Liquidar um jornal com mais de 160 anos de história não chega para apagar uma espécie de jornalismo de sarjeta que o mercado, infelizmente, ainda continua a alimentar.
Não interessa se o caminho escolhido é tablóide ou mainstream, o que importa é a isenção, o rigor e o espírito de missão de informar. Entregar um dos mais poderosos tablóides do mundo a um bando de golden boys sem alma só podia acabar num resultado catastrófico. Num tempo em que a informação se mistura com o poder e os negócios, e os jornalistas são cada vez mais políticos e cada vez menos profissionais da comunicação social, só faltava mesmo a nódoa de assistir a esta espécie de informação com base em subornos de polícias e recurso a escutas ilegais. É o fim? Não, é o princípio de uma nova era de informação ainda mais limpa e rentável.
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