persistir no erro e avisa que mais tarde ou mais cedo, o Executivo vai ter que recuar;
Os Verdes
Adverte que a medida é um suicídio do ponto de vista do equilíbrio ambiental do país;
CDS/PP
Ribeiro e Castro acusa José S ócrates de querer ser o Tarzan da co-incineração;
Bloco de Esquerda
A co-in cineração em Souselas e Outão é um erro calamitoso;
Entrega abaixo-assinado contra a co-incineração no Outão, promete uma providência cautelar contra os testes na cimenteira da Secil e garante que vai encabeçar os movimentos de contestação;
Junta de Freguesia de Souselas
João Pardal, presidente, acusa o governo de fazer perseguição política à população local;
Provedor do Ambiente de Coimbra
Massano Cardoso alerta para o potencial risco para a saúde das populações;
PSD
Acusa o governo de persistir no erro e avisa que mais tarde ou mais cedo, o Executivo vai ter que recuar;
Os Verdes
Adverte que a medida é um suicídio do ponto de vista do equilíbrio ambiental do país;
CDS/PP
Ribeiro e Castro acusa José S ócrates de querer ser o Tarzan da co-incineração;
Bloco de Esquerda
A co-in cineração em Souselas e Outão é um erro calamitoso;
E continua o samba do Rio
A escola de samba Unidos de Vila Isabel, vencedora do Carnaval do Rio de Janeiro e patrocinada pela estatal de petróleo da Venezuela PDVSA, pode acabar em tribunal por violação dos direitos de autor.
A escola de samba apresentou como enredo no desfile deste ano um samba com o título Soy loco por ti América, uma música idêntica à canção composta por Gilberto Gil, actual ministro da Cultura, e pelo compositor José Carlos Capinan, em 1967.
A escola de samba apresentou como enredo no desfile deste ano um samba com o título Soy loco por ti América, uma música idêntica à canção composta por Gilberto Gil, actual ministro da Cultura, e pelo compositor José Carlos Capinan, em 1967.
A propósito de Justiça
Não esquecer as férias judiciais e a polémica que suscitaram. Está a chegar o momento de saber quais são os resultados do plano governamental. Para quem pretende mais informação basta consultar O meu monte: férias
Duas Justiças
O projecto de mediação penal constitui a consagração de duas Justiças: a dos ricos e a dos pobres. Como se a Justiça tivesse duas dignidades, uma de primeira e outra de segunda.
Os defensores da iniciativa governamental, ainda em fase experimental, felizmente, atiram sem qualquer pudor um argumento para cima da mesa: é preciso retirar os pequenos crimes dos tribunais porque encravam o funcionamento da Justiça. Os contribuintes que pagam todo o sector judicial só têm direito à Justiça de primeira quando praticarem um crime com uma moldura penal superior a cinco anos. Por um lado, cria-se a sensação, repito a sensação, de mais exigência na escola; por outro, em sede judicial, dá-se uma mensagem de permissividade. Das duas uma: ou o descaramento não tem limites ou então esta medida apenas serve para apresentar resultados a curto prazo de um aparente descongestionamento. Mesmo que seja à custa da Justiça!
Os defensores da iniciativa governamental, ainda em fase experimental, felizmente, atiram sem qualquer pudor um argumento para cima da mesa: é preciso retirar os pequenos crimes dos tribunais porque encravam o funcionamento da Justiça. Os contribuintes que pagam todo o sector judicial só têm direito à Justiça de primeira quando praticarem um crime com uma moldura penal superior a cinco anos. Por um lado, cria-se a sensação, repito a sensação, de mais exigência na escola; por outro, em sede judicial, dá-se uma mensagem de permissividade. Das duas uma: ou o descaramento não tem limites ou então esta medida apenas serve para apresentar resultados a curto prazo de um aparente descongestionamento. Mesmo que seja à custa da Justiça!
Não pega
Há ideias que são lançadas para provocar reacções. O teste correu mal. Chegou a hora de empurrar a batata quente.
E ninguém assume a culpa?
«As ajudas de Bruxelas pouco contribuíram para a convergência de Portugal com a média da União Europeia, entre 1994 e 2004»
Semanário Económico
Semanário Económico
sexta-feira, março 03, 2006
Aguentem-se
Mais uma vez
A cobrança de taxas pela utilização de cartões Multibanco voltou à ordem do dia. O PCP antecipou-se e apresentou projecto de lei que proíbe a cobrança de comissões ou taxas pela utilização dos cartões multibanco. Honório Novo, deputado do PCP, falou de descaramento da banca a propósito da tentativa de voltar à carga com esta taxa. E falou muito bem. Vai ser interessante seguir a votação na Assembleia da República do projecto de lei do PCP.
Verdade histórica ou de Estado?
Uma comissão parlamentar italiana considera que a URRS foi responsável pelo atentado ao papa João Paulo II, em 1981.
Com castanholas e muito salero
O Insurgente considera que Manuela Ferreira Leite é o líder indicado para o PSD. João Gonçalves não concorda, pois considera que a ex-ministra das Finanças não tem um perfil político suficientemente forte. É uma opinião, que não coincide com o passado da ex-ministra. Manuela Ferreira Leite, por diversas vezes, até com alguma mestria, revelou um sentido político apurado ao tentar passar uma imagem de autoridade e de rigor técnico, que, últimamente, diga-se em abono da verdade, se desmoronou por completo. Actualmente, o único argumento que impede a ex-ministra de se chegar à frente no PSD chama-se Banco Santander.
Para um grande clube
Só o centro de congressos de Lisboa, para receber a Assembleia Geral do Sporting no próximo dia 17.
quinta-feira, março 02, 2006
Temporada promete
Leonor Coutinho, candidata à concelhia de Lisboa do PS, acusou o seu adversário e actual líder da estrutura, Miguel Coelho , de matar o partido na capital.
Imperdível
Mais caricaturas. Com circo garantido. E muita paleio sobre a liberdade à mistura. No Parlamento mais perto de si.
Ohhhhhhh
Marcelo Rebelo de Sousa é o homem certo para liderar o PSD segundo a maioria dos inquiridos no barómetro da Marktest para o Diário de Notícias (DN) e a rádio TSF.
quarta-feira, março 01, 2006
Despertar para a realidade
A notícia sobre a devassa do sigilo profissional de um jornalista deve merecer a maior atenção. É preciso conhecer os exactos contornos da decisão do Juiz de Instrução Criminal para poder defender intransigentemente a liberdade de informação e a protecção das fontes. O caso do 24 Horas deve servir para clarificar a norma legal, que está em vigor desde a reforma do processo penal de 1987 e que permite a um juiz, em certas circunstâncias, ordenar a quebra do sigilo profissional dos jornalistas em sede de inquérito, instrução ou julgamento. Só se defende a liberdade de informação tipificando os casos em que é admissível ordenar a quebra do sigilo profissional, ao invés do que sucede actualmente com a redacção da norma que dá ao juiz um poder subjectivo e quase discricionário.
terça-feira, fevereiro 28, 2006
O regresso do futebol às origens
A demissão de Florentino Pérez da presidência do Real Madrid é o primeiro sinal de que os clubes de futebol são muito mais do que um exercício financeiro, um amontoado de jogadores galáticos e um conjunto de acções de marketing publicitário. A partir de agora, tudo vai ser diferente na gestão do futebol mundial.
Nem de propósito
Estava a ler um post do Verbo Jurídico quando dei de caras com o frente-a-frente, na SIC Notícias, entre Luís Fazenda e um cidadão cujo nome, infelizmente, deconheço por completo (culpa minha, com certeza), sobre a necessidade de escutas a políticos terem de ser autorizada por tribunais superiores. Luís Fazenda, um dos pilares do Bloco de Esquerda, ainda tentou iludir a questão, afirmando que a decisão de determinar escutas deve ser ponderada, e ainda muito mais ponderada no caso de se tratarem de governantes e de titulares de órgãos de soberania.
Adelino Faria, em forma, questionou os seus interlocutores, e muito bem, sobre se tal alteração legislativa não implicaria uma desconfiança em relação aos Juízes de Instrução Criminal. O cidadão, cujo nome continuo a desconhecer (repito, por culpa minha), invocou o segredo de Estado para proteger as conversas entre miinistros, blá, blá, blá.
Adelino Faria, em forma, questionou os seus interlocutores, e muito bem, sobre se tal alteração legislativa não implicaria uma desconfiança em relação aos Juízes de Instrução Criminal. O cidadão, cujo nome continuo a desconhecer (repito, por culpa minha), invocou o segredo de Estado para proteger as conversas entre miinistros, blá, blá, blá.
Enquanto espera pelo poeta
Souselas ameaça recorrer aos tribunais para travar co-incineração, depois do governo ter anunciado que vai avançar com o processo de tratamento de resíduos industriais perigosos nas cimenteiras.
A ver estrelas
O Jorge Ferreira está deslumbrado com a nova estrela do Benfica. Pode ser que no próximo fim de semana outras estrelas, as do Amadora, brilhem mais alto.
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Um teste Alegre
O governo vai relançar a co-incineração de resíduos industriais perigosos em cimenteiras, com base no relatório de uma comissão científica independente.
Despertar
A nova legislação, que permitiu a tomada de posse de uma nova entidade reguladora da comunicação, começa a despertar as consciências, dando origem a chamadas de atenção muito pertinentes.
Apesar do alerta em devido tempo, nunca são demais as opiniões sobre um assunto sensível e fundamental para a sanidade do regime democrático.
Ainda se vai a tempo de inverter uma legislação impensável do autor do célebre golpe constitucional?
Apesar do alerta em devido tempo, nunca são demais as opiniões sobre um assunto sensível e fundamental para a sanidade do regime democrático.
Ainda se vai a tempo de inverter uma legislação impensável do autor do célebre golpe constitucional?
domingo, fevereiro 26, 2006
Questões sem resposta
«Vamos fazer um balanço do que foi o primeiro ano de Governo e identificar quais são as prioridades para o ano seguinte», explicou António Vitorino, coordenador do Fórum Novas Fronteiras.
Um ano depois de tomar posse (12 de Março de 2005), o governo de Sócrates tem a oportunidade de reflectir sobre a estratégia e o estilo adoptados, que se podem resumir a muita parra e pouca uva.
Não basta enfrentar os interesses corporativos de uma forma inconsequente. Um ano depois, o que mudou nas contas públicas, Justiça, Saúde e Educação? Vale a pena afrontar os interesses para deixar tudo ou quase tudo na mesma?
Um ano depois de tomar posse (12 de Março de 2005), o governo de Sócrates tem a oportunidade de reflectir sobre a estratégia e o estilo adoptados, que se podem resumir a muita parra e pouca uva.
Não basta enfrentar os interesses corporativos de uma forma inconsequente. Um ano depois, o que mudou nas contas públicas, Justiça, Saúde e Educação? Vale a pena afrontar os interesses para deixar tudo ou quase tudo na mesma?
Uma aposta
Vinte anos depois
A música de Mark Isham permanece na memória, sublime, suave e intocável. Blue Velvet, realizado por David Lynch,
é um dos melhores filmes de 1986.
é um dos melhores filmes de 1986.
Calados ou escaldados?
As vozes do sistema, por ignorância, incompetência ou sabujice, têm sempre um palco disponível para atacar. Às vezes, a democracia é assim, difícil, injusta e implacável com os que não se sentam à mesa do poder, nem para beber um copo. É comum assistir a duras e violentas acusações a quem não está disposto a pactuar com o status quo. A mais recorrente, para não falar de outras ainda mais mesquinhas, é o protagonismo. Depois do trabalho abnegado em prol da defesa do interesse público, quem já se esqueceu do desdém a que foi votada a acção de José Sá Fernandes?
sábado, fevereiro 25, 2006
Paradoxos
Continua a falar-se de Estado Social, em Portugal, enquanto se conhecem mais contornos do crime hediondo de um transexual, no Porto.
Uma entrevista
‘Qualquer negócio tem comissão’
O embaixador de Angola no Brasil, Alberto Correia Neto, ao tentar explicar os negócios de autoridades angolanas com o Trade Link, disse que é natural administradores públicos receberem comissão por negócios que ajudam a concretizar. Disse que não vê nada demais no suposto mensalão do PT a parlamentares da base — seria uma "mobilização material" para conquistar adversários políticos.
O presidente do Banco Nacional, Amadeu Júnior, tem remessas de mais US$ 1,6 milhão além do que noticiamos...
ALBERTO CORREIA NETO: Não sei se tem ou não. Não percebo qual o problema. O que você tem a ver com isso, se ele tem ou não?
Joana da Fonseca Cordeiro, do Ministério das Finanças, recebeu US$ 50 mil.
E o meu, não vem (rindo) ? Não será ordem de pagamento no Estado?
No exterior?
Sim.
Pagamento em contas pessoais?
Não sei se as contas são tituladas. Não sei se ele tem conta sozinho. Como é que se faz os pagamentos no exterior, quem assina esses documentos? Como é que circula o dinheiro angolano? Boa parte do dinheiro angolano vem do petróleo, mas não passa pelo sistema financeiro angolano. Nosso Banco Nacional tem conta no Wachovia, no HSBC, são contas do Estado angolano.
O Estado angolano faz negócios com off-shore, que tem sede em paraíso fiscal?
Isso não posso dizer, mas tendo em vista a situação financeira mundial, não vejo problema em pôr meu dinheiro num paraíso fiscal, vai dar um juro maior. Só agora os Estados Unidos aumentaram para 4% anuais. Num paraíso fiscal os juros são 5%, 6% por ano. Eu, se tiver dinheiro fora, vou ter num banco que tenha juros maiores.
No Brasil, algumas fortunas são suspeitas de terem se originado na corrupção. Em Angola também é assim?
Também há, mesmo nos EUA. O capitalismo engendra a corrupção. Por que tem gente que luta para ser ministro, deputado, senador? Por que gosta do país, para salvar a população? Não. Por causa da bufunfa, do dinheiro. A estrutura engendra a corrupção. Nossa luta em Angola é para não atingir os níveis de corrupção do Brasil e países como a Nigéria.
No caso do Trade Link, qual a razão das autoridades angolanas para a movimentação de dinheiro no exterior?
Não sei. O que posso dizer é que o dinheiro do Estado angolano não está nos bancos em Angola. As petrolíferas, quando pagam impostos, pagam em bancos americanos, franceses, etc. Quem ordena a movimentação desse dinheiro são as pessoas jurídicas representadas pelo governador (presidente) do banco e outras pessoas.
Um assessor de Pedro Morais disse que quem ajuda a fechar um negócio, não importa se da iniciativa privada ou do serviço público, tem comissão de 15%. Existe mesmo?
Tem que existir. É um problema do comércio internacional. O erro que cometemos é que, ao invés de tornarmos a comissão oficial, transformamos em tabu. As pessoas interiorizaram que a comissão é para elas e não para a estrutura. As pessoas assinavam os contratos, tinham comissão e o Estado não se beneficiava. Mas agora já se beneficia.
Da comissão?
Aqui também. É tudo a mesma coisa. Qualquer negócio no mundo tem comissão. Se tem um negócio no Ministério das Finanças, vai dar comissão. Ele (negociador) é obrigado a declarar. Um bocadinho vai para ele, é um prêmio. Você acha que aqueles milhões que Maluf fez vieram de onde? É tudo comissão.
Em Angola é assim, só que tem lei que permite comissão?
Qualquer negócio tem comissão. A lei foi criada há bastante tempo, só não estava sendo aplicada corretamente.
Então existe a comissão da comissão?
É perfeitamente natural. O contrário faz aparecer os mensalões (...) Minha opinião sobre o mensalão é a seguinte: o único erro foi o uso de dinheiro público. Se você é de um partido oposto ao meu, vou lutar para você vir para o meu. Vou usar todas as armas. Primeiro ideologicamente. Quando perceber que não estou conseguindo do ponto de vista ideológico, vou fazer mobilização material. Agora você usar dinheiro público nesta operação é crime. Se é uso de dinheiro pessoal, qual o crime? Todo homem tem um preço. O que interessa saber é quanto. O erro foi mobilizar dinheiro público.
Jornal Globo
21/11/2005
O embaixador de Angola no Brasil, Alberto Correia Neto, ao tentar explicar os negócios de autoridades angolanas com o Trade Link, disse que é natural administradores públicos receberem comissão por negócios que ajudam a concretizar. Disse que não vê nada demais no suposto mensalão do PT a parlamentares da base — seria uma "mobilização material" para conquistar adversários políticos.
O presidente do Banco Nacional, Amadeu Júnior, tem remessas de mais US$ 1,6 milhão além do que noticiamos...
ALBERTO CORREIA NETO: Não sei se tem ou não. Não percebo qual o problema. O que você tem a ver com isso, se ele tem ou não?
Joana da Fonseca Cordeiro, do Ministério das Finanças, recebeu US$ 50 mil.
E o meu, não vem (rindo) ? Não será ordem de pagamento no Estado?
No exterior?
Sim.
Pagamento em contas pessoais?
Não sei se as contas são tituladas. Não sei se ele tem conta sozinho. Como é que se faz os pagamentos no exterior, quem assina esses documentos? Como é que circula o dinheiro angolano? Boa parte do dinheiro angolano vem do petróleo, mas não passa pelo sistema financeiro angolano. Nosso Banco Nacional tem conta no Wachovia, no HSBC, são contas do Estado angolano.
O Estado angolano faz negócios com off-shore, que tem sede em paraíso fiscal?
Isso não posso dizer, mas tendo em vista a situação financeira mundial, não vejo problema em pôr meu dinheiro num paraíso fiscal, vai dar um juro maior. Só agora os Estados Unidos aumentaram para 4% anuais. Num paraíso fiscal os juros são 5%, 6% por ano. Eu, se tiver dinheiro fora, vou ter num banco que tenha juros maiores.
No Brasil, algumas fortunas são suspeitas de terem se originado na corrupção. Em Angola também é assim?
Também há, mesmo nos EUA. O capitalismo engendra a corrupção. Por que tem gente que luta para ser ministro, deputado, senador? Por que gosta do país, para salvar a população? Não. Por causa da bufunfa, do dinheiro. A estrutura engendra a corrupção. Nossa luta em Angola é para não atingir os níveis de corrupção do Brasil e países como a Nigéria.
No caso do Trade Link, qual a razão das autoridades angolanas para a movimentação de dinheiro no exterior?
Não sei. O que posso dizer é que o dinheiro do Estado angolano não está nos bancos em Angola. As petrolíferas, quando pagam impostos, pagam em bancos americanos, franceses, etc. Quem ordena a movimentação desse dinheiro são as pessoas jurídicas representadas pelo governador (presidente) do banco e outras pessoas.
Um assessor de Pedro Morais disse que quem ajuda a fechar um negócio, não importa se da iniciativa privada ou do serviço público, tem comissão de 15%. Existe mesmo?
Tem que existir. É um problema do comércio internacional. O erro que cometemos é que, ao invés de tornarmos a comissão oficial, transformamos em tabu. As pessoas interiorizaram que a comissão é para elas e não para a estrutura. As pessoas assinavam os contratos, tinham comissão e o Estado não se beneficiava. Mas agora já se beneficia.
Da comissão?
Aqui também. É tudo a mesma coisa. Qualquer negócio no mundo tem comissão. Se tem um negócio no Ministério das Finanças, vai dar comissão. Ele (negociador) é obrigado a declarar. Um bocadinho vai para ele, é um prêmio. Você acha que aqueles milhões que Maluf fez vieram de onde? É tudo comissão.
Em Angola é assim, só que tem lei que permite comissão?
Qualquer negócio tem comissão. A lei foi criada há bastante tempo, só não estava sendo aplicada corretamente.
Então existe a comissão da comissão?
É perfeitamente natural. O contrário faz aparecer os mensalões (...) Minha opinião sobre o mensalão é a seguinte: o único erro foi o uso de dinheiro público. Se você é de um partido oposto ao meu, vou lutar para você vir para o meu. Vou usar todas as armas. Primeiro ideologicamente. Quando perceber que não estou conseguindo do ponto de vista ideológico, vou fazer mobilização material. Agora você usar dinheiro público nesta operação é crime. Se é uso de dinheiro pessoal, qual o crime? Todo homem tem um preço. O que interessa saber é quanto. O erro foi mobilizar dinheiro público.
Jornal Globo
21/11/2005
Faltam palavras
Para compreender a descoberta de um homem morto, no fundo de um poço, no Campo 24 de Agosto, no Porto.
Para explicar o homicídio brutal de um toxicodependente, incapaz de se defender.
Para justificar que um ser humano doente viva na garagem de um prédio abandonado.
Para perceber tanto ódio em relação a um transexual*.
*Actualização
Para explicar o homicídio brutal de um toxicodependente, incapaz de se defender.
Para justificar que um ser humano doente viva na garagem de um prédio abandonado.
Para perceber tanto ódio em relação a um transexual*.
*Actualização
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Quando o excesso se verga ao amor
Liberdades
«O grupo dos sete países mais ricos do Mundo (G7) podiam acabar com as offshores num mês. Eles lá sabem por que razão não o fazem»
Silva Lopes, em entrevista à SIC Notícias
Silva Lopes, em entrevista à SIC Notícias
Liberdades
«Onde me sinto às vezes tratado como inimigo é dentro do meu próprio partido, que eu ajudei a fundar. Não é confortável»
Manuel Alegre, Jornal das Nove, SIC-Notícias,
Manuel Alegre, Jornal das Nove, SIC-Notícias,
Incrivel
Francisco Assis (PS), Dias Loureiro (PSD) e Pires de Lima (CDS/PP) assumiram um discurso inaceitável no Debate da Nação, da RTP. Os responsáveis pelos três partidos, que governaram Portugal nos últimos vinte anos, continuam a tentar disfarçar o resultado das suas políticas que levaram o pais à beira do caos financeiro, económico e social. O mais grave é que o discurso autista e arrogante chega ao descaramento de ignorarem a actual situação. É demais! Basta de ignorância e impunidade. Um pouco de humildade e de mea culpa não ficava nada mal. Em nome das centenas de milhares de desempregados. E dos milhões de portugueses que pagam mais impostos.
Investigação de ponta
Para quem quer saber mais. Chama-se ITER: um projecto que pretende resolver a questão da energia no futuro.
Não, obrigado
Patrick Monteiro de Barros promoveu um debate sobre a energia nuclear. É um direito que assiste a um homem de negócios. Aliás, a inicitiva merece aplauso, pois a obtenção de informação sobre o nuclear é o primeiro passo para o rejeitar, tais são as implicações ambientais e de segurança.
Não é por acaso que os defensores do nuclear se refugiam em argumentos primários. Se Espanha já tem uma central aqui ao lado por que razão não se pode aproveitar e construir uma central nuclear em Portugal?
Curiosamente, de tempos a tempos, a questão do nuclear volta à ribalta, como por um passe de magia. É uma constatação que devia preocupar todos os ambientalistas. Ainda há muito trabalho para fazer na sensibilização dos portugueses em relação à aposta nas energias limpas.
Não é por acaso que os defensores do nuclear se refugiam em argumentos primários. Se Espanha já tem uma central aqui ao lado por que razão não se pode aproveitar e construir uma central nuclear em Portugal?
Curiosamente, de tempos a tempos, a questão do nuclear volta à ribalta, como por um passe de magia. É uma constatação que devia preocupar todos os ambientalistas. Ainda há muito trabalho para fazer na sensibilização dos portugueses em relação à aposta nas energias limpas.
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Liberdades
«Nestas matérias, como em tantas outras, os clássicos ainda nos ajudam, e por isso valerá a pena citar Edmund Burke: 'Não é o meu advogado que me diz o que posso fazer, mas o que o meu sentido de humanidade, de razão e de justiça diz que devo fazer'. Burke não precisava de leis, mas de valores. À falta de valores, nós vamos multiplicando as leis. Os resultados estão à vista»
José Manuel Fernandes, in Público
«Preso na Áustria em Novembro do ano passado por "negacionismo" do holocausto, David Irving foi ontem condenado a três anos de prisão por esse "crime". Numa altura em que a Europa afirma orgulhar-se da liberdade de expressão que alegadamente proporciona, esta sentença vem claramente mostrar um dos limites dessa liberdade, dando inteira razão ao presidente iraniano nesta matéria»
FG Santos, in Santos da Casa
José Manuel Fernandes, in Público
«Preso na Áustria em Novembro do ano passado por "negacionismo" do holocausto, David Irving foi ontem condenado a três anos de prisão por esse "crime". Numa altura em que a Europa afirma orgulhar-se da liberdade de expressão que alegadamente proporciona, esta sentença vem claramente mostrar um dos limites dessa liberdade, dando inteira razão ao presidente iraniano nesta matéria»
FG Santos, in Santos da Casa
Até parece normal
Três semanas depois de greves sectoriais, os investigadores da PJ alargaram o protesto aos departamentos de Investigação Criminal de Braga de Setúbal.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Rui Rio no DIAP
O presidente da Câmara do Porto foi chamado ao Departamento de Investigação e Acção Penal a fim de ser constituído arguido, desconhecendo-se o processo, disse o vice-presidente da autarquia, Álvaro Castelo Branco.
PS: Está esclarecido o mistério. Rui Rio foi ouvido no âmbito de um inquérito relativo ao alegado desrespeito pelo embargo decretado em relação às obras no Túnel de Ceuta
PS: Está esclarecido o mistério. Rui Rio foi ouvido no âmbito de um inquérito relativo ao alegado desrespeito pelo embargo decretado em relação às obras no Túnel de Ceuta
Contas à moda de Oeiras
As moções do Bloco de Esquerda e da CDU, para suspender o mandato de Isaltino Morais, foram rejeitadas pelo mesmo número de votos:
18 votos contra (apoiantes de Isaltino Morais),
abstenção de 20 deputados do PSD e do PS
cinco votos favoráveis do BE e da CDU.
Depois de fazer consideraçãoes sobre o voto do PS, Marques Mendes deve explicar ao país por que razão o PSD também se absteve.
18 votos contra (apoiantes de Isaltino Morais),
abstenção de 20 deputados do PSD e do PS
cinco votos favoráveis do BE e da CDU.
Depois de fazer consideraçãoes sobre o voto do PS, Marques Mendes deve explicar ao país por que razão o PSD também se absteve.
Ninguém pára este autarca
José Sá Fernandes quer sala de chuto experimental. O Vereador independente, eleito pelo Bloco de Esquerda, visita o Intendente para dar a conhecer a proposta. É um exemplo para a direcção do Bloco. Voltar a colocar a droga na agenda mediática é um gesto político relevante e de serviço público.
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