ROSÁRIO FARMHOUSE, O IMPOSSÍVEL E A IMPUNIDADE

A propósito da morte de mais uma criança de 3 anos, Jessica, a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens não tem dúvidas: «É impossível prevenir tudo. É impossível prever todos os desfechos». E, Rosário Farmhouse, ex-presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (Fernando Medina), politicamente impune, ainda vai mais longe: «Querer generalizar esta tragédia parece bastante injusto».

Vale a pena recordar algumas crianças mortas recentemente:

Valentina Bernardo
Menina de 9 anos morta de forma muito violenta.
Maio 2020

Lara Henriques
Menina de 2 anos assassinada pelo pai no Seixal.

Fevereiro 2019

Samira e Viviane

Atiradas pela Mãe à água na praia da Giribita, Caxias.

Fevereiro 2016

Henrique Barata

Menino de cinco meses morto pelo pai, João Barata, com uma facada no peito. 

Abril 2015

Leonor

Bebé de quatro meses mergulhada em água a escaldar pelos pais, que depois puseram sal nas feridas. Não resistiu à tortura.

Agosto 2014

Ruben e David

Envenenados pela mãe, Eliana Sanches, que não aceitou a decisão do tribunal de entregar a custódia dos filhos ao pai.

Janeiro 2013

Henrique e Raphael

Irmãos de 11 meses e três anos que foram trancados num quarto, quando a mãe, Kelly Oliveira, incendiou a casa onde viviam, em Alenquer.

Dezembro 2012

Tiago Monteiro

Atirado pela Mãe para uma ribeira na Serra das Minas, Sintra.

Novembro 2010

David Cabral

Esmurrado e pontapeado na cabeça pelo pai.

5 abril 2010

André Fernandes

Afogado quando a mãe saltou, com ele ao colo, para o ao rio Douro.

29 outubro 2009

Maria João

Estrangulada com o cordão de um roupão pelo pai, que enviou depois mensagens à mãe a relatar o que tinha feito.

28 maio 2009

Daniel Carvalho

Espancado até à morte pelo padrasto, que também o violou. Menino era surdo-mudo e tinha problemas de visão.

5 setembro 2005

Vanessa Filipa

Vítima de maus-tratos às mãos do pai e da avó, não resistiu às queimaduras infligidas. Corpo foi atirado ao rio Douro.

6 maio 2005