A procissão ainda vai no adro

Como refere Constança Cunha e Sá, no Público. ”Vale a pena ler um ”livrinho“, publicado pela candidatura do dr. António Costa, que revela a lista dos nomes que integram a sua comissão de honra. Não deixa de ser um &#rdquo; livrinho&#ldquo; elucidativo sobre a decadência do regime e a fragilidade dessa mítica &#rdquo sociedade civil&#ldquo que alguns liberais querem à força libertar do Estado que hipoteticamente a asfixia. O Estado, no entanto, é o seguro de vida desses hipotéticos asfixiados: garante-lhe os negócios, fornece-lhe os subsídios, oferece-lhes cargos e assegura-lhes a sobrevivência. Sem o acesso ao poder, essa &#rdquo; sociedade civil&#ldquo;, que enfeita sempre as listas de qualquer candidato vitorioso, esfumar-se-ia na sua própria insignificância. Não por acaso, nestas eleições intercalares para Lisboa, encontra-se toda, arrumada por ordem alfabética, na comissão de honra do dr. António Costa. Uma pessoa começa a ler o tal ” livrinho“ e lá estão os mesmos nomes de sempre, os escritores consagrados, os jornalistas do costume, os empresários de sucesso, os advogados do poder, os artistas mais variados, o grão-mestre da Maçonaria, alguns políticos necessitados e o mais que vier à rede, numa lista que está, ao que parece, em actualização permanente. Se o resultado das sondagens se mantiver, é natural que, em Julho, o dr. António Costa possa publicar a sua comissão de honra, em fascículos, depois de ter reunido à sua volta todo o jet set do regime.“ (via Jumento)

Serviços (pouco) secretos

A morte de Alexander Litvinenko (e a implicação de Andrei Lugovoy) constitui uma amostra de como é gasto o dinheiro dos contribuintes por esse mundo fora em façanhas de serviços que deveriam proteger os cidadãos.

Audiência que promete

O processo aberto por violação do Segredo de Justiça, no âmbito do caso Freeport, tem estado a dar, apesar da falta de cobertura noticiosa. Amanhã, 1 de Junho, a última audiência promete, com uma acareação agendada e testemunhas ainda por notificar.

Banhada

O tempo dos passeios durante os debates mensais acabou. A culpa é, em grande parte, de Paulo Portas, que encostou José Sócrates às cordas. Foi confrangedor assitir a um PM que não sabe (ou não pode!) responder a questões tão elementares como o custo global do aeroporto da Ota - infraestruturas mais obras envolventes. E que dizer da mensagem que o PM passou em relação ao ”Caso Charrua“? Para quem tinha dúvidas, ficou mais claro, como referiu Marques Mendes. Quanto aos grevistas, que estão a ser perseguidos, fica o aviso de Francisco Louçã: Não lhes toquem!
P.S. Quanto à arbitragem para a fixação de serviços mínimos, a actual espécie de concertação é, de facto, um progresso. Antigamente, existiram árbitros que eram escolhidos a pedido de membros de Governo. E por escrito! Questões de políticos de sucesso.

Crónicas Modernas (V)

Foi dito, de uma forma cristalina. Ainda antes da greve geral. António Barreto é uma luz ao fundo do túnel, um sinal que a opinião publicada ainda está viva.

Debate mensal a não perder

Hoje, no Parlamento. Vivo, esclarecedor, quentinho e sem gás pimenta. É o que se espera. Afinal, o debate é sobre a competitividade, não é?

As promessas de Soares Franco

O Presidente do Sporting afirmou que o clube não estava vendedor dos seus melhores jogadores. Dito e não feito. Nani vai jogar para o Manchester United.

Uma nova oportunidade

Um reality show, na Holanda, na estação BNN, constitui a prova de que o mercado dos coitadinhos chegou e está para ficar nas televisões de todo o mundo. A novidade do Donner Show é simples: uma doente terminal vai doar um rim a um de três candidatos (também doentes) com base na avaliação do seu perfil. Uma pérola para para todos os abutres que exploram o mercado da desgraça. Tudo pela solidariedade, pois claro, mas depois de verificar que a aposta pode fazer entrar muitos e muitos milhões de euros nos bolsos. E uma oportunidade para as estações portuguesas a avaliar pelo estado a que chegou a Saúde em Portugal. Vai uma experiência com as listas de espera?

Auto-regulação morreu

A lei da televisão, um exemplo do entendimento da liberdade de expressão de Santos Silva, vai ser aprovada no Parlamento. É mais um passo na tentativa de condicionamento dos Media. E é a prova de que a auto-regulação morreu, em parte por culpa do Estado, dos patrões da Comunicação Social e dos Jornalistas. A partir de agora, só falta o Governo impor às empresas de Comunicação Social uma listagem dos Jornalistas que fazem notícias desfavoráveis para a maioria. Com jeitinho, e mais ou menos promessa de um ou outro negócio, a coisa ainda poderia ir avante.
P.S. Pode ser lapso, mas a RTPN já fala de 0% de adesão à greve.

Já começou

A guerra dos números entre o Governo e os Sindicatos.

Humor e criatividade

No Elevador da Bica

A mudança de Helena Roseta

Sempre a surpreender. ” O que não dá nas televisões passa na net.“

Hesitações em Lisboa

António Costa começou a passear a sua arrogância para disfarçar um recuo importante em relação à questão da Ota. Depois de ter inventado a intenção de criar um novo parque da cidade de Lisboa nos terrenos onde está instalado o aeroporto da Portela, que está longe de ser a assunção de uma promessa eleitoral, António Costa fugiu ao desafio proposto por Fernando Negrão, que quer os candidatos à Câmara de Lisboa a assumirem o compromisso de que o aeroporto não vai sair da capital. Até pode ser apenas uma hesitação, mas mais tarde ou mais cedo o ex-ministro vai ter que definir a sua posição, nem que seja a reboque dos desafios do seu opositor apoiado pelo PSD.

Um balanço pequenino

De acordo com a imprensa, a visita do PM a Moscovo saldou-se por duas voltas e meia ao Kremlin e um cartaz de 260 mil euros.

Título do dia

”Tenham a gentileza de me contruir, porra!“

A demagogia (estatística) do costume

”Já se sabia... ... mas convém lembrar aos esquecidos: IRC em Portugal é os mais baixos da OCDE.“

Greve à vista

A paralização de amanhã deve traduzir uma forte mensagem para o Governo, pois a reforma da Administração Pública continua a ser uma miragem. E muito rasca, diga-se pelo ritmo de medidas que foram efectivamente implantadas.

Mimo ALLPatrão

Chegar a Moscovo e deparar com uma cartaz gigante de promoção do turismo algarvio não está ao alcance de todos os PM's. Nem poderia estar, pois a graça custou 260 mil euros.

Mais uma suprema barraca

Os acórdãos do Supremo estão cada vez mais na berra, como sublinha Joana Amaral Dias, num post violento intitulado ”Quem é o criminoso?“

Uma despedida

A saída de Jardim Gonçalves da Assembleia do BCP, que se realizou ontem no Porto, fortemente rodeado de seguranças, é a expressão da derrota do banqueiro.