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Rui Costa Pinto - Jornalista/Editor/Publisher

segunda-feira, junho 18, 2007

Já passaram 48 horas e... nada

Miguel Sousa Tavares, no seu melhor, assinou mais um artigo de opinião sobre a Ota. Claro, frontal e duro. E com a legitimidade de quem não está na lista dos 500 apoiantes de António Costa (ou serão 5000?) ou de qualquer outro candidato, o que lhe permite a liberdade de considerar o novo aeroporto como uma questão fundamental, sobretudo no momento da pré-campanha para as intercalares de Lisboa. Para já, José Sócrates não tugiu, nem mugiu, como diz o povo. Nem uma declaração desastrada de Silva Pereira para amostra. Nem um processo para tentar honrar a ”nova“ liberdade de expressão. Nada de nada.
Assim sendo, aqui fica uma citação do texto:

” Tenho a quase certeza de que, se a solução ”Portela+1“ não foi contemplada no estudo da CIP nem no período de reflexão concedido pelo Governo, tal se ficou a dever a um acordo entre a CIP e José Sócrates. E tenho a certeza de que essa solução, justamente porque sairia infinitamente mais barata, é a que menos interessa ao sector financeiro, às sociedades de advocacia de negócios e de influências e ao sector empresarial que está habituado a só fazer grandes negócios quando eles envolvem grandes obras públicas. Não custa a perceber que o Governo do PS tenha aceite este compromisso com a CIP, desde que de fora ficasse a solução mais simples, e que o PSD não tenha esboçado um protesto por não se falar na hipótese da terceira solução. Estão em jogo os interesses dos grandes financiadores do ”Bloco Central“ – essa eterna tratação entre dinheiros públicos e interesses privados, que traz cativa, de há muito, a capacidade de desenvolvimento do país. Não percam tempo a tentar perceber se há mais ”interesses“ envolvidos na Ota ou em Alcochete: bilião a mais ou a menos, o que os interesses querem é um novo aeroporto, megalómano, de raiz e tão caro quanto possível.“

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